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Noruega torna obrigatória a construção de abrigos antiaéreos em todos os novos prédios para enfrentar ameaças de guerra e desastres

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 12/01/2025 às 12:53
Noruega torna obrigatória a construção de abrigos antiaéreos em todos os novos prédios para enfrentar ameaças de guerra e desastres
Os bunkers estão sendo construídos para proteger as pessoas de ataques com armas químicas, radioativas e convencionais, caso haja uma guerra. Com a crescente tensão entre Rússia e OTAN, a Noruega decidiu se preparar para o pior cenário e garantir a segurança da população.
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Medida histórica visa proteger a população contra armas químicas, radioativas e convencionais; abrigos antiaéreos serão obrigatórios em prédios acima de 1.000 m², marcando o retorno da estratégia de segurança após 25 anos.

A Europa vive um momento de incerteza como não se via desde a Guerra Fria. No meio desse cenário, a Noruega se destaca ao anunciar que abrigos antiaéreos serão incluídos em todos os novos edifícios de grande porte. Essa decisão não é apenas um reflexo das tensões com a Rússia, mas também uma medida proativa para proteger a população diante de ameaças cada vez mais imprevisíveis.

Com uma fronteira de mais de 193 km com a Rússia e sendo membro fundador da OTAN, a Noruega sente de perto os impactos da agressividade do regime de Vladimir Putin. Mas o que exatamente motivou essa decisão?

Por que a Noruega está construindo abrigos antiaéreos?

A localização estratégica da Noruega, perto da Rússia, aumenta o risco de possíveis conflitos. Esses abrigos também servem como proteção em desastres naturais ou outras emergências, como pandemias.
A localização estratégica da Noruega, perto da Rússia, aumenta o risco de possíveis conflitos. Esses abrigos também servem como proteção em desastres naturais ou outras emergências, como pandemias.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, o medo de uma escalada militar atingindo outras nações europeias tornou-se palpável. A Noruega, como vizinha direta e membro estratégico da OTAN, vê-se na linha de frente desse embate.

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Putin, com sua política de ameaças e expansão territorial, deixou claro que deseja desafiar a segurança europeia. Diante disso, o governo norueguês decidiu não arriscar: se o “pior cenário” acontecer, os cidadãos precisam estar preparados. É nesse contexto que a reintrodução dos abrigos antiaéreos aparece como uma solução vital.

Como serão os novos abrigos antiaéreos?

Os novos abrigos antiaéreos não são simples espaços de refúgio; eles são projetados para resistir ao pior. Cada edifício com mais de 1.000 metros quadrados precisará ter dois tipos de bunkers: um voltado para armas químicas e radioativas, e outro para armas convencionais.

Imagine estações de metrô ou estacionamentos sendo reaproveitados como refúgios de alta segurança. Essa é a ideia central por trás da nova legislação. Esses espaços também poderão servir como locais de proteção durante desastres climáticos ou até pandemias.

A importância dos abrigos para a população civil

Quando falamos de abrigos antiaéreos, não estamos apenas pensando em guerras. Esses espaços também são uma forma de se preparar para eventos catastróficos como furacões ou epidemias.

A Ministra da Justiça da Noruega, Emilie Enger Mehl, destacou que estamos entrando em uma “nova era”, onde incertezas se tornam a regra, e não a exceção. Nesse contexto, os abrigos não são apenas uma medida de segurança; eles representam uma garantia de que a população terá onde se proteger, independentemente do que acontecer.

Preparativos de defesa da OTAN e a posição da Noruega

A Noruega não está sozinha nessa empreitada. Como membro da OTAN, o país participa ativamente de exercícios militares na região do Ártico, um dos territórios mais desafiadores do mundo.

Os exercícios recentes no gelo mostram como a aliança está se preparando para cenários extremos. Essas movimentações enviam uma mensagem clara: a OTAN está unida e pronta para defender seus membros. A Noruega, com sua localização estratégica, é peça-chave nesse tabuleiro.

Além da Noruega, outros países estão reforçando suas defesas. Letônia, Lituânia e Estônia, que também sentem a pressão russa, anunciaram medidas semelhantes. Essa onda de precauções reflete uma Europa que se adapta a um novo cenário de incertezas e desafios geopolíticos.

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Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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