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Região brasileira receberá R$ 70,2 bilhões em 50 projetos de mobilidade urbana sustentável com metrôs, VLTs e BRTs, economizando R$ 200 bilhões e evitando 8 mil mortes

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 04/11/2025 às 16:06
Nordeste receberá R$ 70,2 bi em metrôs, VLTs e BRTs até 2054, com foco em transporte sustentável e redução de emissões.
Nordeste receberá R$ 70,2 bi em metrôs, VLTs e BRTs até 2054, com foco em transporte sustentável e redução de emissões.
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Estudo nacional detalha investimentos bilionários no transporte público do Nordeste, com foco em sustentabilidade, eficiência e redução de emissões de carbono até 2054.

O Nordeste foi contemplado no Estudo Nacional de Mobilidade Urbana com 50 projetos voltados à ampliação de metrôs, VLTs, BRTs e trens urbanos nas regiões metropolitanas.

O levantamento do BNDES, em parceria com o Ministério das Cidades, definiu 187 intervenções prioritárias no país até 2054 e estima benefícios ambientais, econômicos e de segurança viária: redução anual de 3,1 milhões de toneladas de CO₂, queda de cerca de 10% no custo médio da mobilidade e economia superior a R$ 200 bilhões associada à redução do tempo de deslocamento.

Também é projetada a prevenção de 8 mil mortes no trânsito no período.

Embora o estudo tenha abrangência nacional, o conjunto de capitais nordestinas concentra valores expressivos.

Somadas as estimativas para Fortaleza, Recife, Salvador, Natal, São Luís, Teresina, João Pessoa e Maceió, o investimento chega a aproximadamente R$ 70,3 bilhões.

As ações priorizam sistemas de média e alta capacidade, com foco em transporte coletivo sustentável e na redução de emissões de carbono.

Estimativas ambientais e de segurança

De acordo com o governo federal, a carteira do ENMU insere o transporte público no centro da agenda de descarbonização urbana, com ênfase em eficiência energética e redução de emissões.

O documento projeta 3,1 milhões de toneladas de CO₂ evitadas por ano, além de 8 mil vidas poupadas até 2054 nas 21 regiões metropolitanas analisadas.

O estudo também calcula queda média de 10% no custo da mobilidade para os usuários, como resultado do aumento da eficiência e da integração entre modais.

Investimentos por capital nordestina

O detalhamento por capital indica os valores e a quantidade de projetos.

Em Fortaleza (CE), o estudo prevê 11 iniciativas com ampliação de metrô (49 km), VLT (9 km) e BRT (80 km), somando R$ 21,6 bilhões.

Na Região Metropolitana do Recife (PE), o investimento estimado é de R$ 14,8 bilhões, com requalificação de linhas do metrô e implantação de novos eixos de transporte.

O estudo também projeta redução de aproximadamente 240 mortes no trânsito até 2054 e 116,2 mil toneladas de CO₂ a menos por ano na capital.

Em Salvador (BA), o plano prevê R$ 13,1 bilhões para expansão e integração de modais, incluindo VLTs e BRTs, com foco em corredores de alta demanda na orla e em vias estruturantes.

Para Natal (RN), estão previstos R$ 6,2 bilhões em intervenções de BRTs e VLTs, com integração metropolitana e atendimento a áreas de crescimento urbano.

Em São Luís (MA), os projetos somam R$ 5,4 bilhões, com implantação de corredores BRT e VLTs voltados a melhorar a conexão entre terminais e zonas de maior densidade populacional.

Em Teresina (PI), o pacote chega a R$ 3,6 bilhões e inclui ampliação do sistema sobre trilhos, integração com Timon (MA) e novos corredores de média capacidade.

Segundo o estudo, o conjunto de obras pode gerar ganhos de tempo de deslocamento e produtividade.

A Região Metropolitana de João Pessoa (PB) aparece com cinco projetos e investimento de R$ 3,5 bilhões, incluindo um corredor entre o Aeroporto e o Bessa e quatro ligações principais (Pedro II, Mangabeira, Bessa–Centro e Cruz das Armas).

A definição final do modal — se VLT ou BRT — será feita nas próximas etapas do planejamento.

Por fim, Maceió (AL) tem previsão de R$ 2,1 bilhões, com BRT na Avenida Fernandes Lima–Aeroporto, VLT na Avenida Gustavo Paiva–Centro e integração entre BRT e VLT, acompanhada de requalificação do entorno urbano.

Diretrizes de financiamento e integração

Segundo o BNDES e o Ministério das Cidades, o ENMU foi desenvolvido para orientar uma estratégia nacional de mobilidade de longo prazo, servindo como referência para concessões e parcerias público-privadas (PPPs).

O governo informou que a aceleração dos investimentos dependerá do modelo de financiamento e da participação privada na execução e operação dos sistemas, com estudos complementares que detalharão escopos, tecnologias e cronogramas.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o estudo colabora com a criação de uma política pública de transporte “sustentável, integrada e segura”, construída de forma conjunta entre União, estados e municípios.

O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que “investir em transporte coletivo limpo é investir em cidades mais resilientes e em deslocamentos mais rápidos e seguros”.

Escala e projeções nacionais

Com 187 projetos mapeados nas 21 maiores regiões metropolitanas, o estudo estima R$ 430 bilhões em investimentos potenciais até 2054.

As estimativas estão distribuídas entre metrôs (R$ 230 bilhões), trens urbanos (R$ 31 bilhões), VLTs (até R$ 105 bilhões), BRTs (até R$ 80 bilhões) e corredores exclusivos (R$ 3,4 bilhões).

Também é calculada uma economia superior a R$ 200 bilhões com a redução do tempo de deslocamento da população.

De acordo com técnicos do BNDES, o levantamento cria um portfólio de referência para priorizar soluções sustentáveis e de grande capacidade, além de incentivar integração entre modais e governança federativa.

O estudo também busca apoiar projetos paralisados por falta de estrutura técnica ou de financiamento, oferecendo base para captação de novos recursos e parcerias.

Impactos previstos no cotidiano urbano

O estudo aponta que, se implantados integralmente, os projetos devem gerar melhorias no tempo de viagem, maior acesso a empregos e serviços e redução de custos operacionais.

Em capitais como Recife, Fortaleza e Salvador, as intervenções incluem modernização de linhas de metrô, novos VLTs e corredores BRT, medidas que, segundo o BNDES, podem tornar o transporte público mais eficiente e seguro.

Especialistas em mobilidade ouvidos pelo estudo ressaltam que a integração entre modais e o uso de tecnologias limpas são fundamentais para a redução de emissões e o aumento da eficiência energética nas cidades brasileiras.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas e também editor do portal CPG. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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