Nordeste é líder em geração de energia renovável e uma das principais geradoras de vagas de emprego do ramo no Brasil
O Nordeste tem mobilizado o mercado de trabalho, gerando muitas vagas de emprego no setor de energia renovável, no posto de liderança de energia solar e eólica no país. A necessidade de mão-de-obra, tanto para o ramo de instalação residencial quanto o de construção de gigantescos parques, tem estimulado a gerar novas vagas de emprego, principalmente, em alguns estados do nordeste, como Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, estados que ocupam os topos dos rankings de geração destes tipos de energia renovável no país.
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Tendo em abundância características geográficas favoráveis por causa dos ventos constantes e muita luz, a região nordeste virou sinônimo de oportunidade para a energia renovável. O segmento não parou e continua ofertando vagas de emprego mesmo na pandemia.
Com o desemprego amargando uma taxa de 20% da população da Bahia, pode ser valioso entender como tem funcionado o setor de energia renovável para apostar em uma carreira na área.
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Expectativa do setor para os estados da região Nordeste
O cenário é bastante promissor, em especial, para a Bahia, que há dois anos figura como líder na geração do setor de energia renovável, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
De toda energia solar gerada no país, 32% é gerada na Bahia. Em seguida, aparecem Minas Gerais (21%), Piauí (15%), São Paulo (11%) e Ceará (8%), ou seja, mesmo somando só estes três estados da região nordeste que ocupam esse top 5, a região fica, atualmente, responsável por mais de 55% dessa produção. Na eólica, a expressividade da Bahia foi praticamente a mesma, correspondendo a quase 30%, e logo atrás, vêm Rio Grande do Norte (28%).
Alta das vagas de emprego
O engenheiro eletricista Tércio Santos, de 31 anos, começou a atuar neste segmento há cerca de dois anos, e desde então, foi pulando de uma empresa para outra devido à oferta de vagas de emprego melhores, tendo passeado por quase todos os estados do Nordeste. Já trabalhou como analista de qualidade de um parque solar no norte de Minas, depois como engenheiro de instrumentação e, agora, está exercendo o cargo de engenheiro de operação e manutenção em um parque eólico entre Umburanas e Sento Sé, na Bahia.
Segundo ele, no geral, o ramo emprega mais técnicos do que pessoal com nível superior. A capacidade de vagas de emprego é maior conforme o porte dos empreendimentos. Costuma ser contratados engenheiros elétricos, civis, ambientais e de segurança, além de administradores. Técnicos com formação elétrica e eletrotécnica com cursos adicionais em energia eólica e solar são os mais demandados, porém também são requisitados os que têm formação em eletromecânica, mecatrônica e segurança do trabalho.
O engenheiro estima que os salários ficam entre R$ 3 mil a R$ 5 mil para os profissionais técnicos, enquanto engenheiros podem ganhar na faixa de até R$ 10 mil.
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