Diferença salarial mostra que experiência, atualização e resultados entregues pesam mais do que o diploma em diversas áreas do campo.
O agronegócio brasileiro trouxe à tona um debate que divide opiniões: técnicos agrícolas podem alcançar salários de até R$ 40 mil por mês, superando a remuneração de muitos engenheiros agrônomos com diploma universitário. A constatação foi destacada pelo palestrante Lucas Siqueira, que apontou a valorização crescente da prática, da experiência e da entrega de resultados no setor.
O exemplo de uma usina em Guaíra (SP) ilustra bem a situação: o gerente agrícola é um técnico, responsável por liderar uma equipe composta, em sua maioria, por engenheiros agrônomos. Aos 55 anos, ele se mantém em cursos, palestras e dias de campo, provando que atualização constante é fator decisivo para permanecer relevante.
Diploma abre portas, mas não garante permanência
Segundo relatos de profissionais, a diferença salarial é significativa: enquanto alguns técnicos agrícolas alcançam remuneração de R$ 40 mil mensais, há engenheiros agrônomos limitados a salários de R$ 5 mil em funções similares. Essa disparidade evidencia que o diploma pode facilitar o início da carreira, mas o crescimento depende de dedicação e resultados concretos.
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O inverso também acontece: muitos agrônomos assumem posições de alto nível em multinacionais e recebem salários elevados, enquanto técnicos permanecem em funções operacionais. Isso mostra que o mercado reconhece tanto a base acadêmica quanto a prática de campo, mas o diferencial é a capacidade de transformar conhecimento em produtividade real.
Formação técnica versus formação universitária
Os cursos de técnico agrícola têm duração entre 1,5 e 3 anos, contra os 5 anos da graduação em Agronomia. Esse aspecto torna a formação técnica mais acessível e rápida, permitindo que profissionais ingressem cedo no mercado. No entanto, empresas multinacionais e de insumos agrícolas costumam exigir diploma universitário para cargos estratégicos, o que limita algumas oportunidades para técnicos.
Por outro lado, uma vez inserido no setor, o desempenho passa a ser o fator determinante. A experiência prática, a busca por atualização e o networking têm mais peso na evolução da carreira do que apenas a formação acadêmica.
O que as empresas buscam hoje
De acordo com empresários do agro, o perfil ideal não se resume ao título. Caráter, honestidade, disciplina e capacidade técnica são critérios fundamentais na contratação e retenção de talentos. Cada vez mais, empresas utilizam provas práticas, treinamentos internos e acompanhamento em campo para avaliar se o profissional é capaz de gerar valor.
Essa mudança de mentalidade revela um cenário em que o diploma universitário perdeu a exclusividade como critério de ascensão. O agro premia quem resolve problemas e aumenta resultados, seja engenheiro, seja técnico agrícola.
O avanço tecnológico no agronegócio — com drones, sensores, softwares de gestão e agricultura de precisão — abre espaço para profissionais de diferentes níveis de formação. O que define o sucesso é a capacidade de adaptação e a entrega de eficiência.
Em resumo: o diploma abre portas, mas não garante permanência. O agronegócio valoriza cada vez mais quem transforma conhecimento em produtividade, independentemente do título.
E você, acredita que os técnicos agrícolas serão ainda mais valorizados nos próximos anos ou o diploma universitário continuará sendo decisivo? Deixe sua opinião nos comentários.