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Nilo ou Amazonas: saiba qual é o maior rio do mundo em 2025 e por que as medições ainda causam debate entre cientistas

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 22/07/2025 às 12:01
Nilo ou Amazonas: saiba qual é o maior rio do mundo em 2025 e por que as medições ainda causam debate entre cientistas
Foto: Nilo ou Amazonas: saiba qual é o maior rio do mundo em 2025 e por que as medições ainda causam debate entre cientistas
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Em 2025, Nilo e Amazonas seguem disputando o título de maior rio do mundo. Veja por que as medições ainda causam controvérsia entre cientistas.

Em 2025, a clássica disputa entre Rio Nilo e Rio Amazonas sobre quem detém o título de maior rio do mundo continua dividindo especialistas. Embora o Guinness World Records ainda reconheça o Nilo, na África, como o mais longo, novas medições do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) reacenderam o debate ao indicar que o Amazonas, na América do Sul, pode ser maior do que se pensava — com 6.992,06 km de extensão, superando o Nilo em 140 km.

Porém, essa conclusão está longe de ser consenso. A Enciclopédia Britânica e o Serviço Geológico dos EUA (USGS) ainda atribuem ao Nilo o primeiro lugar com 6.649,81 km. E a raiz do impasse está justamente na dificuldade de se definir com exatidão onde o Rio Amazonas nasce, especialmente nas montanhas do Peru.

O Rio Amazonas: o gigante da água

Independentemente da extensão, há um título incontestável: o Rio Amazonas é o maior rio do mundo em volume de água. Com uma vazão média de 210 mil m³ por segundo, ele despeja no Oceano Atlântico cerca de 20% de toda a água fluvial da Terra. Sua bacia hidrográfica é a maior do planeta, atravessando países como Peru, Colômbia e Brasil, e sustentando uma biodiversidade única, que desempenha papel vital no equilíbrio climático global.

Estudos recentes do INPE apontam que sua nascente real pode estar na quebrada Apacheta, na base do Nevado Quehuisha, no Peru — uma localização que muda significativamente os cálculos de seu comprimento. Mas há outras fontes que ainda trabalham com a marca de 6.400 km, o que explica o impasse técnico.

O Rio Nilo: o rio que moldou civilizações

O Rio Nilo, com aproximadamente 6.650 km de extensão, é o mais importante curso d’água da África e talvez o mais lendário do mundo. Ele nasce no Lago Vitória, passa por países como Uganda, Sudão e Egito, até desaguar no Mar Mediterrâneo. Ao longo de milênios, foi o berço de uma das civilizações mais influentes da história: o Egito Antigo.

Além de seu papel histórico, o Nilo continua sendo essencial para a agricultura, o abastecimento de água e o transporte em uma das regiões mais áridas do planeta. Seu curso ainda define fronteiras, sustenta milhões de pessoas e influencia a geopolítica africana.

Por que ainda não existe um consenso em 2025?

A resposta está em diferenças metodológicas nas medições. A extensão de um rio depende, essencialmente, de duas definições: onde começa sua nascente e qual é o seu percurso mais longo até a foz. No caso do Amazonas, a nascente no Peru tem mais de uma possibilidade — o que altera seu comprimento final.

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Além disso, avanços em tecnologias de mapeamento por satélite mudaram a forma como os cientistas avaliam o relevo e a geografia dos rios. Isso levou a uma reinterpretação de dados antigos e à realização de novas expedições. Mudanças nos cursos fluviais causadas por erosão, desmatamento, barragens ou variações naturais também interferem nas medições.

O que isso significa para o planeta?

Mais do que uma competição de números, o debate entre o Nilo e o Amazonas revela o quanto os rios são elementos fundamentais para o meio ambiente e para a história humana. O Amazonas é uma peça-chave no sistema climático global, influenciando chuvas até em regiões como o Sul do Brasil e o norte da Argentina. Já o Nilo continua sendo o “rio da vida” para milhões de pessoas que vivem em suas margens no nordeste da África.

Ambos os rios também são palco de desafios ambientais crescentes. O desmatamento na Amazônia, a construção de barragens no Nilo e a poluição urbana ameaçam a saúde desses ecossistemas. A busca por respostas sobre suas extensões é também uma forma de despertar consciência sobre a importância de sua preservação.

Com base nas últimas estimativas do INPE, o Amazonas é o mais extenso. Mas para o Guinness World Records e outras instituições internacionais, o Nilo continua na frente. O certo é que, seja em extensão, volume de água ou relevância histórica e ambiental, ambos são vitais para o planeta — e para o futuro da humanidade.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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