Empresa de Elon Musk realizou duas cirurgias em Toronto e amplia estudo clínico internacional; meta é testar o dispositivo em até 30 voluntários com paralisia
A Neuralink deu um passo decisivo rumo à expansão global. Segundo informações confirmadas, a empresa realizou os primeiros implantes cerebrais fora dos Estados Unidos, em duas cirurgias na University Health Network (UHN), em Toronto, no Canadá, nos dias 27 de agosto e 3 de setembro de 2025. Os procedimentos fazem parte do estudo clínico C Prime, que pretende alcançar até 30 pacientes até o fim do ano.
O foco inicial do projeto está em pessoas com lesões cervicais graves, para quem o dispositivo pode representar um salto de autonomia e dignidade, permitindo controlar computadores, enviar mensagens e até interagir com aparelhos eletrônicos apenas com a mente.
Quem são os pacientes e como funciona o implante
A Neuralink seleciona voluntários com paralisia severa para esta fase de testes.
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O dispositivo é um implante sem fio que lê sinais elétricos do cérebro e os traduz em comandos digitais.
Para isso, usa inteligência artificial capaz de aprender padrões específicos de cada indivíduo, aumentando a precisão da leitura neural.
Na prática, os pacientes podem mover um cursor, operar dispositivos conectados e até manipular próteses robóticas.
Especialistas apontam que essa etapa tem potencial para transformar a vida de pessoas com limitações motoras severas, devolvendo controle sobre tarefas básicas do cotidiano.
Quanto a Neuralink já avançou no campo clínico
Antes do Canadá, a Neuralink já havia realizado implantes nos Estados Unidos e no Reino Unido, consolidando-se como a empresa que mais avança em estudos multicêntricos com interfaces cérebro-computador.
O estudo C Prime é considerado essencial para validar a segurança do implante e o desempenho do robô cirúrgico que realiza a inserção dos fios neurais.
Segundo a empresa, os dados coletados até 2025 serão usados para comprovar não só a eficácia no controle digital, mas também para abrir caminho a novas aplicações.
Como restauração da fala em vítimas de AVC, recuperação parcial da visão em cegos e pesquisas iniciais sobre memória e cognição.
Onde está o impacto tecnológico mais imediato
O diferencial da Neuralink é combinar robótica cirúrgica e inteligência artificial em um processo padronizado de implantação.
Isso garante que as cirurgias sejam mais rápidas, seguras e escaláveis.
O uso da IA permite adaptar a decodificação neural “ao jeito” de cada cérebro, algo que amplia a taxa de sucesso clínico.
O Canadá se torna agora o terceiro país a integrar os testes clínicos, reforçando a estratégia de internacionalização.
Para analistas, a escolha de um hospital de referência como a UHN mostra que a empresa busca consolidar credibilidade científica em ambientes rigorosos de pesquisa médica.
Por que esse avanço preocupa e entusiasma ao mesmo tempo
Para defensores, a tecnologia é um marco para pacientes com paralisia, oferecendo uma nova forma de independência e inclusão social.
Já críticos levantam questões éticas sobre segurança, privacidade de dados neurais e acesso desigual à tecnologia.
O fato de a Neuralink expandir para além dos EUA mostra que os testes estão amadurecendo, mas também aumenta a pressão sobre regulações globais.
O cenário aponta para uma corrida inédita: implantes cerebrais saíram do campo das promessas e já estão em operação real, com datas, locais e voluntários identificados.
Se os resultados clínicos forem positivos, a Neuralink poderá liderar não apenas no campo médico, mas em uma nova indústria de interfaces entre cérebro e máquinas.
Você acredita que a Neuralink vai realmente revolucionar a vida de pessoas com paralisia ou ainda é cedo para confiar nessa tecnologia? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir sua análise.