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Neoenergia e Nexus Ligas fecham acordo de autoprodução de energia eólica por uma década

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 18/07/2025 às 10:35
Fachada de um prédio comercial com vitrines envidraçadas e dois carros estacionados ao lado, em um dia ensolarado ao meio-dia
Fachada de edifício comercial com vitrines amplas, sob luz intensa do meio-dia, e dois veículos estacionados
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Parceria fortalece a autoprodução de energia eólica e impulsiona a transição energética sustentável com foco na redução de emissões e na previsibilidade de custos

Ao longo das últimas décadas, o mundo testemunhou uma crescente preocupação com o meio ambiente e com os efeitos das mudanças climáticas. Por isso, a busca por fontes renováveis de energia se intensificou globalmente.

No Brasil, esse movimento ganha força com a expansão da energia eólica, que se tornou uma alternativa sustentável e estratégica para diminuir a dependência dos combustíveis fósseis.

Dessa forma, o recente acordo entre a Neoenergia e a Nexus Ligas marca um passo importante na consolidação da autoprodução de energia eólica como modelo energético. Com validade de dez anos, o contrato garante à Nexus Ligas, maior produtora de ligas de manganês do país, a sociedade na unidade Canoas 3 — pertencente ao Complexo Eólico Neoenergia Chafariz, na Paraíba.

Assim, a Nexus terá acesso direto a 15 megawatts médios de energia gerada a partir do vento. Isso representa 27% da sua demanda elétrica atual.

Como resultado, a empresa avança em seu compromisso com a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que assegura uma fonte limpa e econômica de energia para suas operações.

A evolução da autoprodução de energia no Brasil

Desde os anos 1990, quando o Brasil iniciou a abertura do mercado elétrico, a autoprodução de energia começou a ganhar relevância entre os grandes consumidores.

Inicialmente, muitos optaram por fontes convencionais. Contudo, à medida que a preocupação ambiental aumentou, a busca por energias limpas se intensificou, especialmente com o crescimento das discussões globais sobre a crise climática.

A partir de 2009, os leilões de energia dedicados a fontes renováveis impulsionaram o setor eólico nacional. Consequentemente, o Nordeste despontou como região estratégica, graças à sua geografia favorável e à constância dos ventos.

A região passou a atrair investimentos robustos, consolidando-se como polo da energia eólica brasileira.

Além disso, a combinação de incentivos governamentais, avanços tecnológicos e estabilidade regulatória fortaleceu ainda mais a confiança no setor.

Por essas razões, empresas passaram a ver na autoprodução de energia eólica uma solução eficiente, econômica e alinhada às exigências ambientais atuais.

O papel estratégico do Complexo Eólico Chafariz

Localizado na Paraíba, o Complexo Eólico Neoenergia Chafariz possui mais de 470 megawatts de capacidade instalada. Isso equivale à energia necessária para abastecer aproximadamente 1,3 milhão de residências ao longo de um ano.

A entrada da Nexus como sócia na unidade Canoas 3 representa, portanto, uma escolha estratégica.

Por meio dessa parceria, a Nexus Ligas garante energia limpa para parte significativa de sua operação. Mas não apenas isso: reforça também seu posicionamento como uma empresa comprometida com o futuro.

A autoprodução de energia eólica se destaca, nesse caso, como solução que une eficiência operacional e responsabilidade ambiental.

Por consequência, essa parceria fortalece a segurança energética do Brasil, diversifica a matriz elétrica nacional e ainda serve como exemplo de cooperação entre o setor produtivo e o setor de infraestrutura energética.

A Neoenergia, por sua vez, demonstra com clareza que o modelo pode ser replicado por outras indústrias que desejam reduzir sua pegada de carbono.

Benefícios econômicos e ambientais da autoprodução

Entre as principais vantagens da autoprodução de energia, a previsibilidade de custos ocupa lugar de destaque.

Considerando que o sistema elétrico brasileiro enfrenta oscilações tarifárias, especialmente em períodos de seca, a geração própria se mostra uma estratégia eficaz.

Assim, a Nexus assegura um fornecimento contínuo e protegido de variações bruscas nos preços da energia.

Adicionalmente, o modelo contribui para a descarbonização da economia, um dos pilares da estratégia da Neoenergia.

Por meio de contratos de longo prazo e investimentos em fontes renováveis, a empresa reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.

Vale destacar também que o contrato recebeu aval do CADE, o que demonstra a solidez e a conformidade legal do acordo.

Do ponto de vista setorial, a experiência da Nexus Ligas pode abrir caminhos para outras empresas.

Indústrias como mineração, cimento, papel e celulose ainda apresentam grande dependência de fontes tradicionais.

Ao seguir o mesmo modelo, elas poderão reduzir seus impactos ambientais e aumentar sua competitividade a médio e longo prazo.

Compromissos de longo prazo com sustentabilidade

Ao anunciar o acordo, a Nexus reforçou seu compromisso de reduzir ou neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2035.

Diante disso, o investimento em autoprodução de energia eólica representa uma etapa concreta para alcançar essa meta.

A empresa, portanto, dá um passo importante em direção a uma operação mais verde e resiliente.

Além disso, a escolha por energia limpa influencia positivamente o ambiente de negócios.

Ao diminuir a pressão sobre a rede elétrica nacional, iniciativas como essa contribuem para maior estabilidade do sistema.

A longo prazo, isso pode resultar em maior eficiência energética e até mesmo em tarifas mais equilibradas para a população.

A energia eólica, por sua vez, apresenta benefícios adicionais.

Ela não gera poluentes, tem ampla disponibilidade natural no Brasil e reduz a dependência de fontes hídricas.

Ademais, a instalação dos parques eólicos estimula o desenvolvimento de regiões afastadas, criando empregos locais e promovendo qualificação técnica.

Também é importante lembrar que o fortalecimento da cadeia produtiva da energia eólica gera efeitos positivos em diversos setores.

A fabricação e manutenção de aerogeradores, por exemplo, movimenta a indústria nacional e estimula inovação tecnológica.

Um modelo para o futuro da energia no Brasil

Portanto, o contrato entre Neoenergia e Nexus Ligas vai além de uma simples negociação comercial.

Trata-se de um modelo inspirador que mostra como a autoprodução de energia eólica pode transformar o setor industrial.

Ao investir em geração própria a partir de fontes renováveis, as empresas demonstram que é possível crescer de forma responsável e sustentável.

Por consequência, esse tipo de parceria fortalece a posição do Brasil como líder em energias limpas no cenário internacional.

A combinação entre visão de longo prazo, responsabilidade socioambiental e compromisso com a eficiência energética torna o país um exemplo a ser seguido.

A transição para uma economia de baixo carbono depende de ações como essa.

Quando o setor privado lidera com práticas sustentáveis, toda a sociedade colhe os benefícios.

Assim, o acordo entre Neoenergia e Nexus Ligas se consolida como referência para o futuro da energia no país.

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Autoprodução de Energia (APE): O que é, como funciona e por que está crescendo? | MegaWhat Educação

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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