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Enquanto gigantes como Meta, Microsoft e Tesla disputam atenção no mercado de tecnologia, foi um nome menos conhecido fora do Vale do Silício que quebrou todos os recordes. Jensen Huang, da Nvidia, superou os CEOs mais famosos do mundo ao comandar a primeira empresa a ultrapassar US$ 4 trilhões em valor de mercado, graças à liderança em chips de inteligência artificial.
Nem Zuckerberg, nem Gates ou Musk conseguiram esse feito. O nome por trás da maior valorização da história de uma empresa de capital aberto é Jensen Huang. Cofundador e CEO da Nvidia desde 1993, ele liderou a fabricante de chips até se tornar a primeira companhia do mundo a atingir US$ 4 trilhões em valor de mercado.
Um marco impulsionado pela explosão da inteligência artificial e pela demanda global por seus chips de alto desempenho
US$ 4.000.000.000.000
Em um momento de grande euforia no setor de inteligência artificial, a Nvidia alcançou um feito histórico.
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Na quarta-feira, a fabricante de chips se tornou a primeira empresa do mundo a atingir US$ 4 trilhões em valor de mercado.
O marco foi impulsionado pela crescente demanda por seus chips de alto desempenho, usados em IA, sistemas autônomos, computação em nuvem e data centers modernos.
As ações da empresa subiram 2,5%, atingindo US$ 164, e consolidaram a Nvidia como o novo centro das atenções em Wall Street. Antes voltada a GPUs para jogos, a companhia passou a ser considerada essencial na nova era da inteligência artificial.
Crescimento mais rápido que Apple e Microsoft
A trajetória da Nvidia impressiona. Em junho de 2023, a empresa ultrapassou US$ 1 trilhão em valor. Apenas um ano depois, triplicou esse número.
A velocidade com que isso ocorreu superou até mesmo os crescimentos de Apple e Microsoft, as únicas outras companhias norte-americanas que já ultrapassaram a marca de US$ 3 trilhões.
A Apple foi a primeira a chegar a US$ 3 trilhões, em 2022.
A Microsoft atingiu recentemente os US$ 3,75 trilhões. Mas agora é a Nvidia quem lidera o índice S&P 500, com um peso de 7,3%, à frente da Apple (7%) e da Microsoft (6%).
Segundo dados da LSEG, o valor de mercado da Nvidia é maior que a soma das bolsas de valores do Canadá e do México. Também supera o valor de todas as empresas listadas na bolsa do Reino Unido.
Demanda por chips de IA alimenta corrida tecnológica
Por trás desse crescimento está a explosão da IA. Empresas como Microsoft, Meta, Google e Amazon estão disputando recursos para construir modelos cada vez maiores. Todos eles usam chips da Nvidia como base.
Soluções como os modelos GPT da OpenAI e os sistemas autônomos da Tesla também dependem fortemente do hardware da empresa.
Diante disso, a Nvidia ampliou sua atuação. Hoje, fabrica desde GPUs personalizadas até centros de dados voltados exclusivamente para IA.
Um dos maiores impulsionadores recentes é o lançamento da linha de chips Blackwell. Esses chips oferecem ganhos importantes de desempenho para tarefas de IA, como treinamento e inferência.
A procura é tão alta que provedores de nuvem, empresas e governos estão competindo para garantir unidades.
Projeções apontam para US$ 6 trilhões
O mercado segue otimista com o futuro da Nvidia. O Citi elevou sua projeção de preço-alvo para US$ 190 por ação.
Já a Loop Capital foi além e aposta em US$ 250, o que levaria a avaliação da companhia para US$ 6 trilhões. A Wedbush prevê que a marca de US$ 5 trilhões pode ser atingida ainda em 2025.
Segundo analistas, cada dólar investido em chips da Nvidia gera um efeito multiplicador de US$ 8 a US$ 10 em todo o ecossistema de IA.
Isso reforça o papel central da empresa na transformação tecnológica em andamento.
Apesar do entusiasmo, a ação da Nvidia é negociada a um múltiplo de 32 vezes os lucros futuros. O número está abaixo da média dos últimos três anos, que era de 37 vezes, o que mostra um equilíbrio entre crescimento e avaliação.
Volatilidade não afasta os investidores
Mesmo com os bons resultados, a Nvidia enfrentou instabilidades neste ano. As ações sofreram uma queda com a ameaça de novas tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Outro fator que gerou incerteza foi o lançamento do DeepSeek, um avançado modelo de IA de código aberto desenvolvido na China.
Esses eventos colocaram em dúvida, por um breve período, o ritmo de crescimento das ações de IA.
Mas logo os resultados financeiros e as projeções otimistas voltaram a atrair os investidores, reacendendo o entusiasmo e impulsionando a recuperação.
Liderança de Jensen Huang molda o sucesso da empresa
O homem por trás desse império é Jensen Huang, CEO e cofundador da Nvidia. Ele ocupa o cargo desde a fundação da empresa, em abril de 1993.
Com mais de três décadas de liderança, Huang ajudou a transformar uma empresa especializada em gráficos para jogos em uma potência global de semicondutores e IA.
Taiwanês-americano, Huang lidera a Nvidia com uma visão voltada para inovação e performance.
Ao lado dos cofundadores Chris Malachowsky e Curtis Priem, ele construiu uma cultura que valoriza tecnologia de ponta e aposta em tendências de longo prazo.
O futuro imediato da Nvidia parece cada vez mais centrado em sua nova plataforma de chips Blackwell.
Com alta capacidade de desempenho para cargas de trabalho de IA, ela se tornou prioridade entre provedores de nuvem, empresas e projetos nacionais.
A demanda é tão intensa que muitos já se movimentam para garantir o fornecimento antecipado. O sucesso da plataforma reforça o papel da Nvidia como motor da revolução tecnológica atual.
E com investidores e empresas apostando alto, a companhia mostra que os US$ 4 trilhões podem ser apenas o começo.
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