Em 2024, o petróleo assumiu a liderança das exportações do Brasil, superando a soja. O avanço foi garantido pelo pré-sal, forte demanda internacional e diferencial ambiental, consolidando mudanças na estrutura comercial brasileira
Embora a soja tenha liderado as exportações brasileiras entre 2022 e 2023, em 2024 o cenário mudou. O protagonismo passou para o petróleo, que assumiu a dianteira da pauta de vendas externas do país.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a força do pré-sal e a alta demanda global impulsionaram os resultados.
O Brasil exportou 85,45 milhões de toneladas do combustível entre janeiro e novembro. Portanto, houve um salto de 14,4% em relação ao mesmo período de 2023.
-
O que a China quer para o futuro do Brics? Xi propõe plano que desafia visão de Trump, cita o dólar e pressiona o papel dos EUA em encontro com Lula e outros integrantes do grupo
-
Picanha mais barata? Nem pensar! Mesmo com tarifaço dos EUA, carne no Brasil dispara e já acumula alta de 20%
-
Trump afrouxa o tarifaço e cria nova lista de produtos isentos que podem pagar até 0% quando houver acordos de comércio e segurança com países considerados alinhados
-
Estado no Nordeste decreta emergência e aciona força-tarefa contra tarifa de 50% dos EUA, Plano Brasil Soberano libera crédito e tenta segurar empregos
Receita bilionária
Esse avanço refletiu diretamente nas receitas. O petróleo garantiu US$ 42,76 bilhões, o equivalente a R$ 233,03 bilhões na cotação atual.
Além disso, a soja registrou movimentação próxima, de US$ 42,08 bilhões (R$ 229,32 bilhões). Ou seja, os dois produtos seguem como pilares do comércio exterior, mas com o petróleo no topo da lista.
A diferença, mesmo que pequena em valores, marca uma mudança importante na estrutura das exportações.
A força da indústria energética brasileira, somada às características específicas do pré-sal, ajudou a consolidar essa posição.
Fator ambiental
Um dos motivos para o aumento da procura está na baixa intensidade de carbono do petróleo brasileiro. Ele emite menos CO₂ por barril em comparação a muitos concorrentes internacionais.
Porque esse diferencial ambiental atende a uma demanda crescente de mercados que exigem sustentabilidade.
Em outras palavras, o produto nacional conquistou espaço também pelo atributo ecológico.
Ranking das exportações
A lista dos dez principais produtos exportados em 2024 mostra como a pauta brasileira continua diversificada.
Em primeiro lugar ficaram os óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, com US$ 44,84 bilhões. Logo em seguida, a soja respondeu por US$ 42,94 bilhões.
O terceiro lugar foi ocupado pelo minério de ferro e seus concentrados, que alcançaram US$ 29,84 bilhões. Já os açúcares e melaços somaram US$ 18,63 bilhões, ficando em quarto.
Na quinta posição apareceram os óleos combustíveis de petróleo, com US$ 11,69 bilhões. Pouco abaixo, a carne bovina fresca, refrigerada ou congelada atingiu US$ 11,65 bilhões.
O café não torrado conquistou a sétima colocação, totalizando US$ 11,33 bilhões. Em oitavo lugar veio a celulose, com US$ 10,61 bilhões.
O nono posto foi dos farelos de soja e outros alimentos para animais, que renderam US$ 10,40 bilhões. Por fim, em décimo lugar ficaram as carnes de aves e suas miudezas, com US$ 9,08 bilhões.
Essa lista mostra a importância do petróleo, mas também confirma a força contínua do agronegócio brasileiro.
Com informações de Correio do Estado.
Não existe pais melhor no mundo do q o brásil, pena q a corrupção acaba com tdo