Portos e empresas de navegação começam a sofrer a segunda queda de movimentações provocada pela pandemia do coronavírus, que continua a impactar na economia brasileira. A primeira queda de movimentações de cargas nos portos foi gerada com a paralisação da China. Agora, os portos sofrem a baixa nas movimentações, por conta da redução na demanda brasileira, provocada pela queda da economia e paralisação de fábricas e lojas no país.
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Mesmo com o retorno gradativo do mercado asiático, os portos brasileiros terão várias viagens canceladas ou suspensas nas próximas três semanas, é o que é esperado por Luigi Ferrini, vice-presidente no Brasil da empresa de navegação Hapag-Lloyd.
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Além da paralisação das atividades no Brasil, a oscilação cambial é outro fator que pode estar influenciando diretamente na importação e gerando insegurança, segundo o presidente da Brasil Terminal Portuário (BTP), um dos maiores operadores de contêineres em Santos.
Com o dólar caro e o alto tempo levado nas viagens (duração de até 1 mês), torna difícil prever qual será o valor de câmbio quando a carga importada chegar ao Brasil.
Por outro lado, se as importações estão em queda, o cenário é outro para o Brasil no caso das exportações. O dólar alto nesse caso é um fator favorável e a safra recorde de grãos também contribui para os volumes de exportação da economia brasileira. Além disso, como os produtos exportados são principalmente alimentos, que são indiscutivelmente necessários, a expectativa é que o consumo não caia, ou caia em uma pequena quantidade.
Com a baixa nas importações e a alta nas exportações, um problema logístico acaba sendo gerado: a falta de contêineres. O mesmo problema já foi enfrentado em uma primeira etapa, quando houve um acúmulo de contêineres na Ásia, impactando inclusive em outros países no restante do mundo.
A solução proposta anteriormente foi o envio de embarcações adicionais com contêineres vazios, porém, com esses novos cancelamentos, a escassez volta a ser um temor, de acordo com o Ferrini, da Hapag-Lloyd.
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