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Navios gaseiros: Uma nova chance para os estaleiros nacionais reviverem seus tempos áureos da construção naval

Escrito por Renato Oliveira
Publicado em 22/08/2020 às 17:55
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Navio FLNG da Shell e Trabalhadores da Keppel – Imagem para fins ilustrativos

Keppel desenvolve tecnologia de conversão de embarcações de Gás Natural e representa uma boa chance para sua matriz brasileira, o estaleiro Brasfels (RJ), lutar pela construção deste tipo de navio

A aposta na construção de navios gaseiros, no gigante estaleiro Brasfels (Angra dos Reis -RJ), a matriz brasileira da Keppel O&M de Singapura, surge com uma boa oportunidade para o poderoso conglomerado asiático.

A Keppel O&M (Brasfels), e a Golar LNG Limited (Golar) concluíram um projeto de sucesso na conversão de um navio transportador de gás natural liquefeito (LNGC) em um navio de liquefação flutuante (FLNG) que vai economizar aproximadamente 33% das emissões de gases de efeito estufa em comparação com uma nova construção FLNG, isso equivale a tirar cerca de 13.500 carros das estradas por um ano. Estaleiros nacionais já foram consultados.

Estima se, com a criação do novo mercado de gás pelo atual governo, uma alta demanda por este tipo de embarcação nos próximos 3 ou 4 anos visando atender o escoamento do gás natural do pré-sal.

Alternativa que geraria empregos na construção naval do Brasil

A construção destas embarcações no Brasil seria a alternativa a não suficiente malha dutoviária para transporte de gás natural no país que é de 9,5 mil km. Esses são gasodutos que realizam a movimentação de gás natural desde as unidades de processamento de gás natural, as UPGNs, até às instalações de estocagem.

Para se ter uma ideia a Argentina, por exemplo, possui uma malha de gasodutos de transporte de 16 mil km, praticamente o dobro da brasileira, mesmo possuindo território um terço menor.

A Keppel O&M possui um extenso histórico na conversão de embarcações. Além de converter o primeiro FLNG do mundo em 2017, a Keppel O&M converteu o primeiro navio flutuante de armazenamento e descarga de produção (FPSO) do mundo em 1981 e a primeira unidade de regaseificação de armazenamento flutuante (FSRU) em 2008. Ao todo ela já converteu 134 navios de produção, incluindo FPSOs , FLNGs e FSRUs.

Por Renato Oliveira

Instagram: @Renatonavalnews

Youtube: Renatonavalnews

Renato Oliveira

Engenheiro de Produção com pós-graduação em Fabricação e montagem de tubulações com 30 anos de experiência em inspeção/fabricacão/montagem de tubulações/testes/Planejamento e PCP e comissionamento na construção naval/offshore (conversão de cascos FPSO's e módulos de topsides) nos maiores estaleiros nacionais e 2 anos em estaleiro japonês (Kawasaki) inspecionando e acompanhando técnicas de fabricação e montagem de estruturas/tubulações/outfittings(acabamento avançado) para casco de Drillships.

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