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Navio de guerra japonês da Segunda Guerra é descoberto no fundo do Pacífico com explosivos ainda ativos e intactos após mais de 80 anos

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 21/07/2025 às 12:49
Navio de guerra japonês da Segunda Guerra é descoberto no fundo do Pacífico com explosivos ainda ativos e intactos após mais de 80 anos
Foto: Navio de guerra japonês da Segunda Guerra é descoberto no fundo do Pacífico com explosivos ainda ativos e intactos após mais de 80 anos
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Navio de guerra japonês afundado em 1942 é encontrado com explosivos intactos no fundo do Pacífico. Descubra o que os cientistas revelaram sobre o Teruzuki.

Mais de 80 anos após desaparecer nas profundezas do Oceano Pacífico, um navio de guerra japonês da Segunda Guerra Mundial foi redescoberto — e com uma surpresa que impressionou até os especialistas: os explosivos continuam lá, intactos e potencialmente ativos. Trata-se do contratorpedeiro Teruzuki, da classe Akizuki, que foi afundado por torpedos americanos em 1942 e agora repousa silenciosamente no temido trecho conhecido como Iron Bottom Sound, próximo às Ilhas Salomão, com torres de artilharia ainda apontadas para o céu.

A embarcação, que participou das intensas batalhas em torno de Guadalcanal — uma das disputas mais sangrentas do teatro de guerra no Pacífico — foi localizada a 820 metros de profundidade pela equipe da Ocean Exploration Trust, organização especializada em mapeamento e exploração submarina. O achado foi feito com o auxílio de um ROV (veículo operado remotamente), revelando um dos mais bem preservados destroços da Segunda Guerra já encontrados.

Explosivos ativos após 80 anos: um campo minado sob o mar

O mais surpreendente foi o arsenal encontrado a bordo do Teruzuki: cargas de profundidade, munições e até as torres de artilharia ainda estão presentes e em estado de conservação que exigiu cautela extrema por parte da equipe.

Diferente da hipótese antiga de que o próprio armamento havia causado a destruição da embarcação, agora está confirmado que os torpedos lançados por lanchas americanas foram os únicos responsáveis pelo naufrágio.

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Imagens captadas mostram que a popa está separada do restante do casco em cerca de 208 metros, mas grande parte do convés principal está intacta — como se o navio tivesse congelado no tempo. O leme avariado, que impossibilitou qualquer manobra para escapar após os ataques, também foi encontrado em posição original.

O ‘cemitério’ de navios do Pacífico

A área onde o Teruzuki foi encontrado é uma das mais letais da história naval. Apelidada de Iron Bottom Sound — literalmente, “Som das Profundezas de Ferro” — a região acumulou dezenas de navios de guerra, submarinos e aviões durante os confrontos entre Japão e Aliados, especialmente entre agosto e dezembro de 1942.

A ilha de Guadalcanal, epicentro dos combates, era vital para o controle das rotas marítimas do Pacífico Sul. Por isso, as batalhas navais naquela área envolveram força máxima de ambos os lados, com confrontos que custaram milhares de vidas e resultaram em uma paisagem submarina repleta de destroços históricos.

Tecnologia de ponta resgatando a memória da guerra

A missão que encontrou o Teruzuki utilizou sensores e câmeras de altíssima resolução para mapear em detalhes o estado do navio. Os vídeos publicados pela equipe do Ocean Exploration Trust revelam armamentos ainda acoplados, corredores internos preservados e estruturas metálicas protegidas pelo frio, pela ausência de oxigênio e pela escuridão das profundezas — um verdadeiro museu bélico submerso.

Além do valor arqueológico e histórico, os especialistas ressaltam o risco envolvido na aproximação: alguns dos explosivos japoneses da época são tão instáveis que podem ser detonados com simples vibrações ou toque acidental. A operação exigiu perícia de alto nível e cautela redobrada.

Memória viva da Segunda Guerra Mundial

O contratorpedeiro Teruzuki agora se junta a outros ícones navais da Segunda Guerra que foram redescobertos nas últimas décadas, como o USS Indianapolis ou o porta-aviões Akagi. Mas, diferentemente de muitos destroços corroídos e sem vida, o Teruzuki parece estar apenas adormecido, como se ainda aguardasse ordens.

A redescoberta não só corrige registros históricos, como também reacende o debate sobre os riscos ambientais e militares de armamentos esquecidos no fundo do mar. E mais do que isso: permite à humanidade revisitar, com respeito e atenção, as cicatrizes deixadas por um dos conflitos mais destrutivos da história.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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