Conheça o exoplaneta TOI 1227 b, um “bebê” cósmico que está sendo bombardeado por radiação e perdendo sua atmosfera em um ritmo alarmante.
De acordo com um estudo divulgado pelo observatório espacial Chandra da NASA, astrônomos observaram um planeta que está literalmente encolhendo. O exoplaneta, batizado de TOI 1227 b, tem um tamanho semelhante ao de Júpiter e está sendo bombardeado por uma dose tão intensa de radiação de alta energia que sua atmosfera está evaporando para o espaço.
O fenômeno, que ocorre a uma velocidade impressionante, oferece aos cientistas uma oportunidade rara de observar a evolução de um planeta em seus estágios iniciais. A descoberta, liderada por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Rochester, mostra um cenário dramático e um futuro pouco promissor para este jovem mundo.
O que é o TOI 1227 b, o planeta que está encolhendo?
O TOI 1227 b é considerado um “bebê” em termos cósmicos, com apenas 8 milhões de anos de idade — uma fração minúscula em comparação com os 4,5 bilhões de anos da Terra. Ele orbita sua estrela-mãe a uma distância extremamente curta, de aproximadamente 13 milhões de quilômetros.
-
Mistério na Antártica: submarino autônomo desaparece sem deixar rastros após mapear estruturas jamais vistas
-
Prefixo 0303 é derrubado pela Anatel e pode abrir espaço para mais ligações indesejadas, alertam especialistas
-
Cientistas criam o mapa da Terra mais preciso já desenvolvido e ele não se parece em nada com o que conhecemos
-
Esqueça a gasolina! Caminhão movido a ‘água’ chega ao Brasil com bateria de 105 kWh, cilindros de 40 kg de hidrogênio, célula a combustível e sistema de regeneração de energia
Essa proximidade é a chave para entender por que a NASA observa planeta que está literalmente encolhendo. A estrela, embora tenha apenas 10% da massa do nosso Sol, é muito mais brilhante em raios-X, bombardeando o jovem planeta com uma radiação violenta.
Por que este planeta está perdendo sua atmosfera?
A exposição contínua à radiação de alta energia está “soprando” as camadas externas da atmosfera do TOI 1227 b para o espaço. “A atmosfera do planeta simplesmente não consegue resistir à dose alta de raios-X que está recebendo”, afirmou Attila Varga, líder do estudo.
Esse processo de perda atmosférica é conhecido como fotoevaporação, e no caso do TOI 1227 b, ele ocorre de forma extremamente acelerada devido à sua pouca idade e à proximidade com sua estrela.
A escala do encolhimento: o equivalente à atmosfera da Terra a cada dois séculos
A velocidade com que o planeta está perdendo sua atmosfera é impressionante. Os cientistas estimam que, a cada dois séculos, o TOI 1227 b perde uma massa de gás equivalente à atmosfera completa do nosso planeta.
Com o passar do tempo, esse processo contínuo de “desgaste” deverá reduzir o planeta a um núcleo rochoso e estéril. Atualmente, o TOI 1227 b tem uma massa cerca de 17 vezes maior que a da Terra, mas os modelos computacionais indicam que ele pode acabar perdendo o equivalente a duas Terras em massa total.
Um caso raro e “inchado” na galáxia
O estudo também destacou que o TOI 1227 b é um caso raro entre os exoplanetas jovens já descobertos. Entre os planetas com menos de 50 milhões de anos, ele é o que tem o ano mais longo (com duração de 28 dias terrestres) e orbita a estrela com a menor massa já registrada.
Curiosamente, os pesquisadores afirmam que o planeta está “inchado”, ou seja, com dimensões maiores do que teria naturalmente. “Acreditamos que esse inchaço é, em grande parte, resultado da agressão contínua dos raios-X da estrela”, explicou Joel Kastner, coautor da pesquisa.
O futuro sombrio do “planeta bebê”
A equipe de cientistas utilizou o telescópio Chandra para medir a intensidade da radiação e aplicou modelos de simulação para prever o futuro do planeta. Os cálculos mostraram que, em cerca de 1 bilhão de anos, o TOI 1227 b terá perdido sua atmosfera por completo.
“O futuro desse planeta bebê não parece promissor”, resumiu Alexander Binks, outro autor do estudo. A NASA observa planeta que está literalmente encolhendo e que, no futuro, poderá ter apenas um décimo de seu tamanho atual, um destino cruel para um mundo tão jovem.
O que você achou desta descoberta da NASA? Deixe sua opinião nos comentários!