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NASA entra em modo de emergência! Após 48 anos, sondas Voyager correm sério risco com fim do plutônio – o que vai acontecer agora?

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 20/03/2025 às 11:56
Alerta na NASA! As sondas Voyager estão sem energia após 48 anos. O que será do futuro da missão espacial mais longeva da história?
Alerta na NASA! As sondas Voyager estão sem energia após 48 anos. O que será do futuro da missão espacial mais longeva da história?
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NASA enfrenta um desafio crítico! Após quase 50 anos, as icônicas sondas Voyager 1 e 2 estão ficando sem energia, forçando cortes drásticos para mantê-las vivas.

As sondas Voyager 1 e Voyager 2, lançadas pela NASA em 1977, estão em uma corrida contra o tempo.

Com mais de quatro décadas de missão, essas duas naves espaciais estão enfrentando um problema crítico: a escassez de plutônio, fonte de energia que alimenta seus geradores.

Esse fato coloca em risco o futuro dessas sondas, que representam marcos históricos na exploração espacial.

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Em um movimento desesperado para prolongar suas vidas úteis, a NASA começou a desligar instrumentos essenciais e a tomar medidas drásticas para tentar manter essas sondas em funcionamento por mais alguns anos.

Em 25 de fevereiro de 2025, a NASA anunciou que havia desativado um dos instrumentos chave da Voyager 1, o subsistema de raios cósmicos.

Esse equipamento, responsável por estudar partículas de alta energia no espaço interestelar, foi um dos últimos a funcionar na sonda, que se encontra atualmente a mais de 23 bilhões de quilômetros da Terra.

A decisão de desligá-lo foi tomada devido à queda na potência da sonda, que agora depende exclusivamente de energia gerada por um pequeno gerador de radioisótopos, cujo combustível (plutônio) está se esgotando.

A Voyager 1, que detém o título de objeto feito pelo homem mais distante da Terra, realizou um feito notável ao detectar, em 2020, pela primeira vez, como os elétrons do Sol aceleram ao ricochetear em ondas de choque enquanto viajam para fora do sistema solar.

Essa descoberta foi um marco para a compreensão do comportamento do vento solar, uma das grandes incógnitas da astrofísica.

Contudo, com o fim do plutônio se aproximando, a NASA precisou tomar decisões difíceis para preservar o que ainda restava da missão.

A luta pela sobrevivência das sondas Voyager

No caso da Voyager 2, outra sonda emblemática, o mesmo destino aguarda.

A NASA tem planos de desligar, em 24 de março de 2025, o instrumento que mede partículas carregadas de baixa energia.

Embora essa medida seja dolorosa, ela é vista como necessária para garantir que os outros instrumentos da sonda possam continuar operando, ainda que de forma limitada.

As sondas Voyager, em sua missão original, foram projetadas para explorar os planetas gigantes Júpiter e Saturno.

Mas, como resultado do sucesso dessas missões, elas foram mantidas em operação por mais de 40 anos, realizando descobertas que excederam as expectativas de seus engenheiros e cientistas.

Contudo, há um grande desafio a ser enfrentado: o combustível que mantém esses instrumentos funcionando, o plutônio, se esgota a cada ano.

A cada 12 meses, as sondas perdem cerca de 4 watts de potência, e, com o tempo, os equipamentos vão deixando de funcionar.

Isso resulta em um número cada vez menor de instrumentos operacionais nas duas sondas.

Atualmente, das 10 ferramentas científicas que estavam a bordo das Voyager, apenas três permanecem em funcionamento.

Em cada uma das sondas, esses instrumentos são vitais para continuar coletando dados do espaço interestelar.

Para a Voyager 1, o único instrumento funcional será o magnetômetro, que mede o campo magnético nas regiões mais externas do sistema solar.

Já a Voyager 2 ainda conta com o subsistema de raios cósmicos, que deve continuar operando até 2026.

Contudo, a situação é dramática: o futuro da missão depende da capacidade de controlar o consumo de energia, mesmo com as limitações cada vez mais evidentes.

Instrumentos em extinção: o fim da era das sondas Voyager

Com a aproximação da falha definitiva dos geradores de plutônio, a NASA tem adotado uma estratégia de “economia de energia”.

Para garantir que o trabalho de ambas as sondas não chegue a um fim prematuro, a agência espacial tem desligado, de forma progressiva, diversos instrumentos e sistemas.

Em 2024, a Voyager 1 enfrentou uma falha significativa em sua memória interna, o que resultou em seis meses de silêncio completo.

Porém, graças a uma audaciosa atualização de software, a equipe da NASA conseguiu restaurar a comunicação com a sonda, permitindo que ela voltasse a transmitir dados.

No entanto, nem todas as falhas têm sido resolvidas com facilidade.

Em setembro de 2024, foi necessário acionar os propulsores secundários da Voyager 1 para corrigir sua orientação, após um bloqueio nos motores principais, resultado da idade avançada dos sistemas da sonda.

Embora essa ação tenha sido arriscada e desafiadora, o sucesso do procedimento garantiu que a missão seguisse em frente, pelo menos por mais algum tempo.

A engenharia por trás das missões Voyager, que já parece uma história de superação e perseverança, continua a escrever capítulos surpreendentes.

Missão até 2030: esperança até o fim

De acordo com a declaração de Suzanne Dodd, gerente do projeto Voyager, a NASA espera que as sondas ainda consigam operar até pelo menos 2030.

Porém, esse horizonte está longe de ser garantido.

Com cada vez menos instrumentos em funcionamento, a sonda irá gradualmente perder a capacidade de transmitir dados científicos de forma eficaz.

Ainda assim, a NASA aposta nas constantes modificações e ajustes feitos nas sondas para prolongar o máximo possível o tempo de operação das sondas.

Além de sua missão original, que visava explorar Júpiter e Saturno, as Voyagers têm cumprido um papel fundamental na coleta de informações sobre a heliopausa — a região onde o vento solar perde sua influência e dá lugar ao ambiente do espaço interestelar.

Essa área representa uma das frentes mais desconhecidas da astrofísica, e as sondas têm sido, até hoje, os únicos instrumentos capazes de fornecer dados confiáveis sobre essa região do espaço.

A última grande contribuição das sondas foi o envio de informações sobre a interação entre o campo magnético do Sol e o espaço interestelar, ajudando a comunidade científica a entender melhor o comportamento do vento solar, das partículas cósmicas e dos campos magnéticos em regiões afastadas do nosso sistema solar.

A manutenção dessas sondas, mesmo com recursos cada vez mais limitados, tem sido uma das maiores vitórias da engenharia espacial da NASA.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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