Startup Aeroriver apresenta o Volitan, barco voador que combina agilidade, baixo custo e menor poluição para transformar a mobilidade na Amazônia
Um dos destaques da São Paulo Boat Show 2025 é o Volitan, veículo que mistura barco e avião. A inovação, apresentada pela startup Aeroriver, pode transformar a forma como pessoas e cargas se deslocam na Amazônia, oferecendo rapidez, economia e menor impacto ambiental.
Como funciona o barco voador
O Volitan é regulamentado como barco. Ele tem casco semelhante ao de uma lancha, o que permite pousar e decolar diretamente da água. A parte superior lembra uma aeronave, com cabine fechada, asas e duas hélices.
A startup explica que o veículo voa entre 2 e 5 metros acima da superfície. A velocidade de cruzeiro chega a 150 km/h, três vezes mais rápida que as lanchas convencionais.
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Essa combinação foi pensada justamente para atender as condições de rios amazônicos, onde o transporte é fundamental.
Capacidade de transporte
A proposta não se limita a passageiros. Haverá versões para até 10 pessoas, que podem incluir moradores, turistas, médicos, autoridades em missões de segurança e pesquisadores.
Em outras situações, o mesmo espaço será ocupado por até 1 tonelada de carga, servindo indústrias e comerciantes locais.
Essa flexibilidade é apontada como um diferencial porque o transporte fluvial tradicional exige tempo maior e custos de operação mais altos.
O barco voador aproveita a infraestrutura natural dos rios sem a necessidade de grandes obras.
Comparação com outros meios
Um exemplo claro é a rota Manaus–Parintins, de 417 km. A viagem de lancha demora em torno de 10 horas. Com o Volitan, esse tempo cai para apenas 3 horas.
A economia aparece também no bolso: R$ 25,57 de combustível por passageiro contra R$ 28,57 das lanchas.
Além disso, o impacto ambiental é menor. Enquanto a lancha emite 42 kg de CO² por pessoa, o barco voador libera 36 kg.
Quando comparado ao avião, a vantagem fica ainda mais evidente. A aeronave tradicional percorre o trajeto em 1 hora e 10 minutos, mas o gasto sobe para R$ 40,98 por passageiro e as emissões alcançam 58 kg de CO².
Sustentabilidade e alcance
O Volitan utiliza diesel e tem autonomia de 450 km. A Aeroriver destaca que esse alcance atende grande parte das rotas mais utilizadas na região amazônica.
Portanto, a ideia é que ele se torne uma solução prática tanto para deslocamentos curtos quanto para viagens médias.
Outro ponto importante é que o veículo não depende de portos complexos ou pistas de pouso. Basta o rio. Isso reduz barreiras logísticas e facilita a chegada a locais onde comunidades ribeirinhas muitas vezes ficam isoladas.
Próximos passos do barco voador
A Aeroriver já confirmou que em 2026 deve iniciar a fabricação de uma versão maior. O modelo terá capacidade ampliada para 10 passageiros, além de mais espaço para cargas.
O preço estimado é de R$ 3 milhões, segundo entrevista concedida à Folha de S.Paulo.
A startup acredita que a inovação vai atender diferentes públicos. Desde quem busca transporte mais rápido até empresas que precisam de agilidade na distribuição.
A soma de economia, velocidade e menor poluição reforça o apelo do barco voador.
Com isso, o Volitan aparece como promessa de revolução para a mobilidade amazônica, unindo tecnologia, sustentabilidade e praticidade em um só veículo.
Com informações de TecMundo.