Com motor de 114 cv, 8,26 kgfm e câmbio de seis marchas, a Suzuki GSX-S750 2019 combina suspensão KYB, freios com ABS e entrega que empolga, mas a estabilidade cobra amortecedor de direção
A Suzuki GSX-S750 2019 é daquelas nakeds que lembram por que quatro cilindros apaixonam. O conjunto declara 114 cv e 8,26 kgfm, ligados a um câmbio de seis marchas e a um chassi que prioriza agilidade. Na prática, a aceleração é vigorosa e a resposta enche rápido, o suficiente para exigir mão fina no asfalto brasileiro.
Mesmo com boa base de ciclística, a GSX-S750 2019 revela um ponto sensível. A estabilidade em alta pede amortecedor de direção, sobretudo em pisos irregulares ou quando o guidão estreito encontra asfalto ondulado. É uma naked nervosa, competente nos componentes, que recompensa quem pilota com técnica.
Motor e desempenho de quatro cilindros
O coração da Suzuki GSX-S750 2019 é um quatro em linha de 749 cm³, DOHC, 16 válvulas, derivado de esportiva.
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A calibração mais dócil não esconde o fôlego: os 114 cv aparecem com entrega progressiva e o torque de 8,26 kgfm mantém a moto cheia desde médias rotações.
A sensação é de motor que puxa limpo, sem buracos, pronto para retomadas.
O câmbio de seis marchas tem escalonamento que favorece o uso misto. Em vias rápidas, a sexta segura o giro e ajuda no consumo; nas cidades, a assistência Low RPM evita apagar em manobras lentas.
Para quem gosta de números, o velocímetro pode visitar a casa dos 245 km/h em configuração original. É desempenho de respeito para uma naked intermediária.
Chassi, suspensão KYB e freios com ABS
O quadro em dupla trave com balança de alumínio entrega rigidez adequada.
Na dianteira, a suspensão invertida KYB de 41 mm com ajuste de pré-carga e 118 mm de curso filtra bem as imperfeições sem perder leitura de frente.
Atrás, monoamortecedor com link e regulagem de pré-carga completa o pacote com 120 mm de curso.
Nos freios, a GSX-S750 2019 traz duplo disco dianteiro de 310 mm com pinças radiais Nissin de quatro pistões, disco traseiro de 240 mm e ABS nas duas rodas.
A mordida é progressiva e a modulação inspira confiança em frenagens fortes. Em quedas de aderência, o ABS entra suave, contribuindo para trajetórias previsíveis.
Estabilidade em alta e por que o amortecedor de direção faz diferença
É aqui que o projeto mostra sua exigência.
O entre-eixos curto e o guidão estreito privilegiam mudanças de direção rápidas, mas em acelerações fortes a dianteira tende a aliviar, o que aumenta a suscetibilidade a shimmy em piso ruim.
Em uso esportivo ou com escapamento mais livre, o efeito se acentua.
Por isso, proprietários frequentemente instalam amortecedor de direção.
O acessório reduz oscilações do guidão em alta e acalma a frente sem matar a agilidade.
Para quem roda em estradas com asfalto ondulado, o ganho de controle é nítido, elevando a sensação de segurança.
Eletrônica e equipamentos: o essencial sem excessos
A Suzuki GSX-S750 2019 aposta no básico bem feito: controle de tração STCS ajustável em três níveis e desligável, ABS, partida Easy Start, painel 100% digital com computador de bordo e marcador completo. Há refrigeração líquida, injeção SDTV de dupla borboleta e velas de irídio de série.
Do outro lado, ficam ausências sentidas em um uso moderno.
Não há modos de pilotagem, farol em LED e tomada USB. A iluminação traz lanterna em LED, mas o farol principal usa lâmpada halógena.
Para viagens, a tomada 12 V ou USB faz falta, e os modos de potência ajudariam em chuva ou piso liso.
Ergonomia, consumo e uso diário
A posição de pilotagem é levemente avançada, com tanque alto que encaixa bem as pernas.
O banco bipartido é firme e confortável o suficiente para trechos médios; o assento do garupa é mais estreito e sem alça dedicada, pedindo atenção. O guidão estreito favorece o corredor e a leitura de frente.
No consumo, tudo depende da mão. Em tocada forte, espere algo como 12 a 15 km/l. Andando no ritmo da via, a média pode subir para a faixa de 17 a 18 km/l.
O tanque de 16 litros, com cerca de 3 litros de reserva, dá autonomia coerente para uma naked de quatro cilindros. É moto que bebe quando anda, mas recompensa com elasticidade.
Pneus, rodas e detalhes construtivos
As rodas 17 em liga calçam 120 mm na dianteira e 180 mm na traseira, um conjunto equilibrado para a proposta. Discos ondulados melhoram dissipação térmica e estética.
O painel permite ajustar brilho, alternar km e milhas e gerenciar o TC com facilidade, algo útil na transição cidade-estrada.
Entre os detalhes, vale notar o reservatório do fluido do radiador em posição baixa e exposta.
Um protetor dedicado é um upgrade barato e inteligente, assim como a grade de radiador e sliders de proteção.
Para quem roda forte, pneus de composto mais esportivo mudam o jogo nas frenagens e nas saídas de curva.
Manutenção, peças e custo de propriedade
A robustez mecânica é um trunfo, mas algumas peças específicas não são baratas, sobretudo componentes de acabamento e itens importados.
Em contrapartida, revisões de rotina seguem o padrão da categoria e o motor quatro em linha tem histórico de confiabilidade quando mantido conforme o manual.
No mercado de seminovas, há exemplares anunciados com valores na faixa de tabela semelhante a 44.500 reais para o ano 2019, variando por estado de conservação, quilometragem e acessórios.
Escapamentos full, amortecedor de direção e proteção de radiador costumam agregar na experiência, mas avalie documentação e originalidade.
A Suzuki GSX-S750 2019 entrega aquilo que promete: quatro cilindros que emocionam, pacote de chassi bem amarrado, freios potentes com ABS e eletrônica funcional.
É uma naked que convida a acelerar, mas exige respeito e, idealmente, um amortecedor de direção para extrair o melhor com segurança.
E você, que já pilotou ou conviveu com a GSX-S750 2019, sentiu necessidade do amortecedor de direção O controle de tração em três níveis resolve seu dia a dia ou você sente falta de modos de potência Conte nos comentários que conjunto de pneus, ajustes de suspensão e acessórios transformaram sua moto no acerto ideal. Queremos ouvir quem vive isso na prática.