Fruta exótica de origem asiática alcança valor recorde no Brasil, surpreende consumidores e conquista reconhecimento internacional por suas características únicas e sabor marcante.
Nem pitaya, nem cereja: mangostão lidera o ranking de fruta mais cara do Brasil em 2025
No cenário brasileiro de frutas exóticas e de alto valor comercial, o mangostão se destaca em 2025 como a fruta mais cara do Brasil, superando nomes conhecidos como pitaya e cereja.
Apesar de sua pouca presença nas feiras e mercados, essa fruta de origem asiática alcança preços que podem chegar a R$ 200 por quilo, especialmente nos grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia.
-
Homem pergunta ao ChatGPT como substituir sal na dieta e desenvolve doença rara após seguir dica
-
Você sabia que o Brasil está entre os países que mais usam figurinhas do WhatsApp?
-
A energia cósmica que mantém as estrelas “acesas” por bilhões de anos
-
O polêmico ‘Mar de Plástico’ no deserto da Espanha: 32 mil hectares de estufas que transformaram Almeria na horta da Europa e podem ser vistos até do espaço, segundo a NASA
A pitaya, originária de regiões da América Central e do México, ficou popular nos últimos anos devido à aparência exótica e ao cultivo manual, o que eleva seu preço.
A cereja, por sua vez, nativa do continente asiático e dependente de baixas temperaturas para frutificar, é encontrada apenas importada no Brasil, com valores altos devido à logística e à escassez.
Ainda assim, nenhuma dessas frutas atinge o valor do mangostão, considerado raro até mesmo nos locais onde é cultivado nacionalmente.
Mangostão: fruta exótica de maior valor no país
O mangostão, também conhecido como mangostim, é uma fruta de tamanho discreto — entre 5 e 7 centímetros de diâmetro —, casca espessa de cor roxo-escura e uma coroa verde-oliva formada por pétalas robustas.
Uma característica marcante está na base: lóbulos secos que formam uma espécie de estrela, indicando quantos gomos o fruto carrega em seu interior.
A polpa branca, brilhante e segmentada lembra dentes de alho, mas oferece textura cremosa e delicada, próxima à da lichia.
O sabor é frequentemente descrito como uma combinação sutil entre doçura e acidez, misturando notas de lichia, morango, abacaxi e pêssego, sem excesso de açúcar ou acidez.
O aroma tropical do mangostão contribui para seu status de fruta diferenciada e extremamente cobiçada por quem busca novidades e sabores exclusivos.
Por suas características organolépticas — que envolvem sabor, aroma e textura —, o mangostão já recebeu o título de fruta mais saborosa do mundo em rankings internacionais.
Origem do mangostão e histórico do cultivo no Brasil
As primeiras sementes de mangostão chegaram ao Brasil em 1935, inicialmente na Bahia, marcando o início de um cultivo experimental.
Posteriormente, em 1942, o pesquisador Gregório Bondar, então diretor do Instituto Agronômico Norte — atualmente vinculado à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) —, trouxe cerca de 400 sementes de um navio indiano atracado no porto de Belém, no Pará.
A plantação foi estabelecida em 1944, e apenas oito anos depois, em 1952, as primeiras árvores começaram a produzir frutos.
Segundo o pesquisador José Edmar Urano de Carvalho, da Embrapa Amazônia Oriental, o pomar original contava com 80 plantas e, apesar do tempo, 18 delas ainda seguem produzindo, mesmo sem cuidados intensivos nos últimos anos.
Atualmente, o mangostão é cultivado principalmente na Bahia e no Pará, com uma área de plantio aproximada de 200 hectares.
Existem também cultivos menores em estados do Sudeste, como São Paulo — notadamente no Vale do Ribeira — e no Espírito Santo.
O ciclo produtivo do mangostão é longo: a árvore pode demorar até oito anos para frutificar pela primeira vez, e cada exemplar chega a render cerca de 1.500 frutos ao longo de sua vida útil.
O volume de produção anual no Brasil gira em torno de 2.500 toneladas, ainda considerado baixo se comparado à demanda crescente do mercado consumidor.
Mangostão: preço por quilo, comparação e curiosidades
O preço do mangostão varia conforme a região de venda.
Nos polos produtores, como Bahia e Pará, o valor por unidade pode ser inferior a R$ 15.
Já em grandes cidades, especialmente em feiras de produtos finos ou locais como a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e o Mercado Municipal paulistano, uma caixa pode ser comercializada por até R$ 200.
Essa cotação coloca o mangostão acima de frutas como framboesa e mirtilo (blueberry), que também possuem preços elevados — entre R$ 70 e R$ 99,50 o quilo —, mas não alcançam o patamar da fruta asiática.
Nos grandes centros urbanos, o quilo do mangostão oscila entre R$ 150 e R$ 200, tornando-se, portanto, a fruta mais cara encontrada em território nacional em 2025.
Esse valor reflete não apenas a raridade e o desafio do cultivo, mas também o reconhecimento internacional da fruta.
Reconhecimento internacional: ranking TasteAtlas e posição no mercado
O mangostão obteve destaque mundial ao ser eleito pela TasteAtlas, enciclopédia gastronômica internacional, como a fruta mais saborosa do planeta.
Na mesma lista, a jabuticaba — fruta típica do Brasil — conquistou o segundo lugar, com ênfase especial para a variedade branca, que é considerada a mais rara do país.
A escolha do mangostão como a fruta mais saborosa reforça o interesse crescente do público brasileiro por alimentos exóticos e de alta qualidade sensorial.
Esse reconhecimento internacional movimenta o mercado de frutas diferenciadas no Brasil, gerando oportunidades para produtores e despertando curiosidade em consumidores.
Por que o mangostão é tão caro no Brasil?
O valor elevado do mangostão resulta de diversos fatores combinados.
O ciclo de produção lento, a necessidade de cuidados agronômicos específicos e o baixo rendimento por árvore tornam a fruta um artigo de luxo.
Além disso, a produção restrita aos estados da Bahia e Pará limita a oferta, enquanto o transporte delicado da fruta contribui para o aumento do preço final.
Outro ponto relevante é a busca por alimentos considerados superfrutas, ricos em compostos bioativos, vitaminas e propriedades antioxidantes, o que valoriza ainda mais o mangostão entre consumidores atentos à saúde e ao bem-estar.
Apesar do preço elevado e da baixa oferta, o mangostão continua despertando interesse não apenas pela exclusividade, mas também pelo reconhecimento internacional e pelo sabor único, apontado como o melhor do mundo pelo TasteAtlas.
Exclusividade, curiosidade e tendências do mangostão
Pouco conhecido pela maioria dos brasileiros, o mangostão se posiciona como a fruta mais cara do Brasil em 2025, superando outras variedades de alto valor e conquistando espaço no paladar de quem busca novidades gastronômicas.
Seu preço, sabor exótico e destaque em rankings globais fazem dessa fruta um símbolo de exclusividade no país.
Você já experimentou o mangostão ou conhece alguém que já provou essa fruta considerada a mais saborosa e exclusiva do mundo? Conte nos comentários o que achou dessa novidade no mercado nacional!
Não só já provei, mas também tenho uma árvore plantada em meu quintal, ainda não produziu frutos. Além de adubação e tratos culturais específicos, é uma planta que requer clima quente e úmido.