Na Suíça, bastam 3 dias de trabalho para comprar o iPhone 17; no Brasil, o aparelho na sua versão de 256 GB custa R$ 7.999 e pode exigir até 5 meses de salário.
O lançamento do iPhone 17 expôs mais uma vez as diferenças gritantes entre países ricos e emergentes. Enquanto na Suíça um trabalhador médio precisa de apenas 3 a 4 dias de trabalho para adquirir o modelo base, no Brasil a realidade é bem mais dura: a versão de entrada chega às lojas por R$ 7.999, valor que pode representar até cinco meses de salário médio.
Na Suíça, o mesmo modelo custa 799 francos suíços, o que, em termos de poder de compra, se traduz em um esforço de poucos dias para a maior parte dos trabalhadores. O contraste é claro: o que em um país é um bem acessível, em outro é um símbolo de luxo e status social.
Preço como espelho da desigualdade
O preço do iPhone serve como régua para medir o poder de compra das nações. No Brasil, o modelo iPhone 17 Pro parte de R$ 11.499, enquanto o Pro Max começa em R$ 12.499 e pode chegar a R$ 18.499 nas versões com maior capacidade de armazenamento.
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Esses números tornam o aparelho praticamente inacessível para grande parte da população, reforçando o iPhone como objeto de desejo restrito à elite econômica.
Na Suíça, por outro lado, o mesmo aparelho representa apenas uma fração do salário mensal. Isso permite que muitos trabalhadores troquem de smartphone com mais facilidade a cada novo lançamento, sem comprometer seu orçamento doméstico.
O peso do salário médio em cada país
O diferencial central está no rendimento. Um trabalhador suíço ganha, em média, mais de 6 mil dólares líquidos por mês. Com esse valor, pagar 799 francos suíços por um iPhone não significa abrir mão de gastos básicos ou comprometer a renda familiar.
No Brasil, o cenário é oposto. O rendimento médio mensal gira em torno de R$ 3.100, segundo dados oficiais. Isso significa que o modelo básico do iPhone 17 equivale a quase três vezes a renda mensal média, enquanto as versões mais avançadas superam em muito qualquer orçamento popular.
O resultado é que o aparelho acaba se tornando inacessível para a maioria da população e reservado apenas a uma pequena parcela da classe média alta e alta.
Impostos e câmbio: o peso brasileiro
A diferença de preços não se explica apenas pelos salários. O Brasil é conhecido por ter uma das cargas tributárias mais pesadas do mundo sobre eletrônicos importados. Em muitos casos, os impostos podem representar mais de 40% do valor final do aparelho.
Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar e ao franco suíço amplia a distância, já que os preços são fortemente influenciados pela variação cambial.
Na Suíça, a carga tributária sobre eletrônicos é menor, e a moeda é uma das mais fortes e estáveis do planeta, garantindo preços finais bem mais baixos em relação ao poder de compra da população.
A disparidade no acesso ao iPhone 17 escancara um dilema. Em países ricos, o smartphone de última geração se torna acessível, quase rotineiro, enquanto em países emergentes ele permanece como artigo de luxo.
O telefone da Apple, que reúne inovações em inteligência artificial, fotografia avançada e desempenho, no Brasil se transforma em símbolo de status, mais associado a prestígio social do que a uso funcional.
Esse cenário alimenta até um mercado paralelo: vendas em lojas informais, importações diretas e até golpes envolvendo aparelhos falsificados. Tudo isso motivado pelo desejo de possuir um bem que, em países ricos, é apenas mais um eletrônico de prateleira.
O impacto social da desigualdade digital
O iPhone 17 é também um termômetro da desigualdade digital. Num mundo cada vez mais conectado, onde aplicativos de trabalho, educação e lazer exigem recursos tecnológicos avançados, a falta de acesso a smartphones de ponta aumenta o abismo entre ricos e pobres.
No Brasil, a maioria dos usuários depende de aparelhos intermediários, que muitas vezes não conseguem acompanhar o ritmo das atualizações. Já na Suíça, renovar o smartphone a cada lançamento é prática comum, mantendo a população sempre conectada ao que há de mais moderno.
O futuro do acesso à tecnologia
A diferença de acesso ao iPhone 17 deve se repetir em futuros lançamentos. Enquanto países desenvolvidos mantêm salários altos e tributação menor, países emergentes continuam presos ao tripé de renda baixa, moeda fraca e impostos elevados.
Há expectativas de que a produção local de eletrônicos no Brasil possa reduzir preços no longo prazo, mas especialistas alertam que, mesmo com incentivos fiscais, a diferença de renda continuará sendo o grande obstáculo.
3 dias contra 5 meses
O iPhone 17 deixou de ser apenas um smartphone e se tornou uma lente que revela a desigualdade global. Enquanto na Suíça bastam três dias de trabalho para ter o aparelho, no Brasil ele pode exigir até cinco meses de renda.
O dado é simbólico, mas revela muito mais: é o retrato de como o poder de compra define o acesso à tecnologia e, em última análise, às oportunidades de uma vida mais conectada.
Mais do que um telefone, o iPhone 17 é o espelho de um mundo dividido entre os que podem consumir inovação com facilidade e os que precisam sacrificar meses de esforço para alcançar o mesmo bem.