Descubra como a Fórmula 1 transforma velocidade em lucro: um milésimo de segundo pode valer milhões. Equipes investem fortunas para converter desempenho em receita.
Em 1986, Ayrton Senna e Nigel Mansell protagonizaram uma das voltas mais eletrizantes da história da Fórmula 1 – F1, onde por apenas 14 milésimos de segundo, o brasileiro conquistou sua terceira vitória na categoria. Esse instante decisivo exemplifica perfeitamente a expressão ‘tempo é dinheiro’ no mundo da Fórmula 1, onde frações de segundo podem valer milhões de dólares. Entenda como as equipes de Fórmula 1 transformam velocidade em lucros astronômicos, revelando os segredos por trás dos investimentos milionários que movem essa indústria. Cada milésimo de segundo se traduz em contratos lucrativos, patrocínios gigantescos e o sucesso financeiro das escuderias.
Quais são os gastos das equipes de Fórmula 1 por ano?
Segundo uma reportagem do site USA Today, um carro de equipes de Fórmula 1 custa entre 12 e 15 milhões de dólares. Segundo a matéria, o motor representa a maior parte dos gastos, podendo atingir valores de até 10,5 milhões de dólares, algo como R$ 50 milhões de reais da cotação atual.
Outros itens da lista também chamam atenção, como os US$ 50.000 do volante e as asas dianteiras, que são constantemente quebradas e custam cerca de US$ 200.000.
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Esses custos são apenas para ter um carro em condições de competir, mas ainda é preciso somar os gastos operacionais da equipe, como as despesas de viagens, transporte dos equipamentos, pagamento de equipes de pista e equipes de fábrica, túnel de Vento, salário de pilotos e muitos outros.
Somando tudo, uma equipe como a Mercedes, um dos times de ponta da categoria, gastou, em 2022, cerca de 400 Milhões de Dólares. A grande pergunta que surge é: como a Fórmula 1 ganha dinheiro para cobrir custos tão altos?
Equipes investem na Fórmula 1?
Como estamos falando de automobilismo, é comum pensarmos que as grandes montadoras são a maior fonte de dinheiro por trás das equipes de Fórmula 1 e, em parte, é verdade, pois marcas como Mercedes, Renault e Ferrari, entre outras, estão presentes no Grid.
Apesar disso, o dinheiro das montadoras não representa a maior fatia na receita das equipes. Como estamos falando de um ambiente altamente competitivo, onde o segredo é parte importante da estratégia de cada equipe, não existem dados precisos sobre o valor exato recebido por cada uma, mas com alguns dados é possível termos uma ideia.
Uma reportagem da revista inglesa Autosport de 2017 declarou que no ano anterior, a equipe Mercedes havia faturado 289 milhões de libras e, segundo o chefe da equipe, Toto Wolff, a Daimler, empresa dona da marca Mercedes, havia contribuído com os 10% do valor, ou seja, menos de 30 milhões de libras.
O mesmo acontece com a Francesa Renault, dona da escuderia Alpine, e a Ferrari, que possui a equipe mais tradicional da competição. Já aquelas equipes que não possuem uma montadora por trás, muitas vezes recebem dinheiro de seus donos que podem ser pessoas físicas ou empresas, como é o caso da Toro Rosso, equipe italiana que pertence à fabricante de bebidas energéticas Red Bull.
Como a Fórmula 1 ganha dinheiro?
A resposta de como a fórmula 1 ganha dinheiro é simples: das mais diferentes formas, como a venda de direitos de transmissão, a cobrança dos promotores, que organizam os grandes prêmios, licenciamento de produtos e também de patrocínio de marcas, como Rolex e Pirelli.
Essas são as principais fontes que geraram quase 2,5 bilhões de Dólares em 2023 e geralmente um pouco menos da metade desse valor vai parar no caixa das equipes. Como a divisão exata nem os critérios são divulgados, alguns especialistas no assunto fazem estimativas de quanto cada equipe recebe em premiações.
Segundo uma estimativa divulgada pelo site motorSport, na temporada de 2023, as equipes dividiram mais de 1 bilhão de dólares e a Red Bull, como a grande campeã, embolsou mais de 140 milhões de Dólares. O prêmio vai diminuindo, até chegar na última colocada, a equipe Haas, que ficou com 60 milhões.