Com exportações recordes de 3,48 milhões de veículos em 2025, a China aposta em caminhões-cegonha gigantes que revolucionam o transporte automotivo e desafiam os limites da logística mundial
A presença dos veículos chineses no mercado mundial segue em forte expansão, impulsionada por uma logística cada vez mais ousada. No primeiro semestre de 2025, a China exportou 3,48 milhões de automóveis, um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. Para dar conta desse volume recorde, o país passou a utilizar caminhões-cegonha gigantes, capazes de transportar até 30 veículos por viagem — mais que o dobro da capacidade dos modelos comuns usados no Brasil.
Essa demanda fez com que as fabricantes chinesas investissem em caminhões-cegonha de dimensões colossais.
Esses veículos são capazes de transportar até 30 automóveis ou utilitários de uma só vez, mais que o dobro da capacidade dos modelos utilizados em território brasileiro.
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Eficiência e economia de emissões
Em comparação, um caminhão-cegonha comum no Brasil leva, em média, 11 automóveis. Por isso, o modelo chinês se tornou uma alternativa mais eficiente e econômica.
Além de reduzir custos logísticos, ele também diminui as emissões de poluentes, já que um único caminhão consegue transportar o que dois brasileiros levariam.
Essa eficiência, no entanto, vem acompanhada de desafios. O tamanho extremo dessas cegonhas exige cuidados especiais, sobretudo em relação à segurança nas estradas.
Gigantes sobre rodas de 32 metros
Segundo informações do setor, os caminhões-cegonha chineses podem chegar a 32 metros de comprimento, com 3,2 metros de largura e 4,5 metros de altura.
Para efeito de comparação, os maiores caminhões brasileiros medem cerca de 23 metros de comprimento e 2,6 metros de largura, embora possam ser um pouco mais altos, atingindo 4,9 metros.
Essas proporções despertaram preocupação entre especialistas em tráfego, que chegaram a questionar a segurança da liberação desses veículos em rodovias do país.
Governo quer reduzir tamanho dos veículos
Diante das críticas, o governo chinês estuda limitar as dimensões dos caminhões-cegonha. As novas regras pretendem restringir o comprimento a 22 metros e a largura a 2,6 metros.
Se aprovadas, as cegonhas ficariam parecidas com as utilizadas no Brasil, com capacidade para cerca de 11 veículos por viagem.
Resistência das transportadoras
Mesmo assim, as cerca de 30 mil transportadoras de veículos existentes na China resistem à ideia de reduzir o tamanho das frotas.
A principal preocupação é o aumento do custo operacional, que poderia mais do que dobrar.
Na configuração atual, os caminhões permitem transportar automóveis lado a lado em dois níveis, acomodando modelos de diferentes tipos — hatches, sedãs, SUVs e utilitários.
Em alguns casos, é possível levar até 24 veículos menores, o que representa grande vantagem logística.
Além disso, esses gigantes contam com um sistema especial de eixos, que ajuda a distribuir melhor o peso da carga e garante estabilidade, mesmo com lotações máximas.
Com informações de Estadão.



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