Com preço acessível, consumo baixo e motor simples, a Shineray XY125 conquista espaço entre as motos mais vendidas do Brasil e desafia o domínio das gigantes japonesas no mercado de duas rodas.
A Shineray XY125 garantiu a décima posição entre as motos mais vendidas do país em setembro de 2025, com 4.506 emplacamentos, e consolidou de vez sua presença no radar do consumidor brasileiro.
O avanço da marca chinesa ocorre em um mercado historicamente liderado por Honda e Yamaha, mas que agora abre espaço para modelos de entrada com foco em economia e baixa manutenção.
Com preço inicial a partir de R$ 10.990 nas versões mais acessíveis, a linha XY125 — que reúne famílias como Jet 125 e Rio 125 — ganhou tração entre quem busca transporte econômico para trajetos urbanos.
-
Moto Honda faz até 40 km por litro, atinge 120 km/h e lidera ranking de mais vendida do Brasil; conheça a CG 160 2026 que une baixo custo de manutenção e motor de 162,7 cc
-
Carro elétrico Xiaomi SU7 começa a se mover sozinho na China: vídeo viraliza
-
SUVs 4×4 em 2025 dominam o Brasil: Jeep, Toyota e outros modelos combinam luxo, potência e resistência quase inquebrável para qualquer terreno
-
Veja quanto custa financiar um Fiat Fastback 2023 com entrada de R$ 60 mil e juros de 1,8% ao mês
A estratégia da Shineray é simples: motor de 125 cm³, pacote básico de equipamentos e promessa de baixo consumo, o que reduz o custo por quilômetro rodado e favorece o uso profissional, sobretudo em serviços de entrega.
Desempenho urbano e velocidade informada pela fabricante
Equipada com motor monocilíndrico de 123,67 cm³ e potência de 8 cv, a XY125 privilegia deslocamentos curtos e médios.
Segundo manuais e materiais técnicos da marca, a velocidade máxima informada para as versões Jet 125 SS EFI e Rio 125 EFI é de 79 km/h, patamar compatível com vias urbanas e rodovias de baixo fluxo.
Em uso real, o ritmo de cruzeiro tende a ser mais contido, e a resposta do conjunto depende de carga e relevo.
Ainda que o desempenho não seja o foco do projeto, a entrega de torque em baixa rotação e o câmbio de quatro marchas favorecem arrancadas previsíveis e condução simples no trânsito.
Para quem precisa rodar diariamente com previsibilidade de gasto, o compromisso entre potência e eficiência é o que sustenta o apelo do modelo.
Consumo: até 45 km/l em condição ideal
O consumo declarado pela própria Shineray para a família 125 é de até 45 km/l, valor que pode variar conforme peso do condutor, manutenção e condições de pista.
Na prática, relatos de usuários e medições de rotina costumam apontar médias entre 40 e 45 km/l, mantendo a XY125 entre as opções mais econômicas da categoria.
Esse patamar coloca o modelo no mesmo território de concorrentes populares como Honda Pop e Biz, com a diferença de partir de um preço de compra mais baixo em algumas versões.
Preços e versões de entrada
A política comercial recente reforçou a competitividade da marca.
A Jet 125 SS parte de R$ 10.990 no preço público sugerido, enquanto a Rio 125 EFI aparece geralmente acima — R$ 12.990 — por oferecer injeção eletrônica e pacote visual mais completo.
Valores podem variar com frete e região, mas, no conjunto, a proposta permanece na casa dos R$ 10 mil, o que explica boa parte do volume alcançado em praças de médio e pequeno porte.
Manutenção, peças e expansão da rede
A manutenção preventiva é simples e de baixo custo graças ao projeto básico e à ampla oferta de componentes compartilhados entre os modelos 125 da própria fabricante.
A principal dúvida histórica sobre a marca — capilaridade de rede e disponibilidade de peças — vem sendo mitigada por uma expansão acelerada.
Em 2025, a Shineray já contabiliza mais de 300 revendas padronizadas em operação no Brasil.
Embora a estrutura ainda não alcance a dimensão das gigantes japonesas, a cobertura atual é suficiente para atender grandes centros e um número crescente de cidades do interior.
Quem está comprando a XY125
O perfil majoritário inclui entregadores autônomos e pequenas frotas voltadas a delivery, atraídos pelo baixo investimento inicial e pelo gasto contido com combustível e revisões.
Jovens em início de vida ao guidão também aparecem com força, sobretudo quando o orçamento não comporta a chegada direta a modelos de maior ticket.
Para esse público, a equação custo-benefício imediato pesa mais do que a valorização na revenda, ponto em que Honda e Yamaha seguem levando vantagem pela tradição e amplitude de assistência.
Como ficou o top 10 de setembro
A liderança seguiu com a Honda CG 160, que somou 44.862 unidades.
Em seguida, a Honda Biz 125 registrou 23.742 emplacamentos, enquanto a Honda Pop 110i fechou o pódio com 21.945 motos.
Logo depois apareceram a Honda Bros 160 com 18.380, a Mottu Sport 110i com 11.071 e a Yamaha Factor 150 com 8.047.
A Honda CB 300F Twister anotou 5.816, a Honda PCX 160 ficou com 4.836 e a Yamaha Fazer 250 marcou 4.666.
Em décimo, a Shineray XY125 completou 4.506 emplacamentos e garantiu presença entre as mais vendidas do mês.
Dá para falar em “ameaça” às líderes?
O crescimento da Shineray evidencia um mercado de entrada aquecido, com apelo direto ao bolso do consumidor e às necessidades do trabalho sobre duas rodas.
Ainda que Honda e Yamaha mantenham ampla vantagem de participação e presença física no país, a chegada de uma 125 “barata, econômica e simples” ao top 10 indica competição mais aberta nos volumes mensais.
O desafio da Shineray será sustentar entregas, padronização de atendimento e disponibilidade de peças para fidelizar quem apostou no modelo e reduzir a diferença de revenda em relação às líderes.
Ficha objetiva: o que interessa a quem vai comprar
Para o uso diário, a XY125 entrega 8 cv, câmbio de 4 marchas, consumo até 45 km/l sob condição ideal e velocidade máxima de 79 km/h informada pela marca para as linhas Jet e Rio.
As revisões custam menos que as de modelos de maior cilindrada e o seguro, quando contratado, tende a ser mais barato na comparação com motos mais potentes.
Em contrapartida, quem precisa encarar estradas movimentadas ou viagens constantes deve considerar limitações de desempenho e estabilidade em velocidades sustentadas.
Com preço competitivo, gasto contido e manutenção simples, a XY125 conquistou espaço em setembro.
Com a curva de vendas em alta e a rede mais densa, até onde a Shineray pode avançar num ranking ainda dominado por Honda e Yamaha?