Evento organizado pelo governo articula Mutirão da Transição Energética para subsidiar COP30 com foco em financiamento energia renovável, mineração sustentável e redes elétricas resilientes
O Mutirão da Transição Energética marcou o calendário do Ministério de Minas e Energia (MME) no último dia 13 de outubro, reunindo governo, setor privado e academia para preparar o Brasil para a COP30, que será realizada em Belém-PA.
O encontro tratou de expansão e resiliência de redes elétricas, mineração para a transição, soluções da indústria de óleo e gás, acesso à energia e planejamento energético, segundo uma matéria publicada.
A assessora especial Mariana Espécie destacou sete planos de soluções que deverão alimentar uma agenda ambiciosa, justa e inclusiva. João Marcos Paes Leme, do Itamaraty, enfatizou que esta COP precisa ser de implementação, aproveitando os avanços já conquistados.
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A enviada especial Elbia Gannoum reforçou que o Brasil deve mostrar sua liderança em economia de baixa emissão de carbono.
No Mutirão da Transição Energética, surgiram debates sobre certificação de energia verde, incentivos fiscais e mercados regulados.
Os participantes também apontaram desafios como o custo de capital elevado e entraves regulatórios. O dia inteiro de painéis buscou alinhar metas e gerar insumos técnicos para a presidência brasileira da COP30.
Avanços na transição energética Brasil e mineração sustentável
No primeiro painel sobre transição energética Brasil, especialistas debateram estratégias para integrar fontes renováveis e garantir segurança ao sistema elétrico nacional.
O debate destacou o potencial eólico das regiões Nordeste e Sul e o impacto positivo na matriz elétrica. Representantes da ABEEólica apresentaram estudos que preveem um crescimento de 25% nas novas instalações eólicas até 2030.
Também se discutiu, no Mutirão da Transição Energética, a importância da mineração sustentável, especialmente na extração de lítio e níquel, fundamentais para baterias e células de combustível.
Foi ressaltado o papel da eficiência energética e da circularidade produtiva para reduzir resíduos e emissões nas cadeias de suprimento.
Financiamento energia renovável e fortalecimento do setor
O segundo painel abordou financiamento energia renovável, ponto central para viabilizar projetos em grande escala. Foram apresentadas linhas de crédito, incentivos fiscais e fundos verdes que apoiam a expansão de usinas solares e parques eólicos.
O BNDES e instituições multilaterais explicaram novos modelos de financiamento com garantias e seguros para reduzir riscos.
Nesse contexto, o Mutirão da Transição Energética estimulou o diálogo entre governo e investidores, buscando simplificar normas e acelerar liberações de projetos.
As propostas incluem mecanismos de cofinanciamento e ampliação de fundos de garantia setorial, reduzindo o custo de capital e impulsionando investimentos a partir de 2026.
Mutirão da Transição Energética: Rede elétrica resiliente e inovação em energia limpa
O último painel discutiu a rede elétrica resiliente, essencial para integrar fontes eólicas, solares e hidrogênio verde.
Técnicos apresentaram planos de modernização de linhas e sistemas de armazenamento, com uso de sensores e redes inteligentes.
O Mutirão da Transição Energética identificou gargalos regulatórios e propôs soluções para melhorar a transmissão interestadual.
A pauta também incluiu inovação em energia limpa, destacando o papel de startups e universidades no desenvolvimento de tecnologias que fortalecem a descarbonização da economia.
Os resultados serão incorporados aos relatórios técnicos que o Brasil apresentará na COP30, reforçando o compromisso com uma matriz energética sustentável e inclusiva.