Além da Heineken, outras gigantes globais como a Coca-Cola e o MacDonald’s também venderam seus impérios na Rússia a preço de banana
Em um movimento que deixou o mundo empresarial perplexo, a Heineken, uma das maiores cervejarias do mundo, optou por vender suas operações na Rússia por um mero euro, aproximadamente R$ 5 na cotação atual. As operações da cervejaria holandesa incluíam sete fábricas e empregavam cerca de 1,8 mil trabalhadores no vasto território russo. Mas por que uma gigante como a Heineken optaria por tal movimento aparentemente arriscado?
Nao só a Heineken, outras gigantes corporativas, como o McDonald’s e a Coca-Cola, também enfrentaram desafios na Rússia, à medida que as consequências geopolíticas e econômicas das tensões com a Ucrânia se desdobram.
A oferta de 1 Euro que chocou o mundo empresarial e deixou um prejuízo de 300 milhões EUR a multinacional holandesa
A Heineken sofreu um prejuízo estimado em 300 milhões de euros com a venda de sua divisão russa. Essa divisão agora está sendo transferida para a russa Arnest, especializada na fabricação de latas de aerossóis. A venda representa o encerramento definitivo das operações da Heineken na Rússia, quase um ano e meio após seu compromisso inicial de sair do mercado russo.
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Surpreendentemente, essa venda dramática não aconteceu do dia para a noite. A Heineken já havia anunciado seu compromisso de sair do mercado russo quase um ano e meio antes. Isso levanta a questão: por que demorou tanto tempo para efetivar essa decisão? Dolf van den Brink, presidente da Heineken, admitiu que “demorou muito mais do que esperávamos”. No entanto, ele também enfatizou que essa transação foi uma escolha responsável para garantir o sustento dos funcionários da empresa.
Adeus à Amstel e Heineken na Rússia
A empresa russa Arnest, especializada na fabricação de latas de aerossóis, tornou-se a nova proprietária das sete fábricas da Heineken na Rússia por apenas 1 euro. No entanto, o acordo inclui um compromisso vital: a Arnest assumiu a responsabilidade de manter os 1,8 mil trabalhadores empregados durante os próximos três anos. Esta medida visa suavizar o impacto da transição e garantir a estabilidade para a força de trabalho local.
A produção da cerveja Amstel será descontinuada em seis meses, juntando-se à cerveja Heineken, que foi retirada do mercado russo em 2022, de acordo com a empresa. Essa mudança sinaliza o fim de uma era para as marcas de cerveja populares na Rússia, deixando espaço para novos desenvolvimentos no mercado de bebidas.
McDonald’s vendeu 800 de suas lojas na Rússia para um empresário local
A decisão da Heineken de vender por 1 euro não é um caso isolado. Muitas outras empresas deixaram a Rússia após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022. Empresas como o McDonald’s foram forçadas a passar suas operações e vendeu 800 de suas lojas na Rússia para um empresário local, criando a marca “vkusno i tochka” (“rico e pronto!”). A Coca-Cola também enfrentou pressões antes de finalmente sair do mercado russo, criando marcas alternativas.
O presidente Vladimir Putin também confiscou ativos de empresas estrangeiras, como a cervejaria Carlsberg e a fabricante de iogurtes Danone, em uma demonstração de controle estatal. Além disso, algumas empresas, como a DP Eurasia, proprietária da franquia Domino’s na Rússia, decidiram fechar suas portas e declarar falência diante das dificuldades.
A decisão da Heineken e de outras grandes corporações de deixar a Rússia está intrinsecamente ligada às sanções econômicas impostas ao país após sua intervenção na Ucrânia em fevereiro de 2022. A Rússia enfrentou a saída imediata de várias empresas, enquanto outras, como o BT Group e a Lacoste, optaram por permanecer.