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Multinacional Chevron recebe aprovação do Cade para aquisição da companhia alemã de petróleo e gás natural Wintershall Dea

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 22/06/2022 às 11:37
Após comprovar que a compra da empresa de petróleo e gás natural Wintershall Dea não iria interferir na competitividade do setor no Brasil, o Cade concedeu à companhia Chevron a aprovação para seguir com o processo, que deve ser finalizado em breve.
Foto: Wintershall Dea

Após comprovar que a compra da empresa de petróleo e gás natural Wintershall Dea não iria interferir na competitividade do setor no Brasil, o Cade concedeu à companhia Chevron a aprovação para seguir com o processo, que deve ser finalizado em breve.

Durante a última segunda-feira, (20/06), a Superintendência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concedeu à companha Chevron o aval necessário para a compra da empresa petrolífera Wintershall Dea. A aprovação foi concedida após o conselho verificar os impactos da aquisição no setor de petróleo e gás natural brasileiro e constatar que a competitividade entre as empresas do ramo não seria afetada após a compra.

Cade concede à companhia Chevron o aval necessário para que a empresa siga adiante com a aquisição da petrolífera Wintershall Dea

A companhia do ramo de óleo e gás Chevron continua em busca de expandir seu portfólio de negócios no mercado global e o foco atual é a cadeia produtiva dos combustíveis no território brasileiro, em razão do alto potencial que o país possui. Assim, a empresa estava em busca de adquirir a empresa de petróleo e gás natural europeia Wintershall Dea, para expandir sua presença no mercado nacional, mas ainda precisava aguardar a aprovação do processo para seguir adiante. 

Agora, a Superintendência do Cade finalmente concedeu à empresa o aval necessário para ela poder levar a aquisição da Wintershall Dea adiante, conseguindo assim administrar os negócios da empresa no ramo de petróleo e gás natural no Brasil.

Enquanto a Chevron atua no Brasil no ramo de petróleo e gás bruto, nas etapas de exploração, produção e beneficiamento, a Wintershall Dea é uma das principais empresas independentes de gás natural e petróleo da Europa, com mais de 120 anos de experiência como operadora e parceira de projetos neste setor em 13 países diferentes.

Dessa forma, a Chevron agora deterá o portfólio de negócios da Wintershall Dea no território nacional. O que contribuirá para o seu crescimento no ramo de petróleo e gás, uma vez que a companhia europeia possui uma licença na Bacia do Ceará e três na Bacia Potiguar, ambas no litoral norte do país.

Além de participações em cinco campos nas Bacias de Campos e Santos, no litoral sudeste. Com todos esses negócios, a produção e exploração dos combustíveis por parte da companhia petrolífera conseguirá atingir outros níveis nos próximos anos.

Compra da Wintershall Dea pela multinacional não irá interferir na competitividade brasileira no ramo de petróleo e gás, afirma superintendência do Cade

O principal motivo que levou à aprovação da aquisição da empresa por parte do Cade foi a baixa influência que essa transação terá na competitividade nacional no setor de óleo e gás.

Isso, pois a superintendência do conselho verificou que a Chevron irá deter menos de 10% deste setor de comercialização em petróleo e gás natural no país, portanto, não deverá dificultar a competitividade a outras empresas no setor de petróleo e gás natural brasileiro. 

Além da aprovação da compra da Wintershall Dea pela Chevron, o Cade também aprovou a compra de uma parcela do grupo Wintershall, uma das principais companhias de gás natural e petróleo da Europa, por parte da petrolífera espanhola Repsol Exploração Brasil (REB). Que atua em toda a cadeia produtiva de óleo e gás no mercado europeu e nacional. Assim, haverá a cessão à Chevron Brasil dos direitos e obrigações de 50% da participação de 20% das cotas atualmente detidas pela Wintershall no país. 

Dessa forma, não só a Chevron conseguirá tomar novos rumos no mercado nacional de petróleo e gás natural, mas a decisão do Cade também garante ao Brasil uma nova rodada de investimentos em infraestrutura e exploração desses recursos ao longo dos próximos anos.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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