Brasil conta com 1/3 das reservas de grafite (ou grafita) e aproximadamente 97% do Nióbio, que casado com o grafeno irá revolucionar o destino da humanidade
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) anunciou nova rodada de aportes para projeto de expansão de sua unidade em Araxá, no Alto Paranaíba, em Minas Gerais. O plano de investimento de R$ 7 bilhões, recém anunciado pela Companhia, segundo a agência de notícias Reuters, segue voltado para o aumento da capacidade de produção de nióbio. Além disso, a companhia está desenvolvendo novas tecnologias com óxidos de grafeno na unidade.
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A CBMM vem de um investimento de R$ 3 bilhões nos últimos oito anos e segue expandindo. Hoje, são produzidas e vendidas cerca de 85 mil toneladas por ano de nióbio e, segundo Rodrigo Amado, gerente executivo de estratégia e novos negócios da empresa, o investimento levará a empresa a mais que dobrar sua capacidade produtiva. A meta é chegar até 185 mil toneladas por ano até 2030.
Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, a CBMM está desenvolvendo novas tecnologias com óxidos de nióbio e grafeno
“Estamos falando não apenas em ampliação, mas também em diversificação, uma vez que a expectativa é que as aplicações do nióbio fora do segmento tradicional da siderurgia, sendo 25% referentes ao segmento de baterias”, disse Amado.
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“A CBMM sempre foi uma empresa desenvolvedora de novos materiais e aplicações. E, olhando para o futuro, começou a investir na modernização e diversificação da aplicação do nióbio, por meio de ligas especiais. A eletrificação, por exemplo, é uma das utilizações que mais impactou e vai impactar o negócio, por isso, é fundamental dentro da nossa estratégia de crescimento“, explica.
Na frente de mobilidade há investimentos em tecnologias para baterias elétricas e em outros materiais avançados para o segmento automotivo, por exemplo. Além disso, a companhia está desenvolvendo novas tecnologias com óxidos de nióbio e grafeno, elementos que apresentam grande sinergia em aplicações para este segmento.
“Mas as aplicações não param por aí. O nióbio também é um metal relevante para a transição energética global, contribuindo para a construção de cidades mais inteligentes, sendo um elemento fundamental para fontes alternativas de energia“, completa.
No mercado de nióbio há mais de 60 anos, a CBMM tem mais de 400 clientes no Brasil e no mundo e 90% do faturamento, hoje, vem da siderurgia. Os outros 10% são referentes a aplicações de ligas especiais, como aeroespacial, indústria médica e eletrônica, destaca a Reuters.
Brasil ganha a primeira e maior fábrica de produção de grafeno da América do Sul, capaz de produzir até 5000 Kg por ano, que junto com o nióbio vai revolucionar o destino da humanidade
A inauguração da primeira e maior fábrica de produção de grafeno, em escala industrial da América do Sul, que aconteceu no dia 09 de julho, contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. A unidade terá capacidade de produzir até cinco mil quilos de alta qualidade por ano.
Em seu discurso o presidente, Jair Bolsonaro, destacou o potencial brasileiro: “Temos uma pátria abençoada. Voltando à tabela periódica, temos toda ela aqui no Brasil. Inclusive naquilo que é raro. Temos aí por volta de 1/3 das reservas de grafite, ou grafita, em vários Estados. Temos, aproximadamente, 97% do Nióbio, que casado com grafeno, realmente vão revolucionar o destino da humanidade”, disse. Confira abaixo o vídeo
Sobre o material reconhecido mundialmente por suas incríveis propriedades físicas
O Grafeno é um material reconhecido mundialmente por suas incríveis propriedades físicas, como alta resistência mecânica, leveza, maleabilidade e alta condutividade térmica e elétrica. O Brasil é o terceiro maior fornecedor mundial do mineral grafita, e possui a segunda maior reserva mundial desse material, que é a principal matéria prima para o Grafeno. Estima-se que esse mercado movimentará, em 5 anos, mais de 3 bilhões de dólares.
Entre os produtos que utilizam essa matéria-prima estão: coletes à prova de bala, tintas anticorrosivas, autolimpantes e antibacterianas, tecidos, capacetes para motoqueiros, vergalhões para a construção civil, baterias, entre outros.
A Casa Civil acompanha as políticas para materiais avançados, para promover a harmonização e regulamentação deste tema com as várias ações setoriais conduzidas pelos demais ministérios.