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Mulher de São Paulo acerta os números da Mega da Virada, mas perde prêmio de R$ 80 milhões após erro no registro da lotérica e entra na Justiça para provar que foi a verdadeira ganhadora

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 14/10/2025 às 08:27
Mulher de São Paulo acerta os números da Mega da Virada, mas perde prêmio de R$ 80 milhões após erro no registro da lotérica e entra na Justiça para provar que foi a verdadeira ganhadora
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Mulher de São Paulo afirma ter acertado os seis números da Mega da Virada, mas perdeu prêmio de R$ 80 milhões por erro no registro da lotérica e processa a Caixa Econômica Federal.

O caso que vem chamando atenção desde o início de janeiro de 2025, revelado originalmente pelo portal Metrópoles e também noticiado pelo NSC Total, envolve uma mulher de São Paulo que afirma ter perdido o prêmio de R$ 80 milhões da Mega da Virada de 2024 por conta de um erro no registro da aposta feita em uma casa lotérica. A história, repleta de reviravoltas e questionamentos sobre falhas no sistema de apostas, acabou indo parar na Justiça e reacendeu o debate sobre a segurança dos jogos oficiais no país.

Segundo a reportagem, Elza Jesus conta que fez sua aposta pouco antes do fechamento das vendas, no dia 31 de dezembro de 2024, na Lotérica Trevo da Sorte, localizada na capital paulista. O bilhete que ela afirma ter escolhido manualmente continha exatamente os seis números sorteados pela Mega da Virada, mas, de acordo com ela, a atendente não teria concluído corretamente o registro no sistema da Caixa Econômica Federal. Quando retornou para conferir o resultado, o espanto foi imediato: os números batiam, mas o comprovante da aposta simplesmente não existia no sistema.

“Foi erro deles”, diz a apostadora

Em entrevista concedida ao NSC Total, Elza afirmou que o problema teria ocorrido durante o processo de digitação. Segundo ela, a atendente digitou os números corretos, mas por algum motivo o terminal da lotérica travou, impedindo a conclusão do pagamento e, consequentemente, o registro da aposta no sistema. “Eu tinha certeza que estava tudo certo. Paguei, recebi o papel, mas quando voltei no dia seguinte, disseram que a aposta não existia. Foi erro deles”, afirmou.

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Os números sorteados — 21, 24, 33, 41, 48 e 56 — conferiam exatamente com a sequência escolhida pela apostadora. O prêmio total da Mega da Virada daquele ano foi de R$ 588 milhões, dividido entre sete apostas ganhadoras, e cada uma delas levou pouco mais de R$ 80 milhões. Caso o bilhete de Elza tivesse sido registrado corretamente, ela seria a oitava ganhadora.

A disputa judicial e a versão da Caixa

Após perceber que seu bilhete não constava entre os premiados, Elza decidiu entrar com uma ação judicial contra a Caixa Econômica Federal, alegando falha operacional da rede lotérica, que é vinculada ao sistema oficial do banco estatal. Seu advogado declarou que “há provas de que a aposta foi digitada e confirmada no terminal, mas não registrada devido a um erro técnico”.

Em nota ao portal Metrópoles, a Caixa informou que “não há qualquer registro de aposta com os números indicados pela autora do processo”, e que “todas as apostas válidas e premiadas são processadas automaticamente pelo sistema interno, sem interferência manual”. O banco também destacou que cada bilhete é identificado por um código de barras único e que, sem ele, não há como comprovar a aposta.

A repercussão do caso

O caso rapidamente viralizou nas redes sociais, com milhares de internautas se perguntando se falhas como essa poderiam ocorrer com qualquer apostador. Muitos compararam a situação a casos internacionais semelhantes, como o de um norte-americano que processou a Powerball por um erro de sistema que o fez perder um prêmio equivalente a US$ 340 milhões.

A história de Elza também levantou discussões sobre a fiscalização e auditoria dos sistemas de apostas no Brasil. Especialistas ouvidos pelo portal NSC Total explicaram que o sistema das lotéricas é interligado em tempo real aos servidores da Caixa, mas que em momentos de alto tráfego — como na Mega da Virada — podem ocorrer travamentos temporários, o que não invalida a aposta automaticamente, mas exige confirmação de pagamento e registro no banco de dados principal.

A luta de uma mulher contra o sistema

Enquanto a Justiça não decide o caso, Elza diz viver uma mistura de frustração e esperança. “Não quero tirar o prêmio de ninguém, só quero o que é meu por direito. Apostei, paguei e os números estão aí. Se tivessem registrado certo, eu estaria entre os ganhadores”, declarou em entrevista.

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Seu advogado afirma que está reunindo provas como testemunhos de funcionários da lotérica, gravações de câmeras de segurança e comprovantes de pagamento. O processo corre na Justiça Federal e pode se tornar um marco para casos semelhantes no futuro, especialmente se for comprovada alguma responsabilidade técnica da Caixa.

Um debate que vai além do prêmio

Além da disputa financeira, o caso abriu uma discussão mais ampla sobre a confiabilidade das loterias oficiais e a falta de mecanismos de verificação independentes. Segundo especialistas em direito do consumidor, o apostador brasileiro ainda está vulnerável, pois não há forma pública de auditar o registro das apostas individuais.

Enquanto isso, a Mega da Virada de 2025 já está sendo preparada com recorde de vendas antecipadas — e, ironicamente, com o mesmo tipo de sistema que gerou a polêmica envolvendo Elza. “Espero que sirva de lição para melhorarem os controles. Não é justo alguém perder um prêmio desses por causa de um erro que não cometeu”, disse a apostadora.

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Sugestões de pauta, correções ou mensagens podem ser enviadas para contato.deboraaraujo.news@gmail.com

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