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Muito além da narração: Galvão Bueno está impressionando a América com sua fazenda e vira referência na produção de vinhos no Hemisfério Sul

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 11/09/2025 às 16:59
Aos 75 anos, Galvão Bueno se destaca no agronegócio com a Bellavista Estate, unindo vinhos premiados e tradição no esporte.
Aos 75 anos, Galvão Bueno se destaca no agronegócio com a Bellavista Estate, unindo vinhos premiados e tradição no esporte.
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Aos 75 anos, Galvão Bueno divide o tempo entre narrações esportivas e a gestão da Bellavista Estate, no Rio Grande do Sul, onde comanda a marca Bueno Wines e se tornou referência na produção de vinhos premiados no Hemisfério Sul.

Aos 75 anos, Galvão Bueno concilia a volta às grandes transmissões — hoje contratado do Prime Video — com um projeto no campo que ganhou escala e prêmios.

À frente da Bellavista Estate, em Candiota (RS), o narrador comanda a marca Bueno Wines, criada em 2010, e colhe resultados que o colocaram entre os nomes de destaque da vitivinicultura brasileira, com reconhecimento em avaliações especializadas e concursos.

Da cabine ao vinhedo: escolha planejada

Antes de plantar o primeiro parreiral, Galvão passou anos estudando clima e solo da Campanha Gaúcha. O movimento, relata, transformou sua relação com o vinho e com o próprio trabalho no campo.

Mudou absolutamente tudo! […] Vi como o processo é lá, no campo, na parreira”, disse à Revista ADEGA, ao descrever o aprendizado que vai da vinha à taça.

O projeto ganhou forma em 2010, com os primeiros rótulos: o tinto Paralelo 31 e o espumante Cuvée Prestige.

Aos 75 anos, Galvão Bueno se destaca no agronegócio com a Bellavista Estate, unindo vinhos premiados e tradição no esporte.
Aos 75 anos, Galvão Bueno se destaca no agronegócio com a Bellavista Estate, unindo vinhos premiados e tradição no esporte.

A partir dali, a vinícola expandiu linhas e safras, mantendo foco em qualidade e em variedades adequadas ao terroir da fronteira sul.

Bellavista Estate: área, castas e portfólio

Instalada em uma área de 108 hectares, a Bellavista Estate cultiva uvas Merlot, Petit Verdot, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Sauvignon Blanc e Chardonnay, entre outras.

A produção abastece tintos, brancos, rosé e espumantes que compõem o portfólio da Bueno Wines, hoje com presença em diferentes faixas de preço e estilos.

Além da origem gaúcha, a marca também assina rótulos elaborados na Itália em parceria com o enólogo Roberto Cipresso, no projeto Bueno–Cipresso, estratégia que ampliou a oferta e reforçou a identidade internacional do negócio.

Reconhecimento em provas e concursos

O avanço técnico refletiu-se nas avaliações.

Aos 75 anos, Galvão Bueno se destaca no agronegócio com a Bellavista Estate, unindo vinhos premiados e tradição no esporte.
Aos 75 anos, Galvão Bueno se destaca no agronegócio com a Bellavista Estate, unindo vinhos premiados e tradição no esporte.

Em 2018, o Bellavista Estate Pinot Noir foi apontado como melhor Pinot Noir do Brasil na Grande Prova Vinhos do Brasil, após degustações às cegas.

O desempenho consolidou a variedade na Campanha e projetou a vinícola entre as campeãs daquela edição.

Em paralelo, rótulos como o Cuvée Prestige acumularam medalhas, incluindo ouro no IWSC (International Wine & Spirit Competition), em Londres.

Esse reconhecimento somou-se a notas consistentes em guias e publicações especializadas, reforçando a imagem de qualidade dos vinhos assinados por Galvão em diferentes safras e estilos.

Enquanto isso, a marca segue participando de certames e degustações de referência na região.

Azeite, cavalos e genética: outras frentes do negócio

Aos 75 anos, Galvão Bueno se destaca no agronegócio com a Bellavista Estate, unindo vinhos premiados e tradição no esporte.
Aos 75 anos, Galvão Bueno se destaca no agronegócio com a Bellavista Estate, unindo vinhos premiados e tradição no esporte.

O agronegócio de Galvão não se limita à uva. A fazenda cultiva oliveiras das variedades Arbequina, Arbosana e Picual, base do azeite produzido na propriedade.

O manejo das áreas olivícolas ocorre em paralelo ao calendário da vindima e ajudou a diversificar as receitas do grupo.

Na pecuária, a Bellavista trabalha com gado Hereford e mantém um dos plantéis relevantes de Angus do país, com foco em melhoramento genético e realização de leilões.

Há ainda investimento na criação de cavalos Crioulos, raça emblemática do sul, que integra a rotina do campo e dos eventos promovidos pela fazenda.

Marca, gestão e vitrine esportiva

A vitrine de décadas no esporte impulsiona a comunicação, mas a gestão do negócio se apoia em equipe técnica, parcerias e planejamento de longo prazo.

A marca Bueno Wines opera com narrativa própria, apresentando a história da vinícola, as linhas de produto e a ligação com o território da Campanha Gaúcha, região que consolidou reputação no cultivo de viníferas de clima temperado.

Mesmo com a agenda esportiva intensa, Galvão retomou a narração de grandes jogos como voz do Prime Video em janeiro de 2025, o que manteve seu nome no centro do noticiário e, indiretamente, ampliou a exposição da vinícola ao público geral.

Aos 75 anos, Galvão Bueno se destaca no agronegócio com a Bellavista Estate, unindo vinhos premiados e tradição no esporte.
Aos 75 anos, Galvão Bueno se destaca no agronegócio com a Bellavista Estate, unindo vinhos premiados e tradição no esporte.

A presença em transmissões de Brasileirão e Copa do Brasil convive com a rotina na fazenda, em um arranjo que combina negócio, marca pessoal e gestão agrícola.

Da paixão à referência

O percurso do narrador no vinho ajuda a explicar a imagem de referência construída no Hemisfério Sul.

O início cuidadoso, a escolha do terroir, as parcerias técnicas e os resultados em concursos formaram uma trajetória mensurável, sem atalhos.

A frase dita à ADEGA — de que a paixão se transformou também pelo contato com a parreira e pelo respeito ao tempo — resume a mudança de rota de um profissional que levou a disciplina da cabine para o campo, e encontrou ali um novo palco para entregar performance.

Seja pela safra que chega à taça, seja pelo azeite de olivas próprias ou pela genética bovina que sai a leilão, o ecossistema construído na Bellavista mostra um narrador que aprendeu a falar outra língua — a do terroir.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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