Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
4 min de leitura
0 comentários
MP e PM desmontam PCC em megaoperação contra combustíveis e jogos de azar: bilhões desviados. Até onde vamos parar?
São Paulo, 25 de setembro — O MP de São Paulo e a PM deflagraram hoje a Operação Spare. Com isso, a ofensiva passa a mirar diretamente o coração financeiro do PCC. Ao todo, a ação cumpre 25 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santo André, Osasco, Barueri, Bertioga e Campos do Jordão.
Durante as investigações, os agentes descobriram que a facção controlava postos de combustíveis, jogos de azar e até motéis. Dessa forma, conseguia lavar dinheiro e enriquecer de forma ilícita. No entanto, apesar de movimentar bilhões de reais em poucos anos, o grupo quase não pagava impostos.
Operação atinge em cheio a estrutura do PCC
O Ministério Público, a PM e a Receita Federal agiram de forma coordenada. Mais de 200 agentes participaram da operação, incluindo servidores da Receita, integrantes do Gaeco e policiais militares.
-
E se os R$ 54 milhões da Mega-Sena fossem seus? Veja quem quase levou tudo
-
Ventos destroem galpão da Toyota em Porto Feliz durante forte chuva
-
Obras em rodovias de São Paulo podem afetar o trânsito: saiba os locais e horários
-
Após conflito de 20 anos juíza determina que 150 famílias que invadiram fazenda indenizem o dono em Mato Grosso
O objetivo foi claro: quebrar o caixa do PCC. O grupo usava empresas de fachada para movimentar valores milionários sem chamar atenção.
Como o esquema foi descoberto
Tudo começou em Santos. Máquinas de cartão foram apreendidas em casas de jogos de azar. Logo ficou evidente: esses equipamentos estavam ligados a postos de combustíveis controlados pela facção.
As transações financeiras apontaram para uma fintech suspeita, já investigada na Operação Carbono Oculto. Assim, os investigadores conectaram as duas operações e revelaram um mecanismo sofisticado de ocultação de dinheiro.
Fraude bilionária nos combustíveis
O principal alvo controlava 400 postos de combustíveis. Pelo menos 267 seguem ativos. Entre 2020 e 2024, movimentaram R$ 4,5 bilhões. No entanto, pagaram apenas R$ 4,5 milhões em tributos — 0,1% do total.
Além disso, empresas administradoras de postos ligadas ao grupo somaram mais de R$ 540 milhões em movimentações no mesmo período.
Essa discrepância acendeu o alerta da Receita.
Expansão para motéis, franquias e construção civil
O PCC não se limitou ao setor de combustíveis. O grupo abriu espaço em franquias, motéis e até na construção civil.
Foram identificados 21 CNPJs ligados a 98 estabelecimentos. Eles movimentaram R$ 1 bilhão, mas registraram em notas apenas metade.
Mais de 60 motéis em nome de laranjas também entraram no radar. Juntos, movimentaram R$ 450 milhões e distribuíram R$ 45 milhões em lucros. Até restaurantes dentro desses motéis simulavam faturamentos para legitimar a circulação de dinheiro.
Patrimônio de luxo chama atenção
A Operação Spare não atua de forma isolada. Ao contrário, ela se conecta a outras ofensivas de peso contra o crime organizado. Os alvos mantêm relações diretas com investigados da Operação Rei do Crime e da Carbono Oculto.
Os investigadores identificaram transações conjuntas entre os envolvidos. Além disso, confirmaram o uso compartilhado de helicópteros. Para completar, encontraram até viagens internacionais pagas em conjunto, evidenciando a rede de cooperação entre os criminosos.
Recentemente, a Receita Federal ampliou a pressão sobre esses esquemas. Na última semana, deflagrou a Operação Cadeia de Carbono, que apreendeu petróleo e derivados avaliados em R$ 240 milhões no Porto do Rio de Janeiro.
Conexões com outras operações
A Operação Spare não atua de forma isolada. Pelo contrário, ela se conecta diretamente a outras grandes ofensivas contra o crime organizado. Os alvos aparecem ligados a investigados da Operação Rei do Crime e também da Carbono Oculto.
Durante as apurações, os investigadores encontraram transações conjuntas, além do uso compartilhado de helicópteros. Além disso, identificaram até viagens internacionais pagas em conjunto, o que reforça a rede de cooperação entre os envolvidos.
Recentemente, a Receita Federal ampliou a ofensiva contra esquemas semelhantes. Na última semana, a instituição deflagrou a Operação Cadeia de Carbono, que resultou na apreensão de petróleo e derivados avaliados em R$ 240 milhões no Porto do Rio de Janeiro.
O significado do nome “Spare”
O termo “Spare” vem do boliche e significa derrubar todos os pinos em dois arremessos. Por isso, os investigadores usaram a metáfora para simbolizar o avanço contra o PCC.
Primeiro, a Operação Carbono Oculto funcionou como a jogada inicial, que expôs a base do esquema criminoso. Depois disso, a Operação Spare surgiu como a segunda jogada, com o objetivo de concluir o movimento.
Assim, a ofensiva atual representa o arremesso final. Dessa forma, ela mira diretamente a engrenagem financeira da facção. Com isso, busca cortar de vez a fonte de recursos ilícitos que sustentava o grupo.
Seja o primeiro a reagir!