Motores que desafiam o tempo: saiba como surgiram os famosos AP, EA111 e Fire e por que ainda conquistam corações e estradas no Brasil!
No mundo automotivo, poucos componentes têm o poder de criar lendas como um motor confiável.
E no Brasil, alguns modelos de motores conquistaram status de ‘inquebráveis’, atravessando gerações e estradas sem perder o fôlego.
Essa fama não surgiu por acaso: por trás dela estão projetos engenhosos, soluções técnicas simples e a paixão de motoristas que não abrem mão de robustez e economia.
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AP: o ícone que nasceu com o Gol
Entre os motores lendários, o motor AP (Alta Performance), da Volkswagen, é provavelmente o mais icônico.
Surgiu no Brasil no final da década de 1970, mais precisamente em 1985 na linha Gol, quando a Volkswagen decidiu oferecer ao mercado nacional um motor de quatro cilindros com comando no cabeçote, conhecido como OHC (Over Head Camshaft).
O motor AP logo mostrou ao que veio: robusto, simples de manter e versátil.
Foi usado em diversos modelos como Gol, Parati, Saveiro, Voyage e Santana, além de fazer história em competições de arrancada e provas de resistência.
As cilindradas variavam entre 1.6 e 2.0, com versões a álcool e gasolina.
Mecânicos de todo o país elogiam a facilidade de manutenção e a durabilidade acima da média, fatores que o tornaram sinônimo de confiabilidade.
Não à toa, até hoje existem motores AP rodando com mais de 500 mil km sem grandes intervenções – um feito que desafia até mesmo muitos carros modernos.
Além disso, o AP ficou famoso pela grande variedade de peças disponíveis e pela facilidade de adaptação em outros projetos automotivos.
Motor EA111: o pequeno notável
Outro motor que conquistou seu lugar entre os “inquebráveis” é o EA111, também da Volkswagen.
Desenvolvido na Alemanha e adaptado para o Brasil, começou a ser usado no Gol no início da década de 1990 e permaneceu por quase duas décadas como um dos motores mais vendidos do país.
Com bloco de alumínio, comando no cabeçote e distribuição por correia dentada, o EA111 se destacou por ser leve e eficiente.
As versões 1.0, 1.6 e até 1.4 equiparam modelos como Gol, Fox, Polo, Voyage e Saveiro.
Era um motor que unia economia de combustível, baixo custo de manutenção e uma resistência surpreendente para a época.
Mecânicos destacam a resistência das versões 1.6, que mesmo com uso severo mantêm bom desempenho por centenas de milhares de quilômetros.
Mesmo hoje, muitos EA111 são mantidos em carros usados, sinal de que o projeto ainda agrada quem quer um carro simples, mas que não dá dor de cabeça.
Família Fire: Fiat e sua engenharia simples
Entre os motores lendários do Brasil, não dá para esquecer o Família Fire, da Fiat.
Chegou ao país no final dos anos 1990, inicialmente em modelos como o Palio e o Uno, e logo caiu nas graças dos motoristas.
Com comando simples, cabeçote de alumínio e manutenção fácil, o Fire era um exemplo de simplicidade bem resolvida.
Além disso, o Fire trouxe inovações como o cabeçote de fluxo cruzado e a câmara de combustão compacta, garantindo baixo consumo e boas respostas em baixa rotação.
Seu segredo está na simplicidade e no projeto robusto, que resiste bem às condições adversas do Brasil – de combustíveis de má qualidade a estradas esburacadas.
Por que esse trio de motor ainda faz sucesso?
A resposta para o sucesso contínuo desses motores lendários está em três fatores principais: projeto simples, peças baratas e manutenção descomplicada.
Eles não têm injeção direta complexa, turbos sofisticados ou eletrônica sensível – são motores ‘raiz’, que aceitam reparos em qualquer oficina e têm peças abundantes no mercado paralelo.
Outro ponto que pesa é a confiabilidade comprovada.
Carros com motores AP, EA111 e Fire são campeões em leilões de frotas e preferidos em regiões onde o transporte depende de veículos usados confiáveis, como áreas rurais e de menor poder aquisitivo.
Legado que atravessa gerações
Além do aspecto técnico, esses motores acabaram criando uma relação emocional com seus donos.
Histórias de carros de família que passam de pai para filho – e ainda usam o mesmo motor – são comuns.
Para muitos, não é só uma máquina: é um símbolo de como a engenharia simples pode durar mais do que se imagina.
Nos dias de hoje, com a chegada de motores turbo e tecnologias cada vez mais complexas, a nostalgia e a praticidade desses motores “inquebráveis” continuam sendo um porto seguro para quem quer evitar surpresas mecânicas.
Eles são um lembrete de que nem sempre o mais moderno é o mais durável. E que, em muitos casos, a simplicidade ainda reina soberana.
Se você quer saber mais sobre esses motores ou procura dicas para manter o seu carro antigo rodando forte, vale a pena visitar oficinas especializadas ou fóruns de entusiastas.
E, se está pensando em comprar um carro usado com um desses motores lendários, converse com um mecânico de confiança – porque, como mostra a história, esses motores ainda têm muita vida pela frente.
Agora, leitor, conta para a gente: qual motor lendário você já teve ou gostaria de ter na garagem?
Fiat Siena Fire Flex 1.0, 7 anos de condução diária, com muito bom desempenho e sem ter que usar cartão de crédito para parcelar os custos de manutenção.
EA111, o pior motor feito pela Volkswagen, alto consumo de óleo e aquecimento.
Eu já tive 2 gol um 1986 equipado com o motor 1.6 e um com o motor 1.8 1990