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Motores 3 cilindros: Conheça os 5 piores vendidos no Brasil 

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 21/08/2025 às 10:47
3 cilindros, Motores, Consumo de óleo, Defeitos comuns
Fonte: IA
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Da economia prometida ao prejuízo real os motores que mais decepcionaram os brasileiros 

Nos últimos anos, os motores 3 cilindros ganharam espaço no mercado automotivo brasileiro. As montadoras anunciaram ganhos em eficiência, menor consumo de combustível e redução na emissão de poluentes. A experiência prática, no entanto, revelou outra realidade.

Em diferentes modelos, proprietários passaram a relatar defeitos recorrentes, consumo elevado de óleo e despesas maiores com manutenção. 

Um levantamento aponta quais foram os cinco motores 3 cilindros mais problemáticos já comercializados no Brasil, em ordem do que acumulou mais críticas ao que apresentou menos falhas.

Entre eles, há também um caso de destaque positivo, considerado o mais confiável da categoria e comparável em desempenho a alguns motores de quatro cilindros. 

Renault SCe 1.0 – um motor marcado por falhas recorrentes 

O motor SCe 1.0 da Renault, presente em modelos como Kwid e Sandero, é apontado por especialistas como um dos mais problemáticos da categoria. Os relatos incluem ruídos excessivos, falhas constantes, consumo elevado de óleo e desgaste prematuro no eixo do comando de válvulas. Além disso, há registros frequentes de vazamentos de óleo na tampa de válvula e queima de bobinas de ignição. Em muitos casos, proprietários relatam a necessidade de completar o óleo em carros com baixa quilometragem, o que compromete a durabilidade do conjunto. 

Peugeot 1.2 Puretech – a correia banhada a óleo que virou problema crônico 

O 1.2 Puretech da Peugeot recebeu elogios pelo desempenho, mas acabou se tornando sinônimo de dor de cabeça devido ao uso da correia dentada banhada a óleo. Com o tempo, a peça se dissolve, espalha resíduos pelo motor e pode provocar falhas graves. Oficinas relatam que, em muitos casos, o motor precisa ser aberto antes do previsto, elevando os custos de manutenção. O processo de substituição da correia também exige cuidado técnico específico, sob risco de o motor sair de ponto e gerar retrabalho.

GM 1.0 aspirado e turbo – o desgaste que se repete em diferentes versões 

Tanto na versão aspirada quanto na turbinada, o motor 1.0 da GM, usado em modelos como Onix e Tracker, apresenta os mesmos problemas. A correia banhada a óleo se desgasta antes do previsto e compromete o funcionamento do motor. Outro ponto crítico é a bomba de vácuo, feita de baquelite, que pode se desintegrar e liberar fragmentos dentro do sistema de lubrificação. Entre os sintomas mais relatados está o endurecimento do pedal de freio, sinal claro de falha nesse componente.  

Ford 1.0 Ti-VCT – a vibração que virou marca registrada 

O Ford Ka 1.0 Ti-VCT de primeira geração ficou conhecido pela vibração excessiva. O problema não apenas incomodava o condutor, mas também provocava consequências mecânicas: pólos de bateria soltos, chicotes elétricos danificados, barulhos no câmbio e falhas recorrentes em bobinas. Embora versões mais recentes tenham recebido melhorias, o histórico negativo desse motor acabou marcando a imagem da marca no segmento de 3 cilindros. 

Fiat Firefly 1.0/1.3 – avanços técnicos que não eliminaram os defeitos 

O Firefly, lançado pela Fiat como alternativa moderna aos concorrentes, adota corrente de comando e evita o problema da correia banhada a óleo. No entanto, apresenta falhas próprias. Entre os principais relatos estão o pulo de corrente em quilometragem baixa, falhas no diafragma da tampa que aumentam o consumo de óleo, desgaste prematuro dos coxins e problemas na bomba d’água, que pode misturar óleo e água. Embora não seja o mais problemático da lista, exige atenção constante em manutenção. 

Volkswagen EA211 – referência em confiabilidade entre os 3 cilindros 

Em contraste com os demais, o Volkswagen EA211 se consolidou como o motor mais confiável da categoria no mercado brasileiro. Produzido em versões aspirada e turbo, o conjunto é considerado equilibrado em eficiência, durabilidade e custos de manutenção. O único cuidado adicional está na limpeza periódica das válvulas nas versões com injeção direta. Ainda assim, o EA211 se destaca pela robustez e, segundo especialistas, chega a superar alguns motores de quatro cilindros em confiabilidade. 

Promessa de economia. Realidade de prejuízo

A chegada dos motores 3 cilindros ao Brasil trouxe a promessa de eficiência e economia, mas muitos modelos apresentaram falhas recorrentes, consumo excessivo de óleo e manutenção cara. Entre os projetos mais problemáticos, apenas o Volkswagen EA211 se destacou positivamente, mostrando robustez e desempenho acima da média. O contraste evidencia que a real credibilidade de um motor só se comprova no uso diário, quando as promessas da indústria enfrentam a prática.

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Roberta Souza

Autora no portal Click Petróleo e Gás desde 2019, responsável pela publicação de mais de 8.000 matérias que somam milhões de acessos, unindo técnica, clareza e engajamento para informar e conectar leitores. Engenheira de Petróleo e pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, também trago experiência prática e vivência no setor do agronegócio, o que amplia minha visão e versatilidade na produção de conteúdo especializado. Desenvolvo pautas, divulgo oportunidades de emprego e crio materiais publicitários direcionados para o público do setor. Para sugestões de pauta, divulgação de vagas ou propostas de publicidade, entre em contato pelo e-mail: santizatagpc@gmail.com. Não recebemos currículos

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