A moto que une economia, robustez e conforto domina o ranking nacional, mostra desempenho expressivo nas vendas e reforça o interesse por modelos trail leves no Brasil.
A Honda Bros 160 fechou outubro de 2025 como a 4ª moto mais emplacada do país, consolidando-se entre as preferidas de quem alterna o uso entre cidade e trechos de terra leve.
Em um mês de ampla dominância da Honda no top 10, a trail flex reforçou a proposta de robustez, economia e custo de manutenção sob controle, com liquidez elevada na revenda.
De acordo com levantamento setorial publicado no fim do mês, a Bros somou 19.757 unidades — o número se refere a emplacamentos, não a valor em reais.
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Top 10 de outubro: domínio da Honda e espaço para trails
O recorte mensal trouxe a CG 160 na liderança, seguida por Biz 125 e Pop 110i.
Logo atrás veio a Bros 160, à frente de modelos urbanos focados em frotas e uso cotidiano.
A Mottu Sport 110i manteve presença relevante entre veículos de entrega, enquanto a Yamaha emplacou a Factor 150 e a FZ 25 entre as dez primeiras.
A XRE 190 fechou o grupo, sinalizando interesse contínuo por motos de proposta trail em diferentes faixas de preço.

Atualizações diárias ao longo de outubro já indicavam esse quadro, com a Bros estável em 4º lugar na segunda metade do mês.
Vendas da Bros 160: versatilidade que converte emplacamentos
Com quase 20 mil registros no mês, a Bros reafirma o papel de “coringa” para quem cruza bairros com asfalto irregular, paralelepípedo, buracos e ligações de terra batida.
A posição conquistada não decorre de um pico pontual, e sim de procura consistente por uma trail leve, que entrega conforto e resistência sem exigir saltos de cilindrada.
Monitoramentos parciais antes do fechamento oficial já apontavam a moto solidamente estabelecida no top 5, com números ascendentes na última semana de outubro.
Por que a Bros 160 agrada no uso real
A proposta combina posição de pilotagem elevada, suspensões de curso maior e rodas 19” na dianteira e 17” na traseira.
Esse conjunto absorve melhor as irregularidades e amplia a confiança em pisos ruins, o que repercute diretamente no conforto diário.
No trânsito urbano, a ergonomia favorece a manobrabilidade e a visão do entorno, enquanto a geometria do chassi preserva a agilidade típica das streets de 150/160 cm³.

Conjunto mecânico e itens de segurança
Equipada com motor flex de 162,7 cm³, a Bros entrega potência máxima na faixa de 14,2/14,3 cv (gasolina/etanol) e torque em torno de 14,1/14,2 N·m, acoplados a câmbio de cinco marchas.
A entrega progressiva facilita a vida de quem está migrando de modelos de entrada e precisa de respostas previsíveis em saídas e subidas curtas.
A segurança ativa é reforçada pela disponibilidade de ABS na roda dianteira, recurso que mitiga o risco de travamento em frenagens de emergência, especialmente em piso molhado ou sobre cascalho.
Iluminação, conectividade e praticidade
A geração atual adotou farol em LED e oferece tomada USB conforme versão e pacote, o que ajuda quem usa suporte de celular para navegação.
Esses elementos, embora simples, reduzem improvisos no dia a dia e dialogam com o público que faz deslocamentos longos entre bairros ou trabalha intercalando entregas e rotas mistas.
Consumo, manutenção e vida útil

A Bros é reconhecida pelo baixo consumo em uso urbano moderado, sobretudo quando o condutor mantém direção suave e revisões preventivas em dia.
O amplo acesso a peças e a capilaridade da rede de concessionárias pesam a favor do custo total de propriedade.
A altura livre do solo e os pneus de uso misto ainda oferecem margem extra para superar lombadas altas, valetas e trechos esburacados sem raspar componentes.
No longo prazo, a combinação de procura alta e imagem de robustez tende a sustentar valorização de revenda superior à média da categoria.
Preço e posicionamento: onde ela se encaixa
O preço público sugerido parte de R$ 21.320 na versão CBS e R$ 22.260 na ABS (tabela em vigor a partir de 1º de agosto de 2025; frete não incluso).
Com isso, a Bros se posiciona um degrau acima das streets 150/160 cm³ em preço, porém entrega um pacote mais apto ao uso misto.
Para quem roda apenas em asfalto liso, uma street costuma oferecer melhor relação custo/benefício.
Já para o “asfalto real” de periferias e vias em obras, a Bros tende a ser a solução racional pelo conforto em piso ruim e pelo custo previsível de manutenção.

Perfil de uso: quem deve considerar
Trabalho e estudo com rotas que misturam asfalto gasto e terra leve, deslocamentos profissionais em bairros com calçamento irregular e lazer em estradas vicinais ou acessos de areia batida compõem o cenário típico do público da Bros.
Para esses perfis, a simplicidade mecânica, a assistência ampla e a liquidez na revenda pesam tanto quanto o desempenho.
O lugar da Bros no ranking e o sinal das trails
Mesmo cercada por motos urbanas puras e por modelos voltados a frotas, a Bros manteve relevância graças à versatilidade.
Estar em 4º lugar num mês em que a Honda preencheu sete posições do top 10 mostra que há demanda contínua por uma trail leve apta ao cotidiano, sem custos de manutenção de cilindradas maiores.
A aparição da XRE 190 entre as dez mais sinaliza que a busca por suspensão mais alta e ergonomia de trail vai além da porta de entrada, embora a Bros siga como o caminho mais acessível para essa proposta.



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