Com motor V8 de carro esportivo, a Boss Hoss impressiona pela potência e assusta pelo consumo altíssimo de combustível.
Imagine pilotar uma moto com motor de carro esportivo. Um V8 potente, barulhento e impressionante. Agora imagine abastecer essa moto todos os dias. Parece exagero? Pois essa é a realidade da Boss Hoss, considerada por muitos especialistas a moto que mais consome combustível no mundo.
Um monstro sobre duas rodas
A Boss Hoss é fabricada nos Estados Unidos desde os anos 1990. A proposta da marca sempre foi ousada: instalar motores V8 da Chevrolet em motocicletas de grande porte.
O resultado é uma máquina gigantesca, que mais parece uma fusão entre uma moto custom e um muscle car americano.
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A versão mais comum vem equipada com o motor 5.7 litros V8 Small Block da Chevrolet, o mesmo usado em modelos esportivos e picapes.
Mas há versões ainda mais absurdas, como a Boss Hoss 502, com motor 8.2 litros, capaz de entregar mais de 500 cavalos de potência. São números que superam até mesmo muitos carros esportivos de luxo.
Um consumo digno de caminhão
Todo esse desempenho tem um preço alto: o consumo de combustível. Estimativas indicam que a Boss Hoss faz entre 3 e 6 km por litro, dependendo do modelo e da forma de pilotar. Em trechos urbanos, com trânsito e paradas constantes, o consumo pode cair ainda mais.
Para efeito de comparação, uma moto de baixa cilindrada como a Honda CG 160 pode fazer até 40 km/l, enquanto modelos de alta cilindrada como a Suzuki Hayabusa giram em torno de 15 km/l. Ou seja, a Boss Hoss consome até 13 vezes mais do que uma moto popular.
Estilo acima de tudo
Apesar do consumo exagerado, a Boss Hoss não foi criada pensando em economia. Ela é uma moto de exibição, feita para impressionar. Seu visual agressivo, o som do motor V8 e o torque absurdo fazem dela uma atração em encontros e eventos de motociclistas.
Por conta do tamanho, peso (mais de 500 kg) e potência, ela é difícil de pilotar no dia a dia. A dirigibilidade exige força e técnica, principalmente em curvas ou manobras em baixa velocidade. Além disso, o custo de manutenção e o valor do seguro são altos, o que a torna ainda mais exclusiva.
Uma moto para poucos
A Boss Hoss é vendida sob encomenda e custa dezenas de milhares de dólares. No Brasil, ela é raríssima. Pouquíssimos exemplares foram importados por colecionadores. Além disso, sua documentação pode enfrentar dificuldades com a legislação de trânsito local.
Ainda assim, ela se mantém como símbolo de exagero, potência e extravagância. E carrega o título (nada econômico) de moto que mais consome combustível no mundo — algo que, ironicamente, só aumenta seu fascínio entre os apaixonados por duas rodas.