Modelo econômico surpreende o mercado brasileiro de duas rodas com baixo consumo, preço competitivo e presença entre as mais vendidas, consolidando a Mottu além do setor de locação e ampliando a disputa com marcas tradicionais.
A Mottu Sport 110i entrou no radar do grande público ao fechar agosto entre as campeãs de vendas no país.
Segundo dados baseados na Fenabrave, o modelo somou 9.778 unidades emplacadas no mês e atingiu a 5ª posição no ranking nacional, desempenho que a colocou lado a lado de marcas tradicionais.
Vendas em alta e contexto do mercado
O avanço ocorre em um momento de demanda aquecida por motos econômicas e simples de manter.
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Em agosto de 2025, o setor de duas rodas registrou 185.454 emplacamentos e teve o melhor resultado da série histórica para o mês, mesmo com leve recuo frente a julho.
O bom ritmo ajuda a explicar por que modelos de entrada, voltados ao uso urbano e ao trabalho, ganham espaço.
Economia e uso urbano
Voltada a quem precisa rodar muito gastando pouco, a Sport 110i combina preço agressivo com baixo consumo declarado pela fabricante.
De acordo com a Mottu, a moto faz até 65 km/l e traz tanque de 10 litros, o que projeta uma autonomia próxima de 650 km com um único abastecimento.
Para deslocamentos diários e rotas de entrega, essa conta pesa a favor do modelo.
Motor e desempenho
O conjunto mecânico é simples e conhecido do segmento.
A moto utiliza motor monocilíndrico de 4 tempos, refrigerado a ar, com 109,7 cm³ de cilindrada, injeção eletrônica e câmbio de quatro marchas com engates todos “para cima” (N, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª).
A potência máxima informada é de 8,1 cv a 7.350 rpm, com 9 N·m de torque a 4.500 rpm (aprox. 0,92 kgfm).
A velocidade máxima indicada no material técnico é de 100 km/h.
Suspensão, freios e pneus
Na parte de chassi, a Sport 110i adota garfo telescópico na frente e dois amortecedores atrás, com até cinco níveis de ajuste de pré-carga.
A geometria prioriza manobrabilidade: 1.236 mm de entre-eixos e 175 mm de altura livre do solo.
Os pneus são aro 17, medidas 2,75 (dianteiro) e 3,00 (traseiro), ambos sem câmara.
A frenagem conta com CBS (Combined Brake System), que distribui a força entre as rodas ao acionar o pedal traseiro.
Há duas configurações disponíveis: nas versões básicas, os dois freios são a tambor; já na variante ESD, a moto recebe disco dianteiro de 240 mm e mantém tambor atrás.
Painel e equipamentos
O conjunto elétrico inclui luz diurna (DRL) em LED, que acende automaticamente ao ligar o motor.
Há ainda lanterna traseira e piscas de desenho simples.
O painel segue a proposta utilitária e exibe velocímetro, marcador de combustível e luzes-espia.
O foco está no básico necessário para o dia a dia, sem conectividade.
Medidas, peso e capacidade de carga
Nas dimensões, o modelo mede 1,95 m de comprimento, 70,5 cm de largura e 1,08 m de altura.
A massa em ordem de marcha é de 110 kg, o que favorece a agilidade no trânsito.
A carga máxima admissível é de 260 kg, somando condutor, passageiro, bagagem e eventuais acessórios.
Esses números ajudam a explicar a adoção da moto por profissionais que rodam muitas horas por dia.
Versões e partida
A linha contempla opções com partida a pedal e configuração com partida elétrica.
No manual da versão ESD, a Mottu lista partida elétrica e pedal, além do freio a disco dianteiro, reforçando as diferenças entre os acabamentos.
Autonomia e consumo real
Considerando o índice de 65 km/l divulgado pela marca e o tanque de 10 litros, a autonomia teórica se aproxima de 650 km.
Na rotina urbana, fatores como peso transportado, relevo, condição dos pneus e estilo de condução podem reduzir esse alcance, mas o parâmetro oficial se mantém como um dos trunfos do modelo.
Preço e condições de compra
O preço divulgado pela empresa para a compra à vista é de R$ 9.990.
Para quem prefere parcelar, há planos com entrada de R$ 2.000 e prestações de R$ 540 por mês ou R$ 126 por semana durante 36 meses.
As opções miram especialmente autônomos e entregadores.
Veículos dessa faixa também podem ter variação regional de frete e outros custos, a depender do canal de venda.
Expansão da Mottu no mercado
Além do preço, a estratégia de distribuição ajuda a explicar a escalada da Mottu.
Originalmente reconhecida pelo serviço de locação para entregadores, a empresa passou a vender a própria moto zero-quilômetro, mantendo rede de pós-venda e fornecimento de peças.
Com foco em baixo custo por quilômetro e mecânica simples, o produto atende a um público que busca previsibilidade de gasto e facilidade de manutenção.
Com os números de agosto e o pacote técnico voltado à eficiência, a Mottu Sport 110i se firmou entre as escolhas mais racionais do mercado de entrada; para o consumidor que roda bastante, qual aspecto pesa mais na decisão, consumo ou custo de aquisição?