Em alerta sobre segurança nas trilhas, o IAT enfatiza que “Montanhas do Marumbi no Paraná” exigem planejamento, hidratação e uso de equipamentos adequados para evitar resgates frequentes entre outubro e maio
As Montanhas do Marumbi no Paraná são cenário de natureza exuberante, mas também palco de riscos subestimados por muitos que visitam o parque sem preparo.
Esse ambiente atrativo fascina turistas e aventureiros, porém dados recentes levantados por pesquisa deixam claro que é urgente reforçar medidas de segurança.
O risco de acidentes e necessidade de resgates cresce significativamente fora do período ideal, com situações que vão de desidratação a quedas.
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Neste artigo, vamos orientar você a conhecer os perigos das Montanhas do Marumbi no Paraná, preparar-se adequadamente e seguir protocolos que reduzem ocorrências nos trechos mais buscados desse belíssimo lugar.
Equipamentos e checklist indispensável para trilha segura nas Montanhas do Marumbi no Paraná
Antes de partir para as trilhas, é essencial contar com uma lista de itens mínimos. Calçados adequados, perneiras, lanternas com pilha reserva são obrigatórios, segundo o Centro de Socorro em Montanha (Cosmo).
Também é exigido que o visitante esteja cadastrado com destino exato, qualquer desvio de rota sem aviso configura infração grave.
Outro ponto vital é respeitar horário limite: até 9h da manhã deve-se ingressar na trilha. Esses cuidados visam reduzir falhas de planejamento, que estão ligadas a mais de 60% dos atendimentos de resgate no Marumbi.
Ocorrências e perfil de resgates: análise dos dados estatísticos
Os registros do IAT (Instituto Água e Terra) e Cosmo mostram que 75% das ocorrências na Unidade de Conservação ocorrem entre outubro e maio, período com chuvas intensas, calor elevado e menor oferta de pontos de hidratação, segundo uma matéria publicada.
Desses casos, 58% resultam de atrasos, cansaço e desidratação, 39% envolvem quedas, fraturas ou doenças, e 3% são situações de pânico ou vertigem.
A pesquisa, com base em 41.631 visitantes entre 2002 e 2018, indica também que 56% dos frequentadores das Montanhas do Marumbi no Paraná são estreantes.
Nas trilhas mais afetadas, Rochedinho (22%), Olimpo (21%) e Abrolhos (20%), a combinação entre volume de público e exigência física explica a maior incidência de ocorrências.
Riscos fora da temporada: calor, desidratação e terreno exigente
Fora da chamada “temporada de montanha”, o perfil de público é mais diverso e menos preparado, alerta o coordenador de Comunicação do Cosmo, Caius Marcellus Ferreira.
O calor forte e a escassez de pontos de água nas Montanhas do Marumbi no Paraná elevam os riscos de exaustão. Em casos mais graves, o resgate pode demandar remoção aérea pelo BPMOA ou transporte terrestre: cada hora de subida pode exigir até 10 horas de descida com maca.
Além disso, ao lidar com terreno desconhecido, decisões precipitadas resultam em acidentes mais severos. Por isso, reforça-se preparo físico, hidratação contínua e planejamento sério como fatores fundamentais.
Protocolo do resgate e papel das instituições envolvidas
Quando alguém precisa ser resgatado, o Cosmo mobiliza um “coelho” auxiliar dotado de mochila de salvamento.
A ação básica inclui estabilização, hidratação e início da descida assistida. Em casos extremos, a evacuação aérea com o BPMOA é acionada, caso haja aeronave e condições climáticas favoráveis.
As Montanhas do Marumbi no Paraná ficam dentro do Parque Estadual Pico do Marumbi, que tem 8,7 mil hectares de área.
Se remoção aérea não for viável e a vítima não puder se locomover, o socorro segue por via terrestre até macas de transporte humano.
O chefe do Parque Pico do Marumbi, Gabriel Camargo Macedo, lembra que quem visita a unidade deve respeitar cadastro, identificação e assinatura de termo de risco. Esses procedimentos são mecanismos estruturados para garantir controle e segurança.
Independentemente da época, hidratação e alimentação constantes são imprescindíveis para quem encara qualquer trilha das belas Montanhas do Marumbi no Paraná.