Unidade histórica da montadora japonesa no México será encerrada até 2026 como parte de plano global para cortar custos e enxugar produção
A montadora Nissan anunciou que vai fechar sua primeira fábrica inaugurada fora do Japão, localizada no México. A planta de Cuernavaca, no parque industrial CIVAC, deixará de operar até março de 2026 como parte do plano de reestruturação global chamado Re:Nissan, que prevê o fechamento de sete fábricas ao redor do mundo.
O encerramento da unidade ocorre pouco depois do anúncio da desativação da fábrica de Oppama, no Japão. A montadora busca reduzir sua capacidade global de produção de 3,5 milhões para 2,5 milhões de veículos por ano, e consolidar a operação em menos fábricas com maior taxa de utilização.
Qual fábrica da Nissan será fechada?
A unidade afetada é a planta de Cuernavaca (CIVAC), no México, inaugurada em 1966. Foi a primeira fábrica da Nissan fora do Japão e atualmente produz os modelos Frontier, NP300/Navara e Versa. Com quase 60 anos de operação e 410 mil m², a fábrica já fabricou mais de 6,5 milhões de veículos ao longo da história.
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A produção será transferida para Aguascalientes, onde a Nissan já mantém outra unidade industrial. O fechamento da CIVAC afeta cerca de 11% da produção mexicana da marca.
Por que a montadora decidiu fechar a planta?
Segundo a empresa, o objetivo é aumentar a eficiência operacional. A Nissan pretende reduzir de 17 para 10 o número de fábricas no mundo, concentrando a produção em unidades com capacidade plena. O fechamento também responde à necessidade de cortar custos em meio a uma reestruturação financeira profunda.
O plano prevê o redirecionamento de investimentos, a suspensão temporária de projetos de novos veículos e o encerramento de parcerias pouco rentáveis, como a joint venture com a Mercedes-Benz na planta COMPAS, também no México.
Quais países podem ser os próximos?
Além do Japão e do México, fábricas na Tailândia, Índia, Argentina e África do Sul estão sob análise, segundo informações da agência Reuters. A unidade número 1 da Tailândia já teve fechamento confirmado. Também circulam rumores sobre a venda da sede da Nissan em Yokohama, com possibilidade de a empresa operar no prédio como inquilina.
O plano também inclui o realocamento de 3 mil funcionários da área de Pesquisa e Desenvolvimento para propor soluções de economia. Até o momento, mais de 1.600 ideias estão em fase avançada de implementação.
Quantos empregos estão em risco?
De acordo com a emissora japonesa NHK, os cortes podem atingir até 20 mil postos de trabalho no mundo inteiro, mais que o dobro das 9 mil demissões já anunciadas em 2024. A Nissan aposta que o Re:Nissan poderá reverter prejuízos e restabelecer competitividade global.
A estratégia inclui ainda o reforço da aliança com Renault e Mitsubishi, a renovação de sua linha de veículos e a reformulação da marca Infiniti. O plano é descrito pela própria montadora como uma iniciativa de recuperação total, após anos de resultados instáveis.
Você acredita que fechar fábricas históricas é o caminho certo para salvar uma montadora? A Nissan está se reposicionando ou apenas cortando perdas? Deixe sua opinião nos comentários — sua visão importa nesse debate global.
Eu acredito que o corporativismo funcional leva as empresas a gastar muito acima de seus limites, estes custos vão sendo repassados até o momento em que o próprio mercado estabelece o limite entre os demais concorrentes. Os demais aspectos de custos internos e externos precisam e são levados em consideração e acabam por exaurir as possibilidades de uma montadora. Quem sabe deveriam chamar o Carlos Ghosn novamente!!!???