Rastreamento de embarcações russas desconhece o procedente da frota de navios-tanque
A Rússia está encontrando novas formas de levar seu petróleo para compradores do mundo todo. As sanções ocidentais contra a Rússia aumentaram devido à invasão da Ucrânia, e mais embarcações se juntaram a uma frota existente de petroleiros desconhecidos para ajudar na entrega do óleo. O rastreamento do seu movimento nos oceanos visa descobrir quem está fazendo esse transporte.
O conjunto de navios é conhecido por frota “sombra”, e especialistas da indústria estimam seu tamanho em cerca de 600 embarcações. O número representa cerca de 10% do número global de grandes navios-tanque e continua crescendo. Poucos participantes são conhecidos, como empresas de fachada em Dubai ou Hong Kong, que estão envolvidas em alguns casos.
Clientes de petróleo da Rússia na Índia e China superam os que haviam antes na Europa
O rastreamento da frota tem se tornado mais importante com a tentativa de Moscou de evitar trabalhar com transportadores ocidentais. De acordo com a CNN Brasil, os clientes na China e na Índia superam o número da clientela europeia, que não está autorizada a comprar petróleo da Rússia por via marítima e produtos refinados, como o diesel.
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As exportações de petróleo da Rússia para a China e a Índia chegaram a níveis recordes em janeiro segundo a Kpler, empresa de dados e análises. Isso aconteceu depois que a proibição da Europa ao petróleo russo transportado por via marítima entrou em vigor.
O transporte de petróleo até clientes mais distantes requer embarcações adicionais e proprietários de navios dispostos a lidar com maior complexidade e risco legal, principalmente após limites de preço serem impostos ao petróleo russo pelos países do Grupo dos Sete.
Para continuar a exportação de petróleo, a Rússia dividiu o sistema de energia mundial em dois
O crescimento da frota paralela evidencia as mudanças significativas no mercado mundial de petróleo, que foram consequência da guerra da Rússia. Para continuar exportando o produto, o segundo maior exportador de petróleo do mundo modificou os padrões comerciais de décadas e dividiu o sistema de energia mundial em dois.
“Existe a frota que não está fazendo nenhum negócio russo, e há a frota que está quase exclusivamente fazendo negócios russos”, afirma Richard Matthews, chefe de pesquisa da EA Gibson, corretora internacional de navios. Segundo ele, apenas alguns navios estão fazendo “um pouco dos dois”.