Arqueólogos acreditam ter finalmente resolvido o mistério por trás de um caixão de chumbo antigo encontrado sob a catedral de Notre-Dame. Descubra o que essa descoberta revela sobre o passado oculto do local!
Em 2022, arqueólogos realizaram uma descoberta impressionante durante escavações na Catedral de Notre-Dame: dois caixões de chumbo ocultos sob a nave da igreja. O chumbo é um material conhecido por preservar corpos ao evitar a decomposição, e historicamente, era reservado para a elite.
A primeira grande revelação veio em dezembro de 2022, quando uma inscrição em um dos caixões permitiu identificar seu ocupante como Antoine de la Porte, um sacerdote que faleceu em 1710, aos 83 anos.
Essa descoberta foi importante, mas o segundo caixão continuava a intrigar os arqueólogos. O corpo era de um homem na faixa dos 30 anos, que os pesquisadores apelidaram de “o cavaleiro” devido a uma deformidade óssea que sugeria que ele passava muito tempo cavalgando.
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Após quase dois anos de pesquisas detalhadas, os especialistas acreditam que o cavaleiro pode ser o famoso poeta renascentista francês Joachim du Bellay, que morreu em 1560.
Du Bellay era conhecido por suas habilidades de cavaleiro, além de ter enfrentado sérios problemas de saúde, como a tuberculose, que limitou suas atividades. Eric Crubézy, antropólogo da Universidade de Toulouse III, mencionou que o poeta chegou a cavalgar de Paris a Roma, uma jornada impressionante, especialmente considerando sua frágil condição física.
O esqueleto encontrado sob Notre-Dame apresentava sinais de meningite crônica causada por tuberculose óssea, uma condição que combina com os relatos de saúde de du Bellay. Além disso, a família do poeta tinha conexões próximas com a corte real e o papa, o que torna plausível a hipótese de que ele teria sido enterrado em Notre-Dame.
Evidências e dúvidas sobre a identidade de du Bellay
Embora existam muitas pistas que ligam o esqueleto ao poeta, nem todos os especialistas estão completamente convencidos. Uma análise isotópica dos dentes do cavaleiro indicou que ele cresceu nas regiões de Paris ou Lyon, enquanto du Bellay nasceu em Anjou.
Isso poderia ser uma contradição, mas Crubézy argumenta que du Bellay passou grande parte de sua infância sob os cuidados de seu tio, Jean du Bellay, bispo de Paris, o que poderia explicar essa discrepância.
Dominique Garcia, presidente do Instituto Nacional Francês de Pesquisa Arqueológica Preventiva (INRAP), acredita que as evidências são suficientemente convincentes para associar o cavaleiro a du Bellay. Ele destaca que, com base na idade e nas condições de saúde do esqueleto, a identificação apresenta uma solidez estatística notável.
No entanto, ele também aponta que uma confirmação definitiva só poderia ser feita com testes de DNA, algo que ainda não foi realizado.
Além da descoberta dos caixões, as escavações em Notre-Dame após o incêndio de 2019 também revelaram mais de 1.000 fragmentos da tela da cruz da catedral, um elemento arquitetônico medieval que separava o coro da nave.
Alguns desses fragmentos ainda apresentam vestígios de tinta colorida, o que permitirá a restauração detalhada da estrutura original. A reabertura da catedral está prevista para 8 de dezembro de 2024, mais de cinco anos após o incêndio que destruiu parte de sua estrutura.
Assim, enquanto Notre-Dame se prepara para reabrir suas portas, essas descobertas arqueológicas continuam a lançar luz sobre a rica história desse monumento icônico e dos indivíduos que deixaram sua marca na catedral ao longo dos séculos.