Desenvolvido em segredo, o míssil Hellfire R9X, apelidado de “míssil ninja”, usa seis lâminas retráteis em vez de explosivos para eliminar alvos com precisão cirúrgica. Em 23 de fevereiro de 2024, a arma foi usada na Síria para neutralizar um líder da Al-Qaeda sem causar danos colaterais, marcando mais um avanço na guerra de precisão dos EUA.
No dia 23 de fevereiro de 2024, um ataque aéreo na Síria revelou ao mundo o míssil Hellfire AGM-114R9X, também chamado de míssil ninja. A arma foi usada para eliminar um líder da organização terrorista Huras al-Din, afiliada à Al-Qaeda. Diferente de mísseis convencionais, ele não usa explosivos. Seu impacto letal vem de lâminas afiadas que se abrem antes do impacto, cortando o alvo com precisão cirúrgica.
O ataque que confirmou a existência do míssil ninja
O Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) divulgou um vídeo oficial mostrando o ataque, que ocorreu no norte da Síria. O míssil ninja foi disparado de um drone MQ-9 Reaper e atingiu a caminhonete do líder terrorista. As imagens mostram um brilho em forma de cruz, sem explosão visível. O dano foi localizado no assento do motorista, sem destruição ao redor.
Especialistas apontam que esse é um dos primeiros registros públicos do uso dessa arma, que já teria sido empregada secretamente desde 2017, segundo fontes militares.
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Como funciona o míssil ninja?
O AGM-114R9X é uma variação do míssil Hellfire, amplamente utilizado pelos EUA. Em vez de uma ogiva explosiva, ele carrega seis lâminas afiadas, que se expandem segundos antes do impacto. O objetivo é eliminar alvos específicos sem causar danos colaterais.
A tecnologia foi desenvolvida para operações em áreas densamente povoadas, onde ataques convencionais poderiam matar civis. Segundo o The Wall Street Journal, esse míssil já foi usado para eliminar outros alvos de alta prioridade no Iêmen, Somália e Afeganistão.
O mistério por trás do desenvolvimento
O míssil ninja foi desenvolvido em segredo pelo Pentágono e pela CIA. Seu uso foi confirmado pela primeira vez em 2019, quando foi utilizado para matar Jamal al-Badawi, um dos responsáveis pelo ataque ao USS Cole em 2000. Desde então, sua existência só era mencionada em relatórios militares não oficiais.
Agora, com a divulgação oficial do ataque na Síria, os EUA reconhecem publicamente o uso da arma. A decisão pode indicar que ela está sendo substituída por um novo modelo ainda mais avançado.
O futuro da guerra com armas de precisão
O uso do míssil ninja reforça uma nova estratégia militar: ataques cirúrgicos com mínimo impacto ao ambiente ao redor. Com ele, os EUA conseguem atingir alvos em áreas urbanas sem destruir infraestrutura civil.
Com o avanço da tecnologia, é possível que armas como essa se tornem cada vez mais comuns. O míssil Hellfire AGM-114R9X já mudou a forma como os ataques de precisão são conduzidos, e seu legado pode redefinir o futuro da guerra moderna.