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Missão quase impossível? China surpreende o mundo ao encontrar urânio em profundidade recorde no meio do deserto

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 22/07/2025 às 13:12
China encontra urânio em profundidade recorde no deserto de Xinjiang, revolucionando mineração e energia nuclear com tecnologia avançada.
China encontra urânio em profundidade recorde no deserto de Xinjiang, revolucionando mineração e energia nuclear com tecnologia avançada.
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Descoberta inédita de urânio em grande profundidade no deserto chinês revela avanços tecnológicos, amplia reservas estratégicas e promete mudar o cenário da energia nuclear global.

A China anunciou uma descoberta que surpreendeu a comunidade científica internacional: uma jazida de urânio localizada a 1.820 metros de profundidade no coração do deserto de Xinjiang, dentro da Bacia do Tarim, noroeste do país.

A informação foi confirmada por meio de comunicado oficial da China National Nuclear Corporation (CNNC), empresa estatal responsável pela operação, que classificou o feito como a “descoberta mais profunda de urânio do tipo arenito com valor industrial já registrada no mundo”.

A localização desse depósito mineral, em uma área remota e desabitada, representa um marco para a exploração global de urânio, recurso fundamental para a geração de energia nuclear.

Segundo a CNNC, a exploração em camadas geológicas tão profundas e em ambiente desértico inóspito preenche uma lacuna histórica no setor, uma vez que os principais depósitos mundiais deste elemento costumam ser encontrados em profundidades significativamente menores e em áreas mais acessíveis.

A confirmação do urânio a essa profundidade foi possível graças ao emprego de tecnologias avançadas de mapeamento geológico.

Imagens de satélite de alta resolução, levantamentos aéreos detalhados e perfuração de precisão permitiram mapear as camadas subterrâneas do deserto, facilitando a identificação do local exato para as operações.

China encontra urânio em profundidade recorde no deserto de Xinjiang, revolucionando mineração e energia nuclear com tecnologia avançada.
China encontra urânio em profundidade recorde no deserto de Xinjiang, revolucionando mineração e energia nuclear com tecnologia avançada.

O uso dessas ferramentas digitais foi destacado pela própria CNNC, que afirmou ter criado um sistema “integrado, ecológico e eficiente” para a prospecção do urânio em regiões desérticas — um modelo que pode transformar os métodos tradicionais adotados em outras partes do mundo.

De acordo com o Instituto de Pesquisa em Geologia do Urânio de Pequim, que participou diretamente das análises e operações, a equipe envolvida desenvolveu um novo modelo de previsão para detectar urânio em áreas anteriormente consideradas inexploráveis.

O processo envolveu uma combinação inédita de técnicas, tanto no campo da prospecção quanto na perfuração em formações geológicas complexas.

A estatal chinesa considera a descoberta como “pioneira” não apenas pelo ineditismo da localização e profundidade, mas também pela abordagem científica utilizada.

Urânio no deserto da China: demanda energética e autossuficiência

A busca por urânio em níveis cada vez mais profundos atende à crescente demanda do país asiático por fontes seguras e abundantes de combustível nuclear.

A energia nuclear é peça-chave no plano nacional chinês para diversificação da matriz energética e redução da dependência de combustíveis fósseis.

Dados oficiais mostram que a China, atualmente terceira maior produtora de energia nuclear do mundo, tem acelerado projetos para construção de novas usinas e investido fortemente em pesquisas para garantir autossuficiência no fornecimento de matérias-primas estratégicas.

A descoberta de urânio em Xinjiang representa um passo fundamental nesse contexto, pois amplia as reservas nacionais do mineral e reduz a necessidade de importação.

O governo chinês já declarou intenção de dobrar sua capacidade instalada de energia nuclear até 2030, e a nova jazida de urânio surge como elemento central dessa estratégia.

Além do benefício energético, o avanço tecnológico chinês em exploração mineral coloca o país na vanguarda do setor, gerando expectativas em mercados internacionais sobre possíveis parcerias e transferências de tecnologia.

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Tecnologias avançadas e inovação na prospecção

O projeto no deserto de Xinjiang só foi viável graças ao uso integrado de tecnologias de sensoriamento remoto, inteligência artificial aplicada à análise geológica e equipamentos de perfuração capazes de operar em condições extremas de temperatura e pressão.

O desenvolvimento dessas soluções foi liderado por equipes multidisciplinares do Instituto de Pesquisa em Geologia do Urânio de Pequim e da CNNC, que também elaboraram protocolos ambientais para minimizar impactos na região.

Especialistas destacam que a prospecção de urânio em áreas desérticas representa um desafio particular.

As camadas de arenito profundas, geralmente pobres em minerais, tornam a detecção e extração complexas e custosas.

A abordagem chinesa, que combinou análise preditiva de dados e operações mecanizadas de alta precisão, pode servir de referência para outros países com áreas de difícil acesso e demanda crescente por energia limpa.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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