Conheça a missão BepiColombo, que promete alcançar o planeta mais desafiador do sistema solar em 2025. Esta missão espacial ambiciosa tem como objetivo desvendar os mistérios de Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol e, ao mesmo tempo, um dos menos explorados. Prepare-se para descobrir os segredos ocultos deste mundo fascinante.
Enfrentar as extremas condições ao redor do Sol nunca foi fácil. As temperaturas escaldantes, a radiação intensa e o constante bombardeio de meteoros fazem de Mercúrio uma das regiões mais inóspitas do sistema solar. Esses desafios tornam o planeta mais próximo do Sol um destino notoriamente difícil de alcançar. No entanto, a missão espacial BepiColombo, prevista para chegar em 2025, promete transformar nossa compreensão de Mercúrio. Esta missão ambiciosa busca explorar e desvendar os segredos deste misterioso planeta, abrindo novas fronteiras na exploração espacial.
Com tecnologia de ponta, a BepiColombo está preparada para enfrentar as adversidades e nos revelar detalhes inéditos sobre Mercúrio, desafiando as dificuldades que sempre tornaram este planeta um enigma para a ciência.
Confira os detalhes revelados até o momento sobre a missão BepiColombo
A missão espacial BepiColombo é uma colaboração entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) com a missão de estudar Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol. Lançada em 2018, a missão para Mercúrio planeja entender melhor a formação e a evolução dos planetas do sistema solar.
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É válido mencionar que a missão BepiColombo enfrentou dificuldades técnicas. Durante uma manobra no dia 26 de abril, o módulo de propulsão elétrica, que funciona com energia solar, não conseguiu gerar potência suficiente para os propulsores da espaçonave, segundo a ESA.
Cerca de 11 dias depois, os engenheiros conseguiram restaurar o impulso da sonda para quase o nível anterior, mas ainda estava 10% abaixo do ideal. Esses ajustes são essenciais para garantir que a missão espacial continue e cumpra seus objetivos científicos. A missão BepiColombo é uma das mais ambiciosas e complexas expedições interplanetárias já realizadas, destinada a explorar Mercúrio, o planeta mais interno do sistema solar.
Com colaboração entre as agências citadas anteriormente, o objetivo principal dessa missão espacial se encontra em aprofundar o conhecimento sobre o planeta mais próximo do sol. BepiColombo foi nomeada em homenagem a Giuseppe “Bepi” Colombo, um cientista italiano que contribuiu significativamente para a compreensão das órbitas planetárias e das interações gravitacionais.
Entenda o objetivo da missão espacial
A missão BepiColombo tem uma área de objetivos científicos ambiciosos que visam desvendar os mistérios de Mercúrio. Um dos principais objetivos é mapear a superfície do planeta em alta resolução para entender melhor sua geologia e história tectônica. A missão também planeja investigar a composição química da superfície, incluindo a busca por elementos voláteis que possam fornecer pistas sobre a formação e evolução do planeta.
Além disso, BepiColombo estudará a exosfera de Mercúrio, uma tênue camada de gases ao redor do planeta, para compreender sua dinâmica e interação com o vento solar. Outro objetivo essencial da missão é analisar o campo magnético de Mercúrio, que é único entre os planetas rochosos além da Terra, e investigar sua origem e estrutura.
Isso inclui a medição da magnetosfera do planeta e como ela é influenciada pelo vento solar. A sonda só conseguirá entrar na órbita de Mercúrio em 2025, prometendo ainda mais descobertas fascinantes sobre este planeta enigmático.
Entenda porque é tão difícil chegar até Mercúrio
Uma combinação de fatores cria dificuldades para chegar em Mercúrio, sendo uma tarefa extremamente desafiadora. Em primeiro lugar, o planeta está localizado muito perto do Sol, tornando-se um alvo difícil de se alcançar e explorar. A proximidade com o Sol significa que a Sonda espacial precisa superar a enorme força gravitacional do sol para alcançar o planeta.
A alta velocidade orbital de Mercúrio, cerca de 47,87 km/s, torna necessário que a sonda reduza significativamente sua velocidade para ser capturada pela gravidade do planeta. Outro desafio é a temperatura extrema do planeta.
A forte atração gravitacional do Sol tende a puxar a nave em sua direção, exigindo manobras precisas e bem calculadas para evitar uma queda inevitável na estrela. Além disso, a proximidade com o Sol faz de Mercúrio um ambiente inóspito, onde as temperaturas variam drasticamente de 430°C durante o dia a -180°C à noite, impondo um enorme desafio de engenharia para qualquer nave que se aventure por lá.
A radiação solar intensa é outro obstáculo significativo, pois pode danificar sistemas eletrônicos e estruturas da nave, exigindo a criação de escudos térmicos e sistemas de resfriamento altamente eficientes.
A ausência de uma atmosfera significativa em Mercúrio também complica ainda mais a missão. Sem uma atmosfera densa, as naves espaciais não podem utilizar a técnica de aerofrenagem, que aproveita a resistência do ar para reduzir a velocidade ao entrar em órbita. Isso significa que a nave deve depender inteiramente de sua propulsão para ajustar sua velocidade e posição, o que consome grandes quantidades de combustível.
Por fim, a energia necessária para realizar essas manobras, incluindo múltiplas assistências gravitacionais para ajustar a trajetória, é muito maior em comparação com missões a outros planetas, tornando cada missão a Mercúrio uma façanha extraordinária da engenharia espacial.