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Ministro Haddad fala em ‘crise grande em dezembro’ e aponta espaço para queda de juros com inflação sob controle

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 24/09/2025 às 11:52
Fernando Haddad fala em crise em dezembro na transição do Banco Central, defende Gabriel Galípolo e diz que a taxa Selic deve cair com inflação controlada.
Fernando Haddad fala em crise em dezembro na transição do Banco Central, defende Gabriel Galípolo e diz que a taxa Selic deve cair com inflação controlada.
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Ministro Fernando Haddad critica transição turbulenta no Banco Central, reafirma confiança em Gabriel Galípolo e diz que a taxa Selic em 15% não se justifica diante do cenário de inflação dentro da meta.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a última transição de comando no Banco Central foi marcada por uma “crise grande em dezembro” e que a história completa do processo ainda será revelada. Em entrevista ao ICL, ele classificou a troca de Roberto Campos Neto por Gabriel Galípolo como “muito complexa” e cercada de turbulências políticas e institucionais.

Haddad também declarou que há espaço para a queda da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas. Para o ministro, a inflação deve encerrar 2025 igual ou menor que a do ano passado, permanecendo dentro do sistema de metas, o que reforça o argumento pela flexibilização monetária.

Crise na transição do Banco Central

Segundo Haddad, a transição do comando do BC foi atípica porque o governo conviveu por dois anos com um presidente indicado pela gestão anterior.

Esse período, disse ele, foi marcado por crises “artificialmente construídas”, que a equipe econômica precisou driblar semana após semana.

O ministro destacou que Galípolo herdou um problema e assumiu em meio a um contexto de instabilidade política.

“Foi uma transição muito complexa, não foi devidamente diagnosticada ainda. Mas no futuro os envolvidos vão poder contar o que realmente aconteceu”, afirmou.

Bastidores ainda não revelados

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Haddad sugeriu que bastidores da troca de comando envolvem episódios ocorridos em instituições financeiras e até em Washington.

“Isso vai vir à tona no momento adequado”, disse, reforçando que a narrativa completa sobre o período será esclarecida mais adiante.

Apesar das críticas, o ministro fez questão de ressaltar a competência da atual diretoria do BC e garantiu confiança nas decisões do Copom.

“Ninguém ali está brincando. Todas as indicações foram técnicas e respeitadas pelo mercado”, disse.

Juros altos e tolerância em “errar para cima”

Em relação à política monetária, Haddad voltou a criticar o patamar da Selic, que considera excessivo.

“Não acho justificável os juros estarem em 15%”, afirmou, apontando que parte significativa do mercado financeiro compartilha essa visão.

Para ele, o Brasil tem uma “tolerância em errar para cima” na taxa de juros, o que, além de travar investimentos, pode prejudicar a própria inflação ao restringir a oferta de bens e serviços.

“Errar para cima não é aceitável. Pode gerar outros tipos de problemas”, advertiu.

Inflação dentro da meta e perspectiva de cortes

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Haddad avaliou que o cenário atual já mostra perda de força nos preços e reforçou que a inflação deve ficar igual ou menor que a de 2024, mesmo após a pressão do câmbio no fim do ano passado.

“O IPCA já está retornando para patamares próximos do teto da banda de tolerância”, afirmou.

Com a inflação sob controle, o ministro entende que há espaço para o Copom reduzir a Selic e adotar um “traçado mais preciso”, sem excessos para cima ou para baixo.

Para ele, Galípolo terá tempo e condições de entregar resultados consistentes durante seu mandato.

As declarações de Fernando Haddad colocam em debate o futuro da política monetária brasileira: de um lado, a necessidade de reduzir juros para estimular investimentos; de outro, a pressão por manter cautela em ano eleitoral.

E você, acredita que já há espaço para corte da Selic ou considera que o Banco Central deve esperar mais sinais da economia? Deixe sua opinião nos comentários — sua visão ajuda a enriquecer esse debate.

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Bruno Teles

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