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Ministro do Meio Ambiente aposta na energia eólica offshore e no hidrogênio verde para diminuição dos custos energéticos no Brasil

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 22/06/2022 às 20:55
energia eólica, offshore, Rio de Janeiro
Imagem de Norbert Pietsch / Fonte: Pixabay

Joaquim Leite argumenta que o Brasil possui grande potencial na produção de energia eólica offshore, uma das mais baratas do mundo

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, discorreu, em entrevista à CNN, a respeito das oportunidades de investimento em tecnologias sustentáveis para geração de energia no Brasil – já que o país possui grande potencial renovável. Para ele, o país tem grande potencial na produção de energia eólica offshore (no mar), graças à sua característica natural de possuir costa com ventos constantes, mas sem grandes tempestades. Dessa forma, o Brasil tem oportunidade de geração de uma modalidade de energia 100% limpa, que é também uma das mais baratas do mundo.

Joaquim destaca, ainda, que essa energia pode ser transformada em hidrogênio – o combustível do futuro -, sendo, assim, exportada para países como a Alemanha, que necessita substituir a origem de sua energia.

De acordo com a avaliação do ministro, o investimento na área fará com que os custos da geração de energia no Brasil sejam reduzidos. Ele afirma que o país já apresenta um recorde de energia eólica onshore (em terra) de 21 gigawatts, e, em relação à energia solar, de 14 gigawatts. Segundo Leite, a solar é um ótimo exemplo de produção de energia de forma descentralizada, em que há diminuição dos custos.

Além disso, ele adicionou também que as soluções energéticas buscadas devem ser lucrativas e, ao mesmo tempo, amigáveis em relação ao meio ambiente. Com o hidrogênio verde, é possível a utilização de um combustível 100% limpo, porém, conforme o ministro, ele deve também ser mais barato que o combustível fóssil, a fim de que seja lucrativo para os empreendedores, os indivíduos e a natureza. Para ele, esse é o meio correto para criar-se uma nova economia verde global, neutra em emissões até o ano de 2050.

Por fim, Joaquim ressaltou a necessidade de aceleração nessa área, uma vez que, com a ascensão de uma nova economia verde global, a qualidade de vida das pessoas será transformada, a partir da diminuição de custos para a população.

O que é hidrogênio verde?

O gás hidrogênio possui um grande potencial energético, sendo aplicado em setores cuja descarbonização não passa por outras fontes de energia renovável, a exemplo da energia eólica e da energia solar. No entanto, atualmente, o gás é ainda produzido através da utilização de fontes de energia não renováveis e poluentes.

Sob esse viés, existe a possibilidade de ampliação do uso de fontes renováveis para essa produção, gerando, então, o denominado hidrogênio verde. Ele tem utilidade em diversas áreas distintas, desde o transporte até a indústria, sendo considerado a “energia do futuro”.

De acordo com especialistas, o custo elevado ainda prejudica a sua disseminação, todavia, nos próximos anos, esse cenário deve ser alterado, tendo o Brasil ótimas condições para se beneficiar da nova tendência.

Apesar de o hidrogênio ser o elemento químico mais abundante na natureza, ele é também um dos mais reativos. Sendo assim, é difícil que seja encontrado sozinho, haja vista que, normalmente, ele faz parte dos componentes de outras substâncias, como variados gases e a água.

Para a formação do hidrogênio verde, as moléculas de água são separadas mediante um processo denominado eletrólise, que consiste na passagem de uma corrente elétrica pela água, responsável por distanciar os átomos de hidrogênio e oxigênio. São, assim, gerados dois diferentes gases.

Entre as vantagens do hidrogênio verde, pode-se mencionar que ele não é intermitente ou dependente do clima, como as fontes eólica, solar e hídrica. Ademais, ele pode ser utilizado em setores em que a aplicação de outras energias renováveis não seria suficiente para resolver toda a necessidade de reduzir emissões, além de que, em sua produção, podem ser usados os excedentes gerados por outras fontes, que não possuem uso.

Sobre a energia eólica offshore

A energia eólica offshore é produzida por meio do aproveitamento da força do vento que sopra em alto-mar, onde ele é capaz de atingir velocidade maior e mais constante, graças à inexistência de barreiras. Trata-se de uma fonte energética limpa e renovável.

Os parques eólicos offshore são instalados em águas não muito profundas, estando afastados da costa. A fim de explorar esse recurso ao máximo, são construídas megaestruturas situadas sobre o leito marinho e dotadas das últimas inovações técnicas.

Embora a energia eólica offshore seja mais comum na Europa e na Ásia, ela começa a ser desenvolvida no Brasil, havendo pedidos de autorização para parques eólicos no mar e um decreto do governo federal que permite esse tipo de operação.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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