O ministro Alexandre Silveira destacou que o petróleo ainda é essencial para a economia brasileira e defendeu a exploração sustentável da margem equatorial como forma de garantir soberania e desenvolvimento.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender a exploração do petróleo na margem equatorial, ressaltando a necessidade de o Brasil manter protagonismo no setor energético. Em entrevista à rádio 98 News, disponibilizada nesta segunda-feira, 15/09, o ministro foi enfático: “O petróleo é uma questão de demanda, não de oferta. Se nós não ofertarmos, a Arábia Saudita vai ofertar.”
Segundo ele, a dependência de fontes externas pode comprometer a soberania nacional e gerar impactos diretos na economia brasileira.
Comparação entre Petrobras e Saudi Aramco
Silveira lembrou sua visita à Saudi Aramco, maior petroleira do mundo, avaliada em cerca de US$ 1,8 trilhão. Em contraste, a Petrobras está avaliada em aproximadamente US$ 100 bilhões, quase 18 vezes menos. Para o ministro, esse cenário evidencia o desafio do Brasil em se posicionar no mercado internacional de energia.
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Durante a entrevista, Alexandre Silveira reforçou que o Brasil precisa garantir autossuficiência no refino e na produção de petróleo até que fontes limpas e renováveis possam atender plenamente à demanda. “Se não formos estrategicamente autossuficientes, vamos perder economicamente e submeter o nosso povo à miséria e à fome”, afirmou.
Para ele, o desenvolvimento nacional depende de diálogo e de consensos entre governo, empresas e sociedade.
Potencial da margem equatorial para o Brasil
O ministro também destacou que a margem equatorial é uma riqueza do povo brasileiro e pode gerar benefícios em diferentes frentes. Silveira ressaltou que a Petrobras é reconhecida internacionalmente pela segurança de suas operações, principalmente em águas profundas.
De acordo com ele, a exploração só ocorrerá após estudos técnicos e estratégicos. Caso seja aprovada, poderá impulsionar a industrialização do Nordeste, aumentar a arrecadação nacional e fortalecer a posição geopolítica do Brasil.
“Isso vai gerar riquezas, industrialização para os estados do Nordeste, divisas e arrecadação para todo o Brasil, fortalecendo nossa soberania e posição geopolítica”, concluiu.