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Mineradora Vale fará investimento de R$ 3,9 bilhões em obras para ponte sobre o Rio Tocantins para o escoamento na produção de minério de ferro na Estrada de Ferro Carajás

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 21/04/2022 às 21:56
Atualizado em 23/04/2022 às 06:40
A nova ponte que será construída sobre o Rio Tocantins, em Marabá, irá expandir a capacidade de escoamento pela Estrada de Ferro Carajás do minério de ferro produzido pela mineradora Vale, que irá fazer um investimento bilionário no projeto
Mineradora Vale fará investimento bilionário em nova ponte construída no Rio Tocantins. Fonte: Reprodução

A nova ponte que será construída sobre o Rio Tocantins, em Marabá, irá expandir a capacidade de escoamento pela Estrada de Ferro Carajás do minério de ferro produzido pela Mineradora Vale, que irá fazer um investimento bilionário no projeto

Com previsão de investimento total de R$ 3,9 bilhões, a nova ponte da Mineradora Vale sobre o Rio Tocantins, anunciada na última terça-feira, (19/04), será essencial para o escoamento da produção de minério de ferro na Estrada de Ferro Carajás e está prevista para ter as obras finalizadas por volta do ano de 2027, segundo as projeções da empresa.

Capacidade de escoamento do minério de ferro da Mineradora Vale na Estrada de Ferro Carajás será altamente ampliada com as obras de construção da nova ponte em Marabá

A mineradora Vale fez um anúncio surpreendente de um novo projeto bilionário que visa expandir a capacidade de escoamento da sua produção de minério de ferro na Estrada de Ferro Carajás. Assim, a nova ponte sobre o Rio Tocantins será a nova aposta da companhia para facilitar e dinamizar esse transporte na região de Marabá, além de ser essencial para o processo de expansão da logística de movimentação dessa carga. 

As informações sobre os valores que serão aplicados pela Vale nas obras de construção foram retiradas do relatório 20F, enviado pela mineradora à Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos. Assim, a projeção inicial da empresa é que a construção da nova ponte seja inciada já no ano de 2023, após as licitações necessárias para isso, e seja entregue para início do uso durante o ano de 2027, uma vez que o empreendimento requer um longo período de desenvolvimento do projeto de obras. 

Com a finalização dessa construção, o escoamento da produção de minério de ferro da Vale na região pela Estrada de Ferro Carajás se tornará ainda mais prático e eficiente, o que justifica o investimento bilionário dentro dessa estrutura, já que a empresa poderá expandir ainda mais os negócios em volta desse minério. Por fim, o projeto inclui uma segunda ponte rodoviária para tráfego de veículos, que reforçará a ligação entre o Sudeste do Estado do Pará e o litoral norte brasileiro.

Investimento na construção de nova ponte sobre o Rio Tocantins é essencial para a mineradora se recuperar na queda da produção de minério de ferro na região 

A única ponte existente atualmente na região para o transporte de veículos fica localizada na própria Estrada de Ferro Carajás e, com isso, o escoamento da produção de minério de ferro da Vale é altamente afetado. Além disso, a empresa vem sofrendo com uma grande queda na produção da matéria-prima e as obras para a nova ponte serão a nova aposta da mineradora para reverter essa situação. 

Em seu mais recente relatório, a empresa registrou queda de 13,5% em suas reservas totais de minério de ferro em 2021, atingindo um volume de 12,495 bilhões de toneladas e o documento afirmou que: “Variações nas reservas de minério de ferro de 2020 para 2021 refletem principalmente o esgotamento resultante da produção mineral nas minas em operação (correspondente a aproximadamente 414 milhões de toneladas), downgrades (quedas) resultantes da revisão estratégica de projetos de longo prazo e outros pressupostos de fatores modificados (geotécnicos, mercado e processamento)”.

Dessa forma, a possibilidade de uma nova rota de escoamento do minério de ferro poderá fazer com que a Vale reverta essa situação e possa aplicar um novo investimento focado nessa produção, que atualmente possui uma rota ainda muito escassa de uma estrutura adequada para o transporte do granel.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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