A produção do “briquete verde” da mineradora será, inicialmente, realizada nas usinas 1 e 2 de pelotização, no estado do Espírito Santo
Ontem (09/09), a mineradora Vale apresentou um novo produto, desenvolvido ao longo de quase 20 anos, que poderá reduzir em até 10% a emissão de gases do efeito estufa (GEE) na produção de aço de seus clientes siderúrgicos. O “briquete verde” será, inicialmente, realizada nas usinas 1 e 2 de pelotização, na Unidade Tubarão, em Vitória, no Espírito Santo, que estão sendo convertidas para este fim. Cerca de 800 novos empregos serão gerados durante a produção. Veja ainda esta notícia: Mineradora Vale mantém briga na justiça com Aneel por usina hidrelétrica
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Assista um vídeo interessante sobre o Briquete Verde da Embrapa
Adaptação de duas usinas do Complexo Tubarão, no Espírito Santo
Duas usinas do Complexo de Tubarão, em Vitória, no estado do Espírito Santo, serão adaptadas para fabricar o novo produto e, segundo a mineradora Vale, serão criadas 800 vagas de emprego nesse processo em 2022. Outros 120 postos de trabalho serão necessários para operar as estruturas.
As usinas 1 e 2 da Vale estão paradas desde 2019. É nelas que serão fabricados os briquetes verdes, que são formados por finos e superfinos de minério de ferro e uma fórmula aglomerante (um tipo de “cola”), capaz de resistir à temperatura elevada do alto-forno das siderúrgicas sem se desintegrar.
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A capacidade inicial de produção é de aproximadamente 7 milhões de toneladas por ano. O start up das três plantas (duas no Espírito Santo e uma em Minas Gerais), está previsto para 2023. O investimento da mineradora Vale soma US$ 185 milhões. A estimativa é de que, no longo prazo, a companhia tenha capacidade para produzir acima de 50 milhões de toneladas por ano2 de “briquete verde”, o que levaria a um potencial de redução de emissão superior a 6 milhões de toneladas de carbono equivalente por ano com uso da tecnologia.
O desenvolvimento do “briquete verde” pela Vale
O novo produto começou a ser desenvolvido em 2004 por pesquisadores da então Gerência de Tecnologia de Ferrosos da Vale, em Vitória (ES). Em 2008, a gerência foi absorvida pelo Centro de Tecnologia de Ferrosos (CTF), em Nova Lima (MG), onde continuaram os estudos sobre o briquete. O CTF é uma unidade de pesquisa de alto nível que foi criada pela companhia com função de desenvolver produtos que melhorem o desempenho dos processos industriais dos clientes siderúrgicos da Vale.
Os primeiros testes industriais ocorreram em 2019 em forno a carvão vegetal. Em 2020, foram realizados testes em forno a coque de grande escala. “A partir dos resultados satisfatórios, consideramos que estávamos prontos para iniciar a construção das primeiras plantas para lançar o produto comercialmente”, afirma o diretor de Marketing de Ferrosos, Rogerio Nogueira.
Desde que anunciou a meta de escopo 3, a Vale vem formalizando parcerias com clientes siderúrgicos para discutir projetos de descarbonização. Em memorando de entendimento (MoU) firmado com a Ternium, no último dia 19 de agosto, por exemplo, foi acordado o início dos estudos técnicos e econômicos para avaliar a viabilidade da construção de uma planta de “briquete verde” localizada nas instalações da siderúrgica no Brasil.