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Milhares de brasileiros correm risco de perder pensão por morte e auxílio doença ao parar de pagar INSS

Publicado em 17/09/2025 às 19:53
Milhares no Brasil podem perder pensão por morte e auxílio doença ao parar de pagar INSS, risco ligado à qualidade de segurado interrompida.
Milhares no Brasil podem perder pensão por morte e auxílio doença ao parar de pagar INSS, risco ligado à qualidade de segurado interrompida.
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Especialistas alertam que a interrupção das contribuições pode gerar perda da qualidade de segurado e deixar famílias sem proteção.

A pensão por morte e auxílio doença são dois dos benefícios mais importantes garantidos pelo INSS. No entanto, milhares de brasileiros correm o risco de perder esses direitos ao interromper o pagamento das contribuições. O alerta é da advogada previdenciária Taís Santos, que há mais de 20 anos atua orientando segurados em situações semelhantes.

Segundo a especialista, deixar de recolher por meses consecutivos pode acarretar perda da chamada “qualidade de segurado”, requisito essencial para acessar benefícios em casos de doença, invalidez ou falecimento.

Sem essa condição, todas as contribuições anteriores podem se tornar ineficazes, impactando diretamente trabalhadores e suas famílias.

Por que não se pode parar de contribuir

A primeira consequência imediata de parar de pagar o INSS é perder a qualidade de segurado.

De acordo com a legislação previdenciária, existe um período de graça em que a cobertura continua válida, mas ele é limitado. Passado esse prazo, o trabalhador deixa de estar protegido.

A advogada Taís Santos explica que muitas pessoas acreditam que, por já terem contribuído durante anos, podem suspender os pagamentos sem maiores impactos.

Contudo, caso ocorra uma doença ou um acidente durante a interrupção, o segurado ficará desamparado, sem direito ao auxílio doença ou à aposentadoria por incapacidade permanente.

Redução no valor da aposentadoria

Outro risco pouco comentado é a redução do valor da futura aposentadoria. As contribuições ao INSS não servem apenas para manter o vínculo ativo, mas também influenciam no cálculo da média salarial usada para definir o benefício.

Segundo Taís Santos, quem para de pagar pode ter o valor da aposentadoria reduzido significativamente, já que o tempo de contribuição e a base de cálculo impactam diretamente no benefício final.

Por isso, mesmo quem já atingiu a idade mínima deve avaliar com cautela se vale a pena interromper os pagamentos.

Benefícios que podem ser perdidos

A contribuição ao INSS não garante apenas aposentadoria. Ela também é a porta de entrada para benefícios essenciais como auxílio doença, pensão por morte e aposentadoria por incapacidade permanente.

Sem contribuições regulares, todos esses direitos ficam comprometidos.

Na prática, se o segurado falece após perder a qualidade de segurado, os dependentes não terão direito à pensão por morte.

Da mesma forma, em caso de doença, não será possível acessar o auxílio doença, mesmo que existam anos de recolhimentos anteriores. O INSS não reconhece benefícios quando a proteção já foi interrompida.

Caso real: o alerta de Dona Maria

A advogada previdenciária relata o caso de Dona Maria, cliente que ilustra as consequências graves da interrupção.

O marido havia parado de contribuir e, mesmo após orientação para retomar imediatamente os recolhimentos, houve demora.

Ele voltou a contribuir, mas faleceu após apenas quatro meses, sem completar o mínimo exigido para recuperar a qualidade de segurado.

O resultado foi devastador: Dona Maria não teve direito à pensão por morte, embora fosse casada há décadas.

Segundo Taís Santos, se o prazo mínimo tivesse sido cumprido, a família teria hoje uma renda vitalícia, fundamental para as despesas do lar.

Planejamento previdenciário é indispensável

Diante de tantos riscos, especialistas recomendam que o segurado jamais interrompa as contribuições sem antes consultar um profissional.

Em alguns casos, é possível ajustar a frequência ou reduzir valores sem perder a proteção, mas a decisão deve sempre ser respaldada por análise técnica.

A advogada reforça que o planejamento previdenciário é a forma mais segura de garantir benefícios futuros sem correr o risco de perdas irreparáveis.

Ele permite identificar o tempo de contribuição necessário, alternativas de recolhimento e estratégias para manter a cobertura ativa.

A pensão por morte e auxílio doença são direitos fundamentais que podem ser perdidos caso o trabalhador interrompa os pagamentos ao INSS.

A perda da qualidade de segurado transforma anos de contribuições em um risco financeiro e social.

E você, conhece alguém que parou de pagar o INSS e enfrentou dificuldades para conseguir benefícios? Acredita que a maioria dos trabalhadores entende esses riscos?

Compartilhe sua experiência nos comentários — sua opinião pode ajudar outras pessoas a evitar prejuízos.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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