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Milei propõe privatizar 44% da Nucleoelectrica Argentina que opera usinas nucleares Atucha e Embalse

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 16/09/2025 às 18:05
Vista panorâmica de uma usina nuclear argentina com torre de resfriamento emitindo vapor e edifício de contenção esférico ao entardecer, representando a infraestrutura energética do país.
Milei propõe privatizar 44% da Nucleoelectrica Argentina que opera usinas nucleares/ Imagem Ilustrativa
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Argentina avança na privatização da Nucleoelectrica Argentina, operadora das usinas nucleares Atucha e Embalse, em plano estratégico do governo Milei para modernizar o setor de energia nuclear

Em 16 de setembro de 2025, o presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou oficialmente a proposta de privatização parcial da Nucleoelectrica Argentina, estatal responsável pela operação das três usinas nucleares em funcionamento no país: Atucha I, Atucha II e Embalse. A medida prevê a venda de 44% das ações da empresa por meio de uma licitação pública internacional, com o objetivo de atrair investimentos privados e fomentar o desenvolvimento tecnológico no setor de energia nuclear.

Decisão de Milei: um marco na política energética Argentina

A decisão de Milei marca uma virada significativa na política energética da Argentina. A Nucleoelectrica Argentina, criada em 1994, é a principal operadora de usinas nucleares do país e desempenha papel estratégico na matriz energética nacional. Com a proposta de privatização, o governo busca modernizar o setor, atrair capital estrangeiro e viabilizar a construção do primeiro reator modular argentino, além de impulsionar a mineração de urânio.

As usinas nucleares Atucha I e II estão localizadas na província de Buenos Aires, enquanto Embalse está situada em Córdoba. Juntas, essas unidades geram aproximadamente 8% da eletricidade consumida no país, segundo dados da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

A energia nuclear é considerada uma fonte limpa e estável, essencial para garantir a segurança energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. A Nucleoelectrica Argentina é responsável pela operação, manutenção e expansão dessas usinas nucleares.

A empresa também participa de projetos de pesquisa e desenvolvimento em energia nuclear, além de colaborar com organismos internacionais para garantir padrões de segurança e eficiência.

Privatização da Nucleoelectrica Argentina: detalhes da proposta de Milei

Segundo o porta-voz presidencial Manuel Adorni, a proposta de Milei prevê a venda de 44% das ações da Nucleoelectrica Argentina por meio de uma licitação pública internacional. A medida visa atrair investidores com expertise no setor de energia nuclear, promovendo a modernização das instalações e a construção de novos reatores.

Entre os principais objetivos da privatização estão:

  • Estimular o investimento privado em tecnologia nuclear
  • Viabilizar o primeiro reator modular da Argentina
  • Impulsionar a mineração de urânio
  • Reduzir o déficit fiscal por meio da venda de ativos estatais

A proposta está alinhada com a política liberal de Milei, que defende a redução do tamanho do Estado e a abertura da economia ao capital estrangeiro.

Repercussões da privatização das usinas nucleares

Segundo o Instituto Argentino de Energia, a privatização parcial pode ser positiva se acompanhada de uma regulação rigorosa e de garantias de segurança operacional. Já sindicatos e organizações sociais expressaram preocupação com possíveis demissões e mudanças na gestão das usinas.

A Argentina é um dos poucos países da América Latina com capacidade instalada de energia nuclear. A privatização da Nucleoelectrica Argentina pode atrair o interesse de empresas estrangeiras, especialmente da China, Rússia e Estados Unidos, que têm tradição no setor e buscam expandir sua influência na região.

Dados e estatísticas sobre energia nuclear na Argentina

  • A capacidade instalada das usinas nucleares argentinas é de aproximadamente 1.800 MW.
  • Atucha II, inaugurada em 2014, é uma das maiores usinas nucleares da América do Sul.
  • A energia nuclear representa cerca de 8% da matriz elétrica argentina.
  • A Nucleoelectrica Argentina emprega mais de 2.900 profissionais especializados.

Esses números evidenciam a relevância estratégica da empresa e das usinas nucleares para o país, tornando a proposta de privatização um tema de grande impacto.

Desafios da privatização da Nucleoelectrica Argentina

Um dos principais desafios da privatização parcial é garantir que os padrões de segurança nuclear sejam mantidos. A energia nuclear exige protocolos rigorosos, supervisão constante e capacitação técnica. A entrada de investidores privados deve ser acompanhada por uma regulação eficaz e transparente.

Além disso, é necessário assegurar que os novos acionistas respeitem os compromissos ambientais e sociais da empresa, mantendo a excelência operacional das usinas nucleares e a segurança dos trabalhadores.

Oportunidades com a privatização e inovação tecnológica

A proposta de Milei inclui a construção do primeiro reator modular argentino, uma tecnologia que permite maior flexibilidade, menor custo e maior segurança. Os reatores modulares são considerados o futuro da energia nuclear e podem posicionar a Argentina como líder regional no setor.

Com a entrada de capital privado, espera-se também o fortalecimento da cadeia produtiva de urânio, a modernização das instalações existentes e o desenvolvimento de novas soluções energéticas baseadas em tecnologia nuclear.

Impacto da privatização na política energética de Milei

A privatização da Nucleoelectrica Argentina está inserida em um plano mais amplo de reformas econômicas promovidas por Milei. O presidente tem adotado medidas de liberalização econômica, redução de subsídios estatais e estímulo ao investimento estrangeiro.

No setor energético, essas ações visam aumentar a competitividade, reduzir custos e diversificar a matriz energética. A energia nuclear, por sua estabilidade e baixo impacto ambiental, ocupa papel central nessa estratégia.

Perspectivas futuras para as usinas nucleares argentinas

A privatização parcial da Nucleoelectrica Argentina pode representar um ponto de inflexão na história da energia nuclear no país. Se bem conduzida, a medida tem potencial para atrair investimentos, gerar empregos qualificados e consolidar a Argentina como referência regional em tecnologia nuclear.

Por outro lado, é fundamental que o processo seja transparente, com ampla participação da sociedade civil e garantia de que os interesses estratégicos nacionais serão preservados. A energia nuclear é um ativo sensível, e sua gestão exige responsabilidade e visão de longo prazo.

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Por que este debate importa?

A proposta de Milei de privatizar 44% da Nucleoelectrica Argentina representa uma mudança profunda na política energética do país.

Ao abrir espaço para o investimento privado, o governo busca modernizar as usinas nucleares, ampliar a capacidade de geração de energia nuclear e fortalecer a posição da Argentina no cenário internacional.

No entanto, o sucesso da iniciativa dependerá da capacidade do Estado de garantir segurança, transparência e eficiência na transição. A privatização pode ser uma oportunidade de transformação, desde que conduzida com responsabilidade e foco no interesse público.

A Argentina está diante de uma encruzilhada estratégica, e os próximos passos definirão o futuro de suas usinas nucleares e da Nucleoelectrica Argentina.

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Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

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