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Milei desafia urnas com plano “Argentina grande outra vez” e aposta em salários em dólar sob pressão dos EUA e apoio direto de Donald Trump

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 22/10/2025 às 15:01
Javier Milei e Donald Trump durante encontro oficial com bandeiras da Argentina e dos Estados Unidos ao fundo, simbolizando aliança política e apoio internacional.
O presidente argentino Javier Milei e o ex-presidente americano Donald Trump durante reunião em Washington, em meio ao plano “Argentina Grande Outra Vez” e negociações bilaterais.
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Entenda como o plano econômico, o calendário eleitoral e o apoio dos EUA podem definir o futuro político da Argentina

Javier Milei enfrenta, neste domingo, 26 de outubro de 2025, seu maior teste nas urnas desde que assumiu a presidência da Argentina.
As eleições legislativas renovarão o Congresso argentino e, portanto, poderão determinar o rumo do restante de seu mandato, que vai até 2027.
Caso o partido A Liberdade Avança tenha desempenho fraco, Milei poderá perder força política e, consequentemente, ver decretos e reformas derrubados no parlamento.

Proximidade com Trump e o novo plano econômico

Para ampliar o apoio popular, Milei apostou fortemente na aliança política com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e, assim, buscou reforçar sua imagem internacional.
Essa aproximação foi intensificada no início de outubro de 2025, quando ambos realizaram encontros estratégicos e discursos públicos alinhados.
Durante esse período, o argentino lançou seu plano “Argentina Grande Outra Vez”, claramente inspirado no slogan “Make America Great Again”, de Trump.
Por essa razão, a estratégia reforça a ligação entre o discurso de Milei e a visão econômica liberal defendida pelo norte-americano.
Dessa forma, o movimento fortaleceu não apenas sua base interna, mas também o prestígio externo.

Eixos centrais do plano

O plano anunciado concentra-se em duas reformas estruturaistrabalhista e tributária — que, segundo Milei, são indispensáveis para modernizar o país.
Entre as medidas principais estão permitir pagamentos de salários 100% em dólar e encerrar as renovações automáticas de acordos coletivos de trabalho.
Além disso, o governo pretende reduzir a judicialização trabalhista, simplificar tributos e, consequentemente, estimular a criação de empregos formais.
Da mesma forma, a administração promete eliminar cerca de 20 impostos e ampliar deduções fiscais, de modo a atrair investimentos e aumentar a produtividade nacional.
De acordo com Milei, “a redução de entraves burocráticos e de juros criará uma revolução produtiva sem precedentes”.

Segurança pública e reformas sociais

Paralelamente às propostas econômicas, o partido A Liberdade Avança defende mudanças profundas nas leis de segurança pública, a fim de reduzir a criminalidade.
Entre essas medidas estão redução da maioridade penal, endurecimento de penas para delitos graves e regularização de armas de fogo.
Portanto, o plano busca demonstrar firmeza, ao mesmo tempo em que equilibra liberalismo econômico e controle social mais rigoroso.
Além disso, Milei tenta sinalizar ao eleitorado conservador que, sob seu governo, haverá ordem, estabilidade e autoridade.

Apoio dos Estados Unidos

O apoio americano tornou-se ainda mais decisivo após a crise cambial de setembro de 2025, que abalou a confiança dos investidores.
Nesse contexto, o governo dos EUA assinou um acordo financeiro de US$ 20 bilhões com a Argentina e, logo depois, iniciou negociações para um segundo aporte do mesmo valor.
Durante a visita de Milei à Casa Branca em 14 de outubro, Donald Trump reafirmou publicamente seu apoio político e econômico.
Segundo ele, “os acordos dependem da vitória de Milei, pois se perder, não seremos generosos”.
Além disso, Trump enfatizou: “Quero ver a Argentina com êxito e acredito que, com Milei, o país vai na direção correta”.
Por consequência, a declaração reforçou a imagem do argentino como um aliado preferencial dos Estados Unidos na América do Sul.

Desafios no Congresso e cenário político

Atualmente, o partido de Milei detém apenas 36 dos 257 assentos na Câmara dos Deputados, o que o obriga a negociar constantemente com outras legendas para aprovar pautas.
Assim, nas eleições de 26 de outubro, o presidente precisa conquistar ao menos um terço das cadeiras para garantir governabilidade e impedir bloqueios legislativos.
Nos últimos meses, decretos presidenciais foram suspensos por parlamentares, o que demonstra resistência às políticas econômicas propostas.
Dessa forma, analistas políticos consideram que a votação será decisiva para o futuro das reformas estruturais e para a estabilidade do governo até 2027.

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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