Microsoft aposta em IA e comandos de voz no Windows e cogita o fim do mouse e teclado; ideia divide opiniões e pode transformar a forma de usar PCs.
A Microsoft é uma das empresas mais agressivas na corrida pela inteligência artificial e, segundo especialistas do setor, pode estar preparando o terreno para uma mudança histórica. Com bilhões investidos nos últimos meses, a companhia enxerga um futuro em que o fim do teclado e o fim do mouse sejam inevitáveis, substituídos por comandos de voz e interações em linguagem natural.
Fim do mouse e teclado: como a Microsoft prevê essa transição
A visão da empresa parte da ideia de que a principal forma de interação com o Windows será cada vez menos visual e mais conversacional. Usuários poderão dialogar com seus computadores como se estivessem falando com outra pessoa, utilizando agentes de IA capazes de “ver, ouvir e responder” em tempo real. Esses assistentes inteligentes poderiam até mesmo participar de reuniões, chats corporativos e tarefas administrativas como se fossem funcionários digitais.
Nesse cenário, o fim do mouse e teclado não seria imediato, mas gradual, com a tecnologia absorvendo funções repetitivas e liberando os humanos para atividades mais criativas. Ainda assim, a ideia encontra resistência: muitos consideram improvável uma mudança tão radical em apenas cinco anos.
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Menos cliques, mais conversas: a aposta da Microsoft
De acordo com relatórios e apresentações como o vídeo “Windows 2030 Vision”, a Microsoft aposta que interações por voz e IA substituirão cliques e digitação.
A inspiração vem de tentativas anteriores, como assistentes pessoais Siri, Alexa e Cortana, que nunca atingiram o nível de adoção esperado. Agora, com os avanços da IA generativa e dos modelos multimodais, a empresa acredita que finalmente chegou o momento certo.
Microsoft e os investimentos bilionários em IA
Só nos últimos meses, a companhia destinou mais de 12 bilhões de euros para desenvolver sistemas baseados em agentes de IA, integrando-os a todos os seus produtos. O objetivo é criar um ecossistema em que o usuário não precise recorrer a métodos tradicionais de interação. Em vez de abrir menus ou clicar em ícones, bastaria uma instrução falada ou escrita em linguagem natural.
Entretanto, essa estratégia não ignora o ceticismo. O vídeo oficial que apresentou a proposta recebeu mais “dislikes” do que “likes”, sinalizando que parte do público ainda não está convencida de que abandonar o mouse e o teclado é viável ou desejável.
O desafio cultural e a resistência do público
Ainda que a tecnologia avance, um dos maiores obstáculos para decretar o fim do teclado e do fim do mouse é a própria adaptação dos usuários. Teclados e mouses são ferramentas consagradas há décadas, com ergonomia e eficiência comprovadas.
Profissionais que dependem de precisão, como designers, programadores e editores de vídeo, dificilmente abandonariam esses periféricos de imediato.
Além disso, empresas do setor de hardware e software também demonstram cautela, já que a mudança exigiria uma ruptura nas bases atuais da indústria. O risco é que a Microsoft avance rápido demais e encontre resistência não só dos consumidores, mas também de parceiros estratégicos.
Fim do mouse e teclado: uma visão futurista ou exagerada?
Essa não seria a primeira vez que a Microsoft recua após apostar alto em IA. Recursos como o assistente Cortana foram descontinuados diante da baixa aceitação.
O risco agora é repetir esse caminho, com promessas futuristas que ainda não encontram respaldo no cotidiano da maioria dos usuários.
Mesmo assim, o discurso da empresa é claro: a próxima geração do Windows deve ser moldada pela inteligência artificial, com ênfase em comandos de voz e assistentes inteligentes. Se isso significará realmente o fim dos métodos tradicionais ou apenas mais uma camada de interação, só os próximos anos dirão.
E você, acredita que a Microsoft está certa ao apostar no fim do mouse e teclado, ou esses periféricos ainda terão um longo futuro pela frente?