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Microsoft demite mais de 6 mil funcionários em reestruturação global que também atinge trabalhadores brasileiros

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 17/05/2025 às 10:33
Microsoft demite mais de 6 mil funcionários em reestruturação global que também atinge trabalhadores brasileiros
Foto: Microsoft
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Reestruturação da Microsoft gera demissão de milhares de funcionários em 2025. Entenda como acontecerá a demissão em massa da gigante de tecnologia e seus principais motivos.

Em janeiro de 2023, a BigTech Microsoft realizou uma iniciativa que pegou o mercado de surpresa, cortando 10.000 funcionários em um esforço para se adaptar a uma nova fase da tecnologia, marcada pela Inteligência artificial e pela automação. A demissão em massa foi um golpe pesado para uma empresa que, até então, surfava em uma onda de lucros bilionários e crescimento agressivo. Agora, a estruturação da Microsoft aponta para mais uma demissão de 6.000 colaboradores e pode impactar diretamente o Brasil. 

A reestruturação da Microsoft 

Agora, quase dois anos depois, a história está se repetindo. Nesta semana, a gigante de Redmond anunciou a demissão de 6.000 colaboradores, cerca de 3% de sua força de trabalho global, que girava em torno de 228 mil pessoas em meados de 2023. O corte de pessoal atinge todas as regiões e níveis hierárquicos como o LinkedIn e a divisão de games Xbox, além de escritórios no Brasil.

No estado de Washington, sede da Microsoft, a demissão impactará 1.985 pessoas, incluindo 1.510 em escritórios da companhia. O curioso é que esse corte acontece mesmo após a empresa registrar resultados financeiros robustos.

No último trimestre, a Microsoft reportou um lucro líquido de 25 bilhões de dólares e deu sinais positivos para o futuro. As ações da empresa também seguem em alta, alcançando recentemente o seu maior valor de 2025, a US$ 449,26.

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Contudo, o discurso oficial aponta para outro lado. Segundo a CFO Amy Hood, o foco é enxugar as estruturas de liderança e tornar as atividades da empresa mais ágeis. Isso inclui fortalecer a equipe de desempenho e remover camadas de gestão, uma estratégia que se tornou quase o padrão entre as empresas de tecnologias gigantes, que visam reduzir os custos enquanto investem pesadamente em tecnologias emergentes.

Reestruturação da Microsoft custou cerca de US$ 80 bilhões

A transformação interna da bigtech é profunda. A empresa já investiu 80 bilhões de dólares no último ano fiscal apenas em infraestrutura para oferecer suportes em suas tecnologias de inteligência artificial. Satya Nadella, CEO da empresa, afirmou recentemente que 30% dos códigos da companhia são gerados por IA, o indicativo claro de que a automação está reescrevendo não só os produtos, mas também a própria estrutura de trabalho da companhia.

Além disso, a big tech também promoveu demissões mais específicas nos últimos meses. No começo do último ano, centenas de trabalhadores foram desligados em ações com base em desempenho. No mês de maio, estúdios de jogos como Tango Gameworks e Arkane Austin foram fechados, impactando quase duas mil pessoas. Em setembro, outro 650 funcionários da divisão Xbox foram dispensados após a compra da Activision Blizzard.

No primeiro semestre de 2025, o corte também alcançou as equipes do Azure e do HoloLens, reduzindo os empregos em cerca de mil cargos. Para uma empresa que já investe pesadamente em inteligência artificial e que está redefinindo suas prioridades internas, as demissões de hoje podem ser apenas um passo rumo a uma jornada para transformar a forma como o trabalho é realizado na tecnologia. Mesmo assim, para os milhares de funcionários afetados, é um anúncio doloroso de que a inovação muitas vezes tem um custo humano alto.

Novas demissões em massa também estão acontecendo em outras gigantes da tecnologia

Além da reestruturação da Microsoft, a Panasonic também anunciou recentemente uma decisão que está repercutindo em todo o mundo. A empresa planeja realizar demissão de 10.000 funcionários até o final de 2025. A medida faz parte de um plano estratégico da empresa japonesa de expandir sua eficiência em operações e reduzir custos diante da desaceleração de alguns setores-chave. Um desses setores é o de baterias para carros elétricos e produtos eletrônicos de consumo.

Em um comunicado oficial divulgado na última semana, a empresa afirma que planeja revisar minuciosamente sua eficiência operacional, principalmente quando se trata dos departamentos de vendas e indiretos. Além disso, também busca reavaliar o número de empresas e pessoal realmente necessários.

É importante mencionar que várias outras multinacionais estão seguindo o mesmo caminho. Um grande exemplo disso é o Google, que está demitindo centenas de pessoas em seu departamento responsável pelas vendas e parcerias, sendo parte de uma iniciativa mais ampla de corte de custos.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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